"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Caixa de ressonância

Um trabalho jornalístico, realizado pelo jornal HOJE revelou detalhes que já se desconfiava, mas não se tinha certeza. É que em Parauapebas se vive intensamente o quotidiano da política. Ninguém está muito preocupado com o preço dos combustíveis, um dos mais caros do país, ou com o valor dos aluguéis, mas sabem tudo que da vida dos políticos, principalmente dos que têm mandato. Detalhes que para outros são considerados insignificantes ou até prosaicos, aqui ganham vida. O patrulhamento é tamanho que ninguém que tem vida pública tem direito a uma vida privada. Contudo, deve-se reconhecer que boa parte da culpa pertence aos próprios, que gostam de manter o eleitorado numa espécie de coleira, criando assim o que se chama de curral eleitoral.
Por que será que a política é o centro das atenções em Parauapebas, quando em outros municípios esses detalhes estão longe de fazer parte do cotidiano? Mais ainda, por que será que a política exerce tanto fascínio aos simples mortais da terrinha? Em Marabá, por exemplo, depois de um ano ou um pouco menos, ninguém mais sabe quem foi eleito a vereador e o sujeito, livre, leve e solto, transita tranqüilamente pelas ruas e não aparece um cristão para molestá-lo. Já em Parauapebas, a população vive intensamente a vida dos eleitos. Costuma-se dizer que ela respira e transpira política. Nota-se que mesmo os que chegam são integrados rapidamente na vida da cidade e em pouco tempo já estão dando suas cornetadas pelos corredores da Câmara.
Por ser a casa do povo, a Câmara acabe sendo o reflexo dessa atração, o que não chega a ser surpreendente. Em Parauapebas, o Poder Legislativo é mesmo a caixa de ressonância do povo.
Aqui o vereador é um misto de consultor sentimental, psicólogo, assistente social e provedor das necessidades da uma parcela carente do município.
A proximidade com a realidade da população dá essa vantagem (se é que se pode chamar isso de vantagem) ao Legislativo. Como não tem acesso aos órgãos do Executivo, o cidadão procura o vereador. Não há um contrato explícito, mas funciona na base do “toma lá, dá cá”. Em outras palavras: toma a cesta básica e me dá o voto.
Aos trancos e barrancos, o legislativo está presente na vida do povo. Agora só falta desenvolver outras funções estabelecidas pela lei, como fiscalizar mais e se impor enquanto poder.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Chico vai sair, saindo

Cláudio Almeida confirmou que o ex-prefeito Chico das Cortinas não queria participar como membros da nova comissão provisória do PR. Segundo ele, Chico estaria consolidando sua empresa de vidros e cortinas e em tese estaria com tempo para se dedicar a política.

Em conversa com Chico, o que ficou implícito é que o ex-prefeito ficara insatisfeito com a atitude da executiva estadual, que lhe tirou o controle do PR e por isso mesmo ele estaria disposto a sair do partido, levando inclusive algumas lideranças consigo. Seu destino poderia ser o Democratas, de Meire Vaz.

Acredito muito mais na última versão, até porque é notória a teimosia do Chico, que gosta de ser apoiado, mas não gosta muito de apoiar. Aliás, conicidentemente é a mesma particularidade de Cláudio Almeida, de Faisal .... de ....

Cláudio Almeida de volta

Ontem, 23, o blog teve contato com o ex-deputado Cláudio Almeida. Na conversa informal ficou confirmado aquilo que o blog havia previsto há mais de um mês, de que ele teria conseguido o controle do Partido da República (PR), antigo PL. Com isso o ex-prefeito Chico dzs Cortinas fica sem espaço e pode não ser candidato.

Cláudio volta querendo reconquistar um espaço político que construiu em 2000. Convenhamos, é muito tempo para costurar o que ficou roto, mas em politica tudo pode acontecer, principalmente neses tempos bicudos em que não há uma oposição consistente ao prefeito Darci Lermen.

Cláudio espera ter 15% das intenções de voto até 15 de fevereiro, porque o seu partido tem interesse em Parauapebas. Cláudio pode não ter voto no momento, mas tem um bom poder de argumentação.

Formadores de opinião

Referente a última publicação, o leitor Rodrigo postou o seguinte comentário: "essa gente não tem voto, nem dos amigos, se é que têm amigos!!!"
Exageros à parte, é bom que se diga que uma campanha é feita com vários atores, dentre os quais, formadores de opinião e multuplicadores. Nenhum dos dois grupos pode prescindir do outro. No caso do grupo de empresários do PP, a maioria dos integrantes é formadora de opinião. Ainda que não tenham sido testado nas urnas, são remenescentes de outras campanhas. O que se discute é se terão caixa ou peito para seguir um caminho indenendente ou se serão obrigados pelas circusntâncias a se unir ao grupo que está no poder.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Independente?

Tem coisas que é preciso ver para acreditar. Segundo informações confidenciais, o PP, que há pouco tempo deixou de ser um feudo do grupo que no passado era capitaneado pelo ex-vereador Milton Martins (que agora reside em Anapolis), tem um novo grupo que o comanda. Como é do conhecimento de todos, esse grupo teria as figuras de Roque Dutra, o "Roque da DM, Daniel da Paulistinha e outros empresários como linhas de frente.

O grupo se julga independente e já costura algumas alianças (talvez com Japão da Casa da Roça do PV e até com Valmir da Integral). Valmir se filiaria antes da data-limite, deixando o PSB e se colocando a disposição para encabeçar uma chapa.

Tudo isso pode acontecer, até porque em política, o imponderável de hoje é o possível de amanhã, mas é melhor esperar, pelo menos até o final de setembro, data-limite para as composições para o próximo pleito.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Instituto Alberto Santis

A família Ávila inaugurou no último sábado, 11, na chácara da família, a quatro quilômetros do centro da cidade o Instituto Alberto santis, uma entidade sem fins lucrativos e que deve desenvolver trabalhos sociais, principalmente junto à população mais carente do município.

Estiveram presentes autoridades municipais e personalidades para prestigiar o evento. O vereador Ávila, em entrevista afirmou que há muito a família sonhava com a implantação da ONG.

Segundo informações, o dentista Marlos deve prestar serviços no odontomóvel. Não se deve esperar que o vereador não obtenha dividendos políticos, afinal, seria sonhar demais, agora, o blog torce desesperadamente para que a política não tolde os objetivos do instituto.

Cidade um tanto sossegada

Depois de alguns dias envolvido com a disciplina "Telejornalismo" na faculdade, volto a dar o ar da graça. Com a cidade anda um tanto sossegada, ninguém perdeu muita coisa. De qualquer maneira, peço desculpas aos leitores que encontraram nesse espaço um instrumental corajoso, que trabalha pela cidadania.

Sobre os acontecimentos dentro da política, deve-se dizer que tudo caminha para um grande acordão, que desaguará em apoio a candidatura de Darci Lermen.

Apesar de muita gente trabalhar com a perspectiva da candidatura da deputada Bel Mesquita, ninguém deve se assustar se de repente Bel prefeir ficar em Brasília e asssitir de camarote a disputa eleitoral, sem se meter numa briga que não é sua. Bel tem problemas de sobra, planejando sua trajetória política para se arriscar numa guerra que pode lhe ser desfavorável.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Esclarecimento

Referente a nota publicada neste blog e na coluna Raio X, do jornal HOJE, edição 227, a Companhia Vale do Rio Doce, por meio da agencia Planet enviou um esclarecimento, que passamos a publicar na íntegra:
“Em nenhum momento a CVRD, por meio dos seus representantes ameaçou qualquer empregado de demissão, caso fossem publicadas fotos do acidente ocorrido no dia 28 de julho, na mina do N4W Norte, na serra dos Carajás. A Vale lamenta profundamente o acidente que resultou no falecimento de um de seus prestadores de serviço e reafirma o apreço da companhia pela liberdade de imprensa”.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

De volta ao PT

Está praticamente certa a volta do vereador Wanterlor Bandeira ao PT. Em conversa com o blog, o vereador informou que não deve ficar no PSOL. O caso de Wanterlor é mais importante do que se imagina. Como o Superior Tribunal Eleitoral decidiu por unaniminade que o mandato é do partido, Wanterlor volta ao ninho petista antes que o partido requeira o mandato, chamando para ocupar a vaga o suplente, no caso, Milton da EEPP.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Pacote requentado, obviedades ululants e algo de bom

Diferentemente de outras vezes, nas quais nem se dignou a comparecer, o prefeito Darci Lermen esteve presente na sessão solene de abertura do segundo período legislativo da Câmara, sendo aplaudido por uma claque entusiasmada, composta de secretários e assessores, que tomou todas as dependências da Câmara. O povão mesmo, que é freqüentador assíduo dos trabalhos legislativos ficou de fora e não poupou esculhambação ao prefeito e aos apaniguados que devem ter saído de lá com as mãos em pandarecos de tanto baterem palmas. Em compensação, as orelhas devem ter ficado vermelhas que nem pimentão, de tanto que foram enxovalhados pela arraia-miúda. Teve um cidadão que lamentou o desperdício de tempo, já que Darci não falou nenhuma novidade. “Ao invés de estarem procurando o que fazer, estão aqui feito bestas, puxando o saco do prefeito”, disse, se referindo aos de primeiro escalão.

Observações a parte, Darci anunciou um pacote de medidas para o segundo semestre. Algumas delas são filmes antigos, requentados para consumo da mídia; outras são obviedades ululantes, que estão há pelo menos dois anos atrasadas. Por último, há a parte boa e limpa, que deve ser reconhecida, ainda que fazer coisas corretas deveria ser a regra e não a exceção.

O pacote dos requentados seria é a construção das casas populares, que a bem da verdade, foram construídas no primeiro ano de mandato; o Projeto Pipa, para 700 menores; programa de micro-crédito, ou Banco do Povo e até o Orçamento Participativo seriam por assim dizer, bananeiras que já deram cacho. Projeto Pipa, então, data do primeiro mandato e já recebeu vários nomes. Banco do Povo é um fiasco monumental e Orçamento Participativo, bom, do Orçamento Participativo é melhor nem comentar. Basta dizer que é algo de tristíssima memória.
As obviedades ficam por conta da construção do hospital e da nova prefeitura. Todo mundo sabe que uma das ferramentas para Darci ganhar as eleições foi atacar o sistema de saúde do município, que não funcionava. Em palanque prometeu um hospital de referência, com UTI e tudo. Até agora nada saiu do papel e da maquete, aliás, maquete essa que ele, Darci, adorava ver publicada nos jornais. O hospital, juntamente com a nova prefeitura ele jurou que se iniciará no máximo em setembro para terminar no ano que vem. Pode até acontecer, mas é quase impossível, pela simples razão do histórico. Quem não fez em três anos vai fazem em um? Só se for um milagre ou a constatação de que a eleição se aproxima e a batata está funda. O que está sendo feito e não me parece obra eleitoreira é a duplicação da PA-275, na saída da cidade. Pelo menos alguma coisa acontece de maneira normal.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ranço autoritário

Em pleno 2007, 21 anos depois da promulgação da abertura ampla, geral e irrestrita, que em tese e na prática pôs fim a longos anos de ditadura, a gente vez por outra se depara com rompantes e ranços do velho autoritarismo.

No episódio que ocasionou a morte do ajudante Thiago Santos Cardoso , 31 anos, que trabalhava da mina da Companhia Vale do Rio Doce e foi atropelado por uma gigantesca caçamba, foi possível verificar esse tipo de comportamento. Segundo informações seguras (de mais de uma pessoa) se soube que chefes do setor onde ocorreu o trágico acidente ameaçaram os funcionários dizendo que caso alguma foto vazasse e fosse publicada nos jornais da cidade, todo mundo que viu, ouviu ou esteve envolvido de alguma maneira com o caso seria demitido.

O blog não sabe informar se esta é uma posição oficial da empresa ou se chefes de setores agiram por conta própria, mas essa foi a informação que chegou até as redações dos jornais da city.