"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


quinta-feira, 31 de maio de 2007

Uma nova Califórnia

A região sudeste sempre foi considerada a galinha dos ovos de ouro, o trem-pagador do fausto da corte belenense. Em contrapartida, a região nunca foi olhada com o respeito merecido. Imagine agora o diagnóstico da Vale nas mãos dos políticos de Belém. Um crescimento do emprego na casa dos 20% ao ano, o crescimento do comércio e serviço, 21,8%, massa salarial em elevação, taxa do crescimento econômico acima de 20,5% e a maior PIB per capita do Pará é tudo que eles nunca conseguiram proporcionar para o estado.
Só falta agora os governos não atrapalharem e criar as condições para transformar a região numa nova Califórnia.

Ribeirão Preto ou o inferno

Conversando com o diretor de Ferrosos Norte da CVRD, José Carlos Gomes Soares, pude perceber o seu otimismo com o desenvolvimento da região, principalmente, a partir do Diagnóstico Integrado Socioeconômico do Sudeste do Pará, levado a cabo pela Diagonal Urbana Consultoria Ltda, empresa especializada em estudos sócio-econômicos. As notícias são realmente alvissareiras e José Carlos é um profundo conhecedor da região e atuou em vários projetos da Vale desde o processo inicial, que é o de pesquisas. Para quem não sabe, isso aqui é uma mina de ouro literalmente e metaforicamente. Ele chegou a dizer que a região (na qual pontifica Parauapebas, a segunda cidade em importância no sudeste do Pará) pode se tornar uma nova Ribeirão Preto ou um inferno, dependendo das ações tomadas agora.
Falando em Parauapebas, para melhorar é necessário planejar, desenvolver ações em infra-estrutura, saúde (uma vergonha, por enquanto) educação (cursos superiores e profissionalizantes são a pedida no momento), segurança. Agora para se tornar um inferno basta que a incompetência, a inoperância e a falta de compromisso continuem na ordem do dia, ou seja, que tudo continue como está.
Trocando em miúdos, planejar nunca foi o forte dessa turma que se assenhoreou do poder; saúde também não faz parte das prioridades de ninguém do governo; educação idem, já que em quase três anos apenas três cursos superiores foram viabilizados (contra 17 da administração anterior, que a bem da verdade, ainda deixou a desejar nesse aspecto) assim como nunca trabalharam numa política educacional verdadeira. Prova disso é que, a despeito da demanda apenas dois colégios foram construídos e nunca investiram para acabar com o turno intermediário. Está difícil.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Vanterlor acessou

Agradeço o comentário pertinente do vereador Wanterlor Bandeira, que na quinta-feira teceu comentários sobre o tema Umesspa,. além de me parabenizar pelo blog. Valeu Wanterlor, você é mesmo 10.

Boa visita

Termino o dia, recebendo a visita os irmãos Flávio, Fábio e Felipé Veras ( o último é o atual presidente da Umespa, ainda que haja contravérsias). Não sabia que o blog do Marcel tinha esse alcançe todo, principalmente quando se considera que ele existe há menos de uma semana, mas descubro satisfeito, que estamos sendo bem acessados. Voltando ao tema, os Veras trouxeram uma cópia impressa do artigo "Seria a Umespa um reles balcão de negócios?". A princípio, continuo achando que é e o histórico da entidade não me deixa mentir, entretanto, por uma questão de justiça devo citat alguns presidentes que honrtaram o mandato, casos do Chiquinho, do Antonino que não desmereceram o nome da entidade. Agora que foi proveitosa a conversas com os Veras, isso foi.
Eles sabem o que querem (e não querem pouco) e de uma maneira bem articulada abriram o jogo, afirmando que o pano de fundo (como sempre) é a questão política. "É um grupo do PT que quer tomar conta da Umespa. Antigamente a gente era parceiro, mas, como nos recusamos a filiar no PT, estão tentando nos desestabiliozar". Como cartão de visitas, eles exibem o convênio com a prefeitura, no valor de R$ 24 mil (que eu considero um elemento atrelador e não deveria ser motivo de orgulho para ninguém) e a legalização da entidade, mas não conseguem convencer na questão da eleição da Umespa. Para mim, não há razão no mundo que tire o direito do voto do estudante ou de quem quer que seja. Costumo dizer que a pior das democracias é infinitamente melhor do que mais perfeita ditadura. Sem contar que um presidente votado, sem as nuances e as jogadas ensaiadas dos bastidores exibe a legitimidade dos que sabem votados.
Ainda tem tempo dos Veras se redimnirem. Basta que não tenham mesmo rabo preso com quem quer que seja, inclusive com a prefeitura; basta que deem uma senhora bicuda no convênio com aprefeitura e que se tornem verdadeiros representantes dos estudantes, lutando as lutas da classe, como a meia-passagem, melhores consições para os professortes, mais escolas, novos cursos superiores e outros benefícios.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Silas Rodou

Para alegria do PMDB, do senador José Sarney e da sua trupe (que bancaram sua indicação e estavam loucos para vê-lo pelas costas), o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau pediu o boné. Rondeau nega as acusações que teria recebido a propina de R$ 100 mil, porém, para não causar constrangimentos ao governo, ia sair, saindo. No blog Quinta Emenda, Juvêncio Arruda, ressalta que os índicios eram tão claros que só faltaram fotos do ministro com o dinheiro dentro do bolso (ou da cueca).
Depois dessa, bem que o ministro demissioinário poderia se chamar Silas Rodou. Literalmente.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Seria a Umespa um reles balcão de negócios?

A pergunta acima parece saída do submundo da máfia dos anos 50, quando sindicatos, poder público e negócios rasteiros se misturavam, como se fossem ingredientes do mesmo angu de caroço, entretanto, os indícios e principalmente, as últimas denúncias revelam que algo de podre ocorre na entidade, que em tese deveria representar os interesses da classe estudantil.
Há muito tempo se sabe que a União Municipal dos estudantes de Parauapebas (Umespa) não resiste a 30 minutos de auditoria. Desde os primórdios as diretorias da entidade, dão nó em pingo d’água. Na década passada, Rui Hildebrando, Adamilton Martins vendiam a entidade por qualquer merreca e não passavam de vaquinhas de presépio dos prefeitos que estavam na vez. Na verdade, Rui e Adamilton usavam a entidade para fins políticos. Felizmente levaram tinta na tentativa de se elegerem vereador. Já naquela época se falsificava atas de congresso a três por dois. Vicente Leite também fez das suas e entrou para política, mas não se deu bem. Ele perdeu as eleições, mas não se sabe se o município perdeu alguma coisa.
Hoje se assiste a um filmezinho pavoroso estrelado pelos irmãos Veras, que são da escola do Rui e do Adamilton. É um mistério, digno de Sheloque Holmes que continuem dando as cartas no meio do alunado. Primeiramente foi Feliciano Veras, que ficou à frente da entidade até se descobrir que ele não era mais estudante. Feliciano é hoje conselheiro tutelar, muito mais por uma jogadinha do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Parauapebas (Condcap), que cassou mandatos de pessoas contrárias ao governo, do que pelos seus próprios méritos e se diz candidato a vereador.
O clã Veras ainda tem o Fábio que também, era da Umespa e o indomável Felipe Veras, que segundo denúncias de Josean Brito, o “Chocolate”, falsificou a ata do último congresso, se auto presenteando com um mandato, quando na verdade, nem de longe o congresso tratou do tema "eleições". Falsidade ideológica, falta de transparência dos recursos da entidade, fazer da Umespa um balcão de negócios são algumas das acusações que pesam contra eles. Ah! Os Veras estão agasalhados no enorme guarda-chuva chamado Prefeitura

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Se fosse aqui, não sobraria pedra sobre pedra

Deprimente a sujeirada colocada à nu pela Polícia federal, por ocasião da Operação Navalha. Nada menos do que dois governadores, ministro do governo, ex-governador e a arraia miúda que flutua nos bastidores do poder, chafurdando na lama e farejando negócios escusos estão envolvidos até a raiz do cabelo.
Trazendo para a nossa realidade municipal, se a PF resolve dar uma batida por essas bandas, grampeando telefones de muita gente encastelada no poder, ia ser uma festa. Talvez não sobrasse pedra sobre pedra.

Hélio x Câmara - como será o final?

Hélio garante que tem uma fita gravada que incrimina alguns vereadores, que supostamente seriam os autores intelectuais da licitação fraudulenta. Talvez a reação do Ávila na tribuna seja resultado disso tudo. Muita gente acha que Hélio fez bem em tornar público as denúncias, por meio da reportagem do HOJE (que teve uma tiragem recorde). Agora ele estaria blindado de alguma violência que pudesse sofrer. Por falar em violência, Hélio garante que teve sua casa invadida por pseudo-assaltantes que na verdade procuravam os ditos documentos. Aonde isso vai parar, ninguém tem a menor idéia.
Registre-se que Hélio já fez assessoria para o vereador Ávila. Hoje eles não se falam.

Hélio x Câmara - o começo

A bem da verdade, esse embate já dura uma par de tempos. Em 2005, poucos meses depois do governo do PT assumir, nos bastidores da política local já se falava que a reforma dos prédios da Semas e do Espaço da Criança e do Adolescente (ECA) tinha sido realizada sem o devido processo licitatório. O mérito de Hélio Cândido de Araújo foi reunir provas e denunciar primeiramente na Câmara e depois no âmbito do Judiciário, por meio de uma ação popular, ajuizada pelo advogado Isaias Alves.
O material chegou ao jornal HOJE no final de 2006, mas estava incompleto. Logo depois, novas cópias foram colocadas à disposição do jornal, que publicou com exclusividade, inclusive com as cópias de cheques de que a empresa de propriedade de um ex-assessor do então secretário de Obras, Fenelon Sobrinho, tinha sido beneficiada de forma suspeita.
Parece que Hélio, depois de dinamitar a Prefeitura, carrega suas baterias contra a Câmara. Segundo ele, alguns vereadores (dentre eles, Ávila) pressionaram o prefeito a pagar o cidadão, conhecido como "Barbudo" e foi montada a farsa.

Hélio x Câmara

Na sexta-feira, 18, o plenário da Câmara foi palco de mais um round entre Hélio Cândido de Araújo e o vereador Agnaldo Ávila. Depois de distribuir panfletos, acusando membros do Legislativo de ter induzido o prefeito Darci Lermen a "montar" a licitação para os serviços dos prédioo da Semas e do Espaço da Criaça e do Adolescente, veio a resposta violenta de Ávila, que utilizando o plenario, disse que Hélio tentou chantegear a Prefeitura, pedindo cerca de R$ 1,5 milhão para não fazer a denúncia. A verdade é que as denúncias acabaram numa ação popular contra o prefeito Darci Lermen, por improbidade administrativa. Outro membros do governo também aparecem como réus no processo, que aguarda apenas a sentença do Judiciário.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Carlos Magno viu o Papa

Na semana passada recebi um email do confrade e amigo, Carlos Margno, assessor do prefeito Joseilton Nascimento, o "Ribita", de Canaã dos Carajás. Carlos Magno foi o único jornalista da região credenciado para cobrir a visita do papa Bento XVI ao Brasil. As más línguas dizem que o moço de Canaã foi visto ao lado do Papa, o que motivou uma série de perguntas, tipo: "Será que era mesmo o Papa, ao lado de Carlos Magno?" Bom se era o papa há controvérsia, agora que o moreno era mesmo o nosso Carlinhos, isso era".
Marcel Nogueira

Depois do blog, o dilúvio

Tremei malas, malinhas e malões
Depois de muitas ameaças, de muitos ensaios, finalmente arrumei um tempinho para
colocar o blog no ar. A idéia é falar de política, reproduzir as colunas que são publicadzas duas vezes por semana no jornal HOJE e abrir uma ferramenta mais livre para interagir e trocar figurinhas.