"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012!

Feliz 2012. O blog agradece a companhia de todos e espera voltar logo no início de Janeiro, se Deus quiser.

Fechando o ano

Informações advindas de Parauapebas dão conta que a cidade ficou sem água pela enésima vez esse ano. Essa é pra fechar o ano com chave de ouro (?). Menos mal que a SAAEP informa que o problema está sendo solucionado.

Rui Guilherme chegando

Estou agauardando para amanhã, a presença do intrépido Rui Guilherme e família aqui, em Carolina. Eles chegam a tempo de curtir o reveillon.

Mais de Carolina

Cachoeira de Pedra Caída



Atendendo a um pedido da amiga Eliane Andrade, sobre Carolina, o município de Carolina é centenário, de ruas largas (como eram as cidades do império). Carolina viveu seu auge nas décadas de 50 e 60 do século passado.



Com a implantação da rodovia Belém-Brasília e o fim dos garimpos de cristais, a cidade entrou em declínio financeiro e hoje tem o turismo como um das fontes de renda.



Além da cochoeira de Pedra Caída, Itapecuru e Cachoeira do Prata são atrações. Aém disso,as trilhas da chapada também são atração.



Na cidade, um tanto provinciana, charmosa ao extremo há boas opções de lazer. Uma programação de bandas e queima de fogos (hum, até parece o Peba) no reveillon.



Nos cacheiras há chalés para alugar, mas na cidade, distante 30 quilômetros dos paraísos há pousadas bem em conta (cerca de R$ 50,00 a diária casal, com café da manhã), ou seja, só não vem quem não quer.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Blog atualizado

Como dissemos no post anterior, estamos em Carolina e mesmos distantes tentaremos manter o blog atualizado.

Vamos tentar postar imagens de locais turisticos.

Reveillon em Carolina

Casarão do século passado de Carolina


Cachoeira de Itapecuru


Entrada para a gruta de Pedra Cáida, santuário ecológico





Olha eu aqui de novo, na terinha natal,para passar o reveillon com os pais, em Carolina.



Para aqueles que querem dar um bodejo por aqui,a tempo de curit o feriado em Pedra Caádi, Cachoeira de Itapecuru, a pedida é imperdível. Dá uma passada de pano nas fotos acima.




























segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Salário mínimo passa a valer R$ 622 a partir de janeiro

Agência Brasil

A presidente Dilma Rousseff assinou o decreto que determina o valor de R$ 622,00 para o salário mínimo a partir de janeiro de 2012.

O reajuste representa aumento de 14,13% em relação ao valor atual, de R$ 545,00. O decreto será publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira, dia 26.


O método de reajuste do salário mínimo foi definido no início de 2010 por meio de uma medida provisória aprovada pelo Congresso. O valor é calculado com base na inflação dos dois anos anteriores, acrescido do percentual de crescimento da economia do ano anterior de sua validade. Pela primeira vez, o valor do reajuste obedece a esses critérios.


A MP também determina que até 2015 todas as definições sobre o valor do mínimo serão feitas por meio de decreto presidencial.

Ele não aprende

E o Adriano, heim? pela enésima vez se mete num salseiro no feriado de Natal.

O jogador afirma que não atirou na garota, por outro lado, ela sustenta que ele disparou a arma a cidentalmente.

Não é a toa que os jornais estão dando destaque negativo a mais uma confusão. O site Olé da Argentina estampou em sua capa "Adria No aprende". De fato...

Charge

Morte no feriado

Para registro. Apesar da aparente calma do feriado, um condutor de moto morreu ontem na rua José Piveta, no bairro Residencial Bela Vista. Segundo as informações iniciais , o condutor, ainda não identificado perdeu o controle do veículo e colidiu com outra moto e veio ao chão.

Na queda bateu com a cabeça no meio-fio e teve morte instantânea.

Jader toma posse esta semana

Globo online

O político paraense Jader Barbalho (PMDB) tomará posse nesta quarta-feira (28) como senador. Sua chegada ao cargo, no fim do ano e durante o recesso parlamentar, ocorre após uma batalha judicial que acabou livrando-o dos efeitos da Lei da Ficha Limpa, cuja validade para as eleições de 2010 foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal.

A posse de Jader Barbalho só foi determinada pelo STF no último dia 14 de dezembro. O julgamento de seu recurso, contra a Ficha Limpa, foi iniciado em novembro, mas estava empatado em 5 a 5. O impasse foi desfeito pelo ministro Cezar Peluso, que usou o chamado "voto de qualidade", que permite ao presidente desempatar uma disputa.

Por causa do recesso, a cerimônia de posse de Jader Barbalho deverá contar apenas com a presença da Comissão Diretora, formada por integrantes da Mesa, presidida por José Sarney (PMDB-AP). O Senado só volta aos trabalhos no dia 2 de fevereiro.

A posse de Barbalho nesta quarta é o último requisito formal para ele assumir o cargo. Depois da decisão do STF, no dia 14, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará antecipou a diplomação para 16 de dezembro, três dias antes do previsto. Na época, o político publicou em sua página no Twitter uma foto do seu diploma e afirmou que "já perdeu um ano de mandato".

"Como o tempo urge, e eu já perdi um ano de mandato, fui diplomado pelo TRE hoje mesmo", escreveu Barbalho no microblog.

Com a posse, o PMDB, que já conta com o maior número de representantes na Casa, alarga sua bancada, passando a 18 senadores. A segunda maior bancada pertence ao PT, com 13 senadores.

O senador João Vicente Claudino (PTB-PI) foi escolhido pela Mesa Diretora para elaborar um relatório sobre o processo de posse de Barbalho. Terá como base ofício do TRE-PA, no qual consta a informação de que o paraense teve 1.799.762 votos, do total de 4.483.459 votos válidos registrados nas eleições de 2010.

Barbalho foi o segundo mais votado pelo estado do Pará, atrás do senador Flexa Ribeiro (PSDB). O terceiro foi Paulo Rocha (PT), também barrado pela Ficha Limpa.

Saída
Com a posse de Jader Barbalho, Marinor Brito (PSOL-PA), a quarta colocada na eleição, terá de deixar o cargo de senadora. Na quarta-feira passada (21), Marinor fez seu último pronunciamento na tribuna do Senado e disse que continuará "firme na luta pela ética e pela justiça".

"Por um lado, tenho o sentimento claro de dever cumprido; por outro, não posso deixar de registrar meu sentimento de indignação", declarou.

Ela afirmou ser uma política ficha-limpa e lembrou que foi eleita com o menor orçamento entre os demais colegas. "Em cada dia que passei aqui, dediquei-me a honrar essa delegação do povo do Pará; foram quase 800 mil votos com o menor orçamento de todos os Senadores que aqui chegaram".

Desde que o STF decidiu liberar a diplomação de Barbalho, Marinor tem criticado o tribunal. Ela acusa o presidente, ministro Cezar Peluso, de ter desempatado o julgamento na "calada da noite".

Brasil é a sexta economia do mundo

Globo online

O Brasil ultrapassou o Reino Unido e conquistou o posto de sexta maior economia do mundo, de acordo com pesquisa publicada pelos principais jornais britânicos nesta segunda-feira (26). É a primeira vez que o país europeu fica atrás de uma nação sul-americana, destaca o Daily Mail.

O crash bancário de 2008 e a subsequente recessão foram fatores determinantes para a queda do Reino Unido, segundo o The Guardian. A publicação ainda destaca que a América do Sul tem crescido a partir das exportações para a China e Oriente.

"O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los na economia é um fenômeno novo", comparou Douglas McWilliams, CEO do Centro de Economia e Pesquisa de Negócios (CEBR, em inglês), consultoria responsável pela pesquisa.

"O poder de penetração do Brasil como um todo ultrapassou a Grã-Bretanha por causa do enorme potencial econômico das pessoas que ali vivem, disse ao Daily Mail o ex-conselheiro de política econômica do governo britânico, Peter Slowe. "O Brasil tem uma variedade de recursos naturais para contar, bem como do petróleo e minerais na Amazônia", acrescentou.

Os Estados Unidos encabeçam a tabela atual dos países com os maiores PIBs, à frente de China, Japão e Alemanha.

De acordo com o ministro, o Brasil terminará esse ano como o sexto maior PIB mundial com US$ 2,4 bilhões. Ele informou que o país conseguirá ultrapassar a Itália e ficará atrás dos Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e França.

Em 2010, o Brasil foi a sétima maior economia do mundo. Para 2012, o BC estima um crescimento de 3,5%, enquanto o ministro da Fazenda prevê uma expansão entre 4% e 5%.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Agradecimentos

O Blog do Marcel e o jornal jornal HOJE, em nome do diretor Marcel Nogueira agradecem as muitas manifestações de carinho e mensagens chegadas via e-mail, orkut, correspondências, pombo-correio, sinais de fumaça etc, etc e etc de Feliz Natal e boas festas de passagem de ano.

Na ocasião o blog e o HOJE eagradecem e retribuem com o mesmo apreço.

Boas festas a todos!

Ascom de plantão

Por conta do recesso que se estenderá até o dia 06 de janeiro, a Assessoria de Comunicação Social - Ascom irá trabalhar em regime de plantão nesse período.

Prefeitura de Parauapebas promove "Réveillon iluminado"


Para comemorar o término de mais um ano a Prefeitura Municipal de Parauapebas preparou umagrande festa para toda a população. É o “Réveillon Iluminado, o maior Réveillondo Pará”. Este ano, a comemoração será realizada no Parque de Exposições da FAP(Feira de Agronegócios de Parauapebas), na Rodovia Faruk Salmen, em frente aoDetran. Com a inovação, a Prefeitura garante ainda mais qualidade ao evento,além de proporcionar mais segurança e conforto à população.

Uma megaestrutura de som, iluminação e palco de última geraçãoserá montada para oferecer uma festa nunca vista na cidade. A entrada égratuita e a programação começa às 21h do próximo sábado, 31. A Banda TropaLouca sobe ao palco às 22h e anima o público na gravação do seu primeiro DVD; à meia-noite, na hora da virada, uma grande queima de fogos com show pirotécnicoantecede a apresentação da dupla sensação do momento no Brasil: Carlos e Jader. O sertanejo universitário comanda a festa até a madrugada e a animação estágarantida com DJ até às 6h da manhã.

Poema - O Natal chegou

Autor: Lauro Daniel

Eis que o Natal já vai chegar

Eis que é tempo de olhar

Em volta, e de pensar

O coração pulsa mais forte

O amor está no ar


Tem o Natal aquele clima

Que só o Natal tem

E o amor como um imã

Que não deixa de lado a ninguém


Os dias são de céu claro

E o sol brilha forte

Só se vê alegria

É um tempo de sorte


As Cigarras cantam

De alegria e amor o vento tem cheiro

A natureza pulsa

Avulsa

Aos problemas do ano inteiro


É tempo de alegria e amor

De cantar a belezada vida

De sentir o seu calor

afinal, é o Natal que chegou!





Natal na cidade das luzes


Espetáculo muito bacana no centro da cidade. A tradicional decoração natalina recebeu o reforço da arvores na natal com preocupação ambiental, confeccionadas com garrafas pet. O resultado, como se pode vê, está sendo maravilhoso.

Final da tarde

Só pra desanuviar dei um volta pela cidade no final da tarde.

O clima chuvoso, a brisa da serra e a chuva fina que insistia em cair davam à Cidade Nova um clima aristocrático.

As ruas um tanto vazias, me lembraram que a delinquencia perpetrada por ladrões de celulares e trocados está cada vez mais inserida no cotidiano da cidade.

É hora de voltar para cssa. A noite, talvez visite algumas famílias para deixar meu abraço aos amigos.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cartão Natal

O suave milagre

[Eça de Queiroz]

Nesse tempo, Jesus ainda se não afastara da Galiléia e das doces, luminosas margens do Lago de Tiberíade: - mas a nova dos seus milagres penetrara já até Enganim, cidade rica, de muralhas fortes, entre olivais e vinhedos, no país de Issacar.

Uma tarde, um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo Profeta, um Rabi formoso, percorria os campos e aldeias da Galiléia, predizendo a chegada do reino de Deus, curando todos os males humanos. E enquanto descansava, sentado à beira da Fonte dos Vergéis, contou ainda que esse Rabi, na estrada de Magdala, sarara da lepra o servo de um decurião romano, só com estender sobre ele a sombra das suas mãos; e que noutra manhã, atravessando numa barca para a terra dos Gerassênios, onde começava a colheita de bálsamos, ressuscitara a filha de Jairo, homem considerável e douto que comentava sobre livros na sinagoga.

E como em redor , assombrados, seareiros, pastores, e as mulheres trigueiras com a bilha no ombro, lhe perguntassem se esse era, em verdade, o messias da Judéia, e se diante dele refulgia a espada de fogo, e se o ladeavam, caminhando como as sombras de duas torres, as sombras de Gogue e de Magogue. O homem, sem mesmo beber daquela água tão fria de que bebera Josué, apanhou o cajado, sacudiu os cabelos, e meteu pensativamente por sobre o Aqueduto, logo sumido na espessura das amendoeiras em flor. Mas uma esperança, deliciosa como o orvalho nos meses em que canta a cigarra, refrescou as almas simples; logo, por toda a campina que verdeja até Áscalon, o arado pareceu mais brando de enterrar, mais leve de mover a pedra do lagar; as crianças, colhendo ramos de anêmonas, espreitavam pelos caminhos se além da esquina do muro, ou de sob o sicômoro, não surgiria uma claridade; e nos bancos de pedra, às portas da cidade, os velhos, correndo os dedos pelos fios das barbas, já não desenrolavam, com tão sapiente certeza, os ditames antigos.

Ora, então, vivia em Enganim um velho, por nome Obede, de uma família pontificial de Samaria, que sacrificara nas aras do Monte Ebal, senhor de fartos rebanhos e de fartas vinhas - e com o coração tão cheio de orgulho como o seu celeiro de trigo. Mas um vento árido e abrasado, esse vento de desolação que ao mando do Senhor sopra das torvas terras de Assur, matara as reses mais gordas das suas manadas, e pelas encostas, onde as suas vinhas se enroscavam ao olmo, e se estiravam na latada airosa, só deixara, em torno dos olmos, e pilares despidos, sarmentos, cepas mirradas, e a parra roída de crespa ferrugem. E Obede, agachado à soleira da sua porta, com a ponta do manto sobre a face, palpava a poeira, lamentava a velhice, ruminava queixumes contra o Deus cruel.

Apenas ouvira falar desse novo Rabi da Galiléia, que alimentava as multidões, amedrontava os demônios, emendava todas as desventuras - Obede, homem lido, que viajara na Fenícia, logo pensou que Jesus seria um desses feiticeiros, tão costumados na Palestina, como Apolônio, ou Rabi Ben-Dossa, ou Simão, o Sutil.

Esses, mesmo nas noites tenebrosas, conversam com as estrelas, para eles sempre claras e fáceis nos seus segredos; com uma vara afugentam de sobre as searas os moscardos gerados nos lodos do Egito; e agarram entre os dedos as sombras, que conduzem, como toldos benéficos, para cima das eiras, à hora da sesta.

Jesus da Galiléia, mais novo, com magias mais viçosas decerto, se ele largamente o pagasse, sustaria a mortandade dos seus gados, reverdeceria os seus vinhedos. Então, Obede ordenou aos seus servos que partissem, procurassem por toda a Galiléia o Rabi novo, e com promessa de dinheiros e alfaias o trouxessem a Enganim, no país de Issacar.

Os servos apertaram os cinturões de couro - e largaram pela estrada das caravanas, que, costeando o Lago, se estende até Damasco.. Uma tarde, avistaram sobre o poente, vermelho como uma romã muito madura, as neves finas do monte Hermo. Depois, na frescura de uma manhã macia, o Lago de Tiberíade resplandeceu diante deles transparente, coberto de silêncio, mais azul do que o céu, todo orlado de prados floridos, de densos vergéis, de rochas de pórfiro, e de alvos terraços por entre os palmares, sob o vôo das rolas. Um pescador que desamarrava preguiçosamente a sua barca de uma ponta de relva, assombreada de aloendros, escutou, sorrindo, os servos. O Rabi de Nazaré? Oh! Desde o mês de Ijar, o Rabi descera, com os seus discípulos, para os lados para onde o Jordão leva as águas.

Os servos, correndo, seguiram pelas margens do rio, até adiante do vau, onde ele se estira num largo remanso, e descansa, e um instante dorme, imóvel e verde, à sombra dos tamarindos. Um homem da tribo dos Essênios, todo vestido de linho branco, apanhava lentamente ervas salutares, pela beira da água, com um cordeirinho branco ao colo. Os servos humildemente saudaram-no, porque o povo ama aqueles homens de coração tão limpo, e claro, e cândido como as suas vestes cada manhã lavadas em tanques purificados. E sabia ele da passagem do novo Rabi da Galiléia que, como os Essênios, ensinava a doçura, e curava s gentes e os gados? O Essênio murmurou que o Rabi atravessara o oásis de Engada, depois se adiantara para além... - Mas onde, 'além'? - Movendo um ramo de flores roxas, que colhera, o Ess6enio mostrou as terras de além do Jordão, a planície de Moabe.

os vadearam o rio ­ e debalde procuraram Jesus, arquejando pelos rudes trilhos, até às fragas, onde se ergue a cidadela sinistra de Macaur... No Poço de Iacube, repousava uma larga caravana, que conduzia para o Egito mirra, especiarias e bálsamos de Gileade: e os cameleiros, tirando a água com os baldes de couro, contaram aos servos de Obede que em Gádares, pela lua nova, um Rabi maravilhoso, maior que Davi ou Isaías, arrancara sete demônios do peito de uma tecedeira, e que, à sua voz, um homem degolado pelo salteador Barrabás, se erguera da sua sepultura e recolhera ao seu horto. Os servos, esperançados, subiram logo açodadamente pelo caminho dos peregrinos até Gádares, cidade de altas torres, e ainda mais longe até às nascentes de Amalha... Mas Jesus, nessa madrugada, seguido por um povo que cantava e sacudia ramos de mimosa, embarcara no Lago, num batel de pesca, e à vela navegara para Magdala. E os servos de Obede, descoroçoados, de novo passaram o Jordão na Ponte das Filhas de Jacó.

Um dia, já com as sandálias rotas dos longos caminhos, pisando já as terras da Judéia romana, cruzaram um fariseu sombrio, que recolhia a Efraim, montado na sua mula. Com devota reverência, detiveram o homem da Lei, Encontrara ele, por acaso, esse Profeta novo da Galiléia que, como um deus passeando na terra, semeava os milagres? A adunca face do fariseu escureceu enrugada ­ e a sua cólera retumbou como um tambor orgulhoso:

- Oh! Escravos pagãos! Oh! Blasfemos! Onde ouvistes que existissem profetas ou milagres fora de Jerusalém? Só Jeová tem força no seu Templo. De Galiléia, surdem os néscios e os impostores...

E como os servos recuavam ante o seu punho erguido, todo enrodilhado de dísticos sagrados - o furioso Doutor saltou da mula, e, com as pedras da estrada, apedrejou os servos de Obede, uivando: Raca! Raca! E todos os anátemas rituais. Os servos fugiram para Enganim. E grande foi a desconsolação de Obede, porque os seus gados morriam, as suas vinham secavam - e, todavia, radiantemente, como uma alvorada por detrás das serras, crescia, consoladora e cheia de promessas divinas, a fama de Jesus da Galiléia.

Por esse tempo, um centurião romano, Públio Séptimo, comandava o forte que domina o vale de Cesaréia, até à cidade e ao mar. Públio, homem áspero, veterano da campanha de Tibério, contra os partas, enriquecera durante e revolta de Samaria com presas e saques; possuía minas da Ática, e gozava, como favor supremo dos deuses, a amizade de Flaco, legado imperial da Síria. Mas uma dor ria sua prosperidade muito poderosa, como um verme rói um fruto muito suculento. Sua filha única, para ele mais amada que vida e bens, definhava com um mal sutil e lento, estranho mesmo ao saber dos esculápios e mágicos que ele mandara consultar a Sídon e a Tiro. Branca e triste como a lua num cemitério, sem um queixume, sorrindo palidamente a seu pai, definhava, sentada na alta esplanada do forte, sob um velário, alongando saudosamente os negros olhos tristes pelo azul do mar de Tiro, por onde ela navegara da Itália, numa opulenta galera. Ao seu lado, por vezes, um legionário, entre as ameias, apontava vagarosamente ao alto a flecha no céu rutilante. A filha de Séptimo seguia um momento a ave, torneando, até bater morta sobre as rochas: - depois, com um suspiro, mais triste e mais pálida, recomeçava a olhar para o mar.

Então, Séptimo, ouvindo contar, a mercadores de Corazim, deste Rabi admirável, tão potente sobre os Espíritos, que sarava os males tenebrosos da alma, destacou três decúrias de soldados para que o procurassem pela Galiléia, e por todas as cidades da Decápolis, até à costa, e até Áscalon. Os soldados enfiaram os escudos nos sacos de lona, espetaram nos elmos ramos de oliveira- e as suas sandálias ferradas apressadamente se afastaram, ressoando sobre as lajes de basalto da estrada romana, que desde Cesária até ao largo corta toda a tetrarquia de Herodes. As suas armas, de noite, brilhavam no topo das colinas, por entre a chama ondeante dos archotes erguidos.

De dia, invadiam os casais, rebuscavam a espessura dos pomares, esfuracavam com a ponta das lanças a palha das medas; e as mulheres, assustadas, para os amansar, logo acudiam com bolos de mel, figos novos, e malgas cheias de vinho, que eles bebiam de um trago, sentados à sombra dos sicômoros. Assim correram a Baixa Galiléia - e, do Rabi, só encontraram o sulco luminoso nos corações. Enfastiados com as inúmeras marchas, desconfiando que os judeus sonegassem o seu feiticeiro para que os romanos não aproveitassem do superior feitiço, derramavam com tumulto a sua cólera, através da piedosa terra submissa. À entrada das pontes detinham os peregrinos, gritando o nome do Rabi, rasgando os véus às virgens; e, à hora em que os cântaros se enchem nas cisternas, invadiam as ruas estreitas dos burgos, penetravam nas sinagogas, e batiam sacrilegamente, com os punhos das espadas nas Thebahs, os Santos Armários de cedro que continham os Livros Sagrados.

Nas cercanias de Hébron, arrastaram os Solitários pelas barbas para fora das grutas, para lhes arrancar o nome do deserto ou do palmar em que se ocultava o Rabi: - e dois mercadores fenícios, que vinham de Jopé com uma carga de malobatro, e a quem nunca chegara o nome de Jesus, pagaram por esse delito cem dracmas a cada decurião. Já a gente dos campos, mesmo os bravios pastores da Iduméia, que levam as reses brancas para o Templo, fugiam espavoridos para as serranias, apenas luziam, nalguma volta do caminho, as armas do bando violento. E da beira dos eirados, as velhas sacusiam como taleigos a ponta dos cabelos desgrenhados, e arrojavam sobre eles as Más Sortes, invocando a vingança de Elias.

Assim tumultuosamente erraram até Áscalon; não encontraram Jesus; e retrocederam ao longo da costa, enterrando as sandálias nas areias ardentes. Uma madrugada, perto de Cesaréia, marchando num vale, avistaram sobre um outeiro um verde-negro bosque de loureiros, onde alvejava, recolhidamente, o fino e claro pórtico de um templo. Um velho, de compridas barbas brancas, coroado de folhas de louro, vestido com uma túnica cor de açafrão, segurando uma curta lira de três cordas, esperava gravemente, sobre os degraus de mármore, a aparição do Sol. Debaixo, agitando um ramo de oliveira, os soldados bradaram pelo Sacerdote. Conhecia ele um novo Profeta que surgira na Galiléia, e tão destro em milagres que ressuscitava os mortos e mudava a água em vinho? Serenamente, alargando os braços, o sereno velho exclamou por sobre a rociada verdura do vale:

- Oh! Romanos, pois acreditais que em Galiléia ou Judéia apareçam profetas consumando milagres? Como pode um bárbaro alterar a Ordem instituída pro Zeus?... Mágicos e feiticeiros são vendilhões, que murmuram palavras ocas, para arrebatarem a espórtula dos simples... Sem a permissão dos imortais, nem um galho seco pode tombar da árvore, nem seca folha pode ser sacudida na árvore. Não há profetas, não há milagres... Só Apolo Délfico conhece o segredo das coisas!

Então, devagar, com a cabeça derrubada, como numa tarde de derrota, os soldados recolheram à fortaleza de Cesaréia. E grande foi o desespero de Séptimo, porque sua filha morria, sem um queixume, olhando o mar de Tiro - e todavia a fama de Jesus, curador dos lânguidos mares, crescia, sempre mais consoladora e fresca, como a aragem da tarde que sopra do Hermo, e, através dos hortos, reanima e levanta as açucenas pendidas.

Ora, entre Enganim e Cesaréia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mulheres de Israel. O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farrapos da enxerga apodrecida., onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Também a ela a doença a engenhara dentro dos trapos nunca mudados, mais escura e torcida que uma cepa arrancada. E, sobre ambos, espessamente a miséria cresceu como o bolor sobre os cacos perdidos num ermo. Até na lâmpada de barro vermelho, secara há muito o azeite. Dentro da arca pintada, não restava grão ou côdea. No estio, sem pasto, a cabra morrera. Depois, no quinteiro, secara a figueira. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. E só ervas apanhadas nas fendas das rochas, cozidas sem sal, nutriam aquelas criaturas de Deus na Terra Escolhida, onde até às aves maléficas sobrava o sustento!

Um dia, um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse Rabi que aparecera na Galiléia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todos os prantos, e prometia aos pobres um grande e luminoso Reino, de abundância maior que a corte de Salomão. A mulher escutava, com olhos famintos. E esse doce Rabi , esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah! Esse doce Rabi, quantos o desejavam, que se desesperançavam! A sua fama andava por sobre toda a Judéia, como o Sol que até por qualquer velho muro se estende e se goza; mas para enxergar a claridade do seu rosto, só aqueles ditosos que o seu desejo escolhia. Obede, tão rico, mandara os seus servos por toda a Galiléia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim: Séptimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando, a Cesaréia. Errando, esmolando por tantas estradas, ele topara os servos de Obede, depois os legionários de Séptimo. E todos voltavam, como derrotados, com as sandálias rotas, sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus.

A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto, mas vergada, mais abandonada. E, então, o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu a mãe que lhe trouxesse esse Rabi, que amava as criancinhas ainda as mais pobres, sarava os males ainda mais antigos. A mãe apertou a cabeça esguedelhada:

- Oh, filho! E como queres que eu te deixe, e me aos caminhos, à procura do Rabi da Galiléia? Obede é rico e tem servos, e debalde buscaram Jesus, por areias e colinas, desde Corazim até ao país de Moabe. Séptimo é forte, e tem soldados, e debalde correram por Jesus, desde o Hébron até ao mar! Como queres que te deixe? Jesus anda por muito longe e a nossa dor mora conosco, dentro destas paredes, e dentro delas nos prende. E mesmo que o encontrasse, como convenceria eu o Rabi tão desejado, por quem ricos e fortes suspiram, a que descesse através das cidades até este ermo, para sarar um entrevadinho tão pobre, sobre enxerga tão rota?

A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou:

- Oh! Mãe! Jesus ama todos os pequeninos. E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar!

E a mãe, em soluços:

- Oh! Meu filho, como posso te deixar? Longas são as estradas da Galiléia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce Rabi. Oh! Filho! Talvez, Jesus morresse... Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O céu o trouxe, o céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes.

Dentre os negros trapos, erguendo as pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou:

- Mãe, eu queria ver Jesus...

E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança:

- Aqui estou...

Daqui a pouco

Saqui a pouco, a partir das 11 horas, no Km 43, na Pa-275, a Aicop promove uma reunião social com os filiados, profissionais de comunicação. A festa ficou para janeiro, mas a confraternização é hoje.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cliente ressabiado

Em conversa com um empresario da rua do Comércio, o blogger ouviu que por enquanto a movimentação no logradouro é só fogo de palha. O cliente, ressabiado como ele só, entra na loja pergunta, pergunta e depois vai embora.

Ele espera que de amanhã para depois começe a chover na horta.

Alternativas

Sobre a nomeação de Júnior Romão na prefeitura, o blogger conversou com uma importante voz do PT. Ele, assim como outras pessoas ligadas ao partido, também acha que indpendente das qualidades do Júnior (ele as tem) há uma inegável iniciativa da adiministração para trazer o segmento evangélico para a campanha de 2012.

Essa liderança inclusive aposta que a ideia não seria trazer alguém do Fenelon (talvez o próprio, ou o filho) para uma eventual vice, coisa que já aconteceu em 2004, mas vitaminar alguém do PSC, partido que tem suas raízes na igreja Assembleia de Deus para candidato a prefeito e asism tirar votos da oposição.

O projeto é vitaminar outras candidaturas, como Vassourtinha, Adelson etc, etc, etc. Faz sentido,

Charge

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Movimentações que possibilitaram a ida de Júnior para Ascom

Desde segunda-feira, Francisco Romão Batista Júnior é o novo assessor de Comunicação da prefeitura. Júnior Romão substituiu Paulo Uchoa, que se despede do cargo sem dizer a que veio.

Desde a semana passada que os rumores de uma eventual troca de comando na Ascom frequentavam as rodas políticas. Mesmo sem ninguém confirmar, a vinda de Júnior para o governo faz parte de uma estratégia de trazer o PSC, o segmento evangélico da Assembleia de Deus-Missão para a campanha eleitoral de 2012.
Alguns meses atrás a administração do prefeito Darci Lermen já havia cedido o canal da prefeitura para que a Assembleia de Deus implantasse no município a TV Missão, que reproduz a programação da Assembleia de Deus.

Esse tipo de agrado, somado a alguns benefícios na obra da igreja no bairro Altamira revela o interesse da prefeitura em fazer uma política de boa vizinhança com o segmento, que durante muito tempo, mais exatamente, desde o início do primeiro mandato de Darci Lermen estava afastado do círculo do poder.

Júnior assume a Ascom num momento em que a administração de Darci Lermen vive uma dos períodos de maior desgaste. A baixa avaliação popular costuma pressionar a Ascom. Júnior terá a missão de reatar os boas relações do Poder Público com a imprensa, que está insatisfeita, com o tratamento a ela dispensado pelos seus antecessores.

Júnior Romão foi secretário de Finanças do governo Chico das Cortinas e era pastor da igreja sede da Assembleia de Deus.

Surpresa

Ontem , a sessão legislativa que seria realizadas às 16 horas foi antecipada para as 09 horas, o que acabou pegando muitos frequentadores de surpresa.

Muita gente apareceu no horário habitual e recebeu a informação de que a sessão havia sido realizada pela manhã.

Opinão - Comemorando o que, cara pálida?

Marcel Nogueira

Não foi surpresa para ninguém a vitória do NÃO, aliás, mesmo sem argumentos plausíveis que pudessem impressionar o mais simplório dos inteligentes, a campanha, que utilizou argumentos paupérrimos, explorando apenas o sentimento de perda dos paraenses da zona metropolitana conseguiu o que queria, ou seja, não perder votos na capital e espalhar o medo e a confusão na cabeça do eleitor de pouca instrução das bandas do nordeste paraense.

Deve-se dizer que a luta desde o início já se sabia inglória. O veredito do Superior Tribunal Eleitoral e depois do Supremo, dando o entendimento final que a parte interessada na emancipação era todo estado, reduziu a zero os sonhos dos separatistas de hoje e dos de amanhã. Ora, se a parte contrária deveria ser ouvida, seria correto supor que todo o país deveria ser consultado, afinal, a nação inteira seria parte interessada, já que os recursos para bancar os dois novos estados seriam oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), ou seja, o projeto de emancipação afetaria todos os estados.

No final do domingo, milhares de pessoas, enroladas nas bandeiras do NÃO invadiram a Doca de Souza Franco, em Belém. Carreatas cortaram a capital numa comemoração sem hora para terminar, afinal, tinha visto fazer água a pretensão de “uma meia dúzia “ de aventureiros, que tiveram a infeliz ideia de tentar retalhar o Pará.

No auge da alegria quase alucinada nem perceberam que não tinham o que comemorar, ao contrário, assinaram um recibo de desinteligência e fizeram o jogo dos estados sul e sudeste, que se pelam de medo de vê a vantagem politica – que eles chamam de equilíbrio político – pender para outra lado, que não seja o deles.

Na verdade, chegou a ser patético a comemoração, afinal, o que comemoravam? Os índices lastimáveis de qualidade de vida, ganhando apenas de Alagoas? A falta de recursos para pagar o piso estabelecido por lei para os professores, que é R$ 1.187,00? As pessoas que morrem na porta do pronto socorro da 14 de março? Ou por saberem que nada vai mudar, que não haverá “Parazinho zitito”?

Estavam tão envolvidos no fervor cívico de defender a integridade que não perceberam que ser grande não é ter dimensões continentais, ao contrário, Rio de Janeiro é o segundo estado da Federação e tem um território dezenas de vezes menor que o Parazão; estavam tão encharcados de uma euforia sem sentido que não perceberam que a desgraça do Pará é exatamente essa: nada vai mudar. Continuará faltando dinheiro para o saneamento básico de Belém e os índices de violências continuarão subindo.

Seria incompetência dos últimos governadores? Claro que não. Por mais incompetente que eles fossem não haveria mágica capaz de fazer jorrar dinheiro por entre as barcaças do Ver-o-peso. O que falta ao Pará é dinheiro e aí entra o pecado maior da campanha. A mentira dos que defendiam o NÃO, afirmando que o Pará arcaria com a conta da divisão. Mas, assim como há histeria coletiva, há também os pecados coletivos. A maioria da população agradeceu aos céus que alguns idiotas, ávidos em ser candidatos a prefeito de Belém dissessem as invencionices que eles queriam ouvir, porque assim eles dormiriam tranquilos, sem crise de consciência por darem um tiro no pé. No futuro, quando a vaca caminhar literalmente para o brejo e a água chegar à cintura poderão culpar as lideranças “mentirosas e safadas”. Nada mais cômodo.

A mentira era tão desprovida de fundamentos que o metropolitano só não viu porque não quis. Era tão obvio que os recursos dos novos estados, assim como os do Pará remanescente eram do Fundo de Participação dos Estados (FPE) que chegou a ulular. Ora, se o FPE, que advém do Imposto de Renda é dividido para 27 estados da Federação a conta seria refeita para 29 e nada mais.

O problema é que o Metropolitano de uma hora para outra descobriu que o “colosso do Norte”, que a cada dia perde em importância para o Amazônas, era bem mais do que Belém e Ananindeua, ou quando muito os balneários e Castanhal. Se perguntar a esses o que é Banach iriam julgar ser nome de remédio ou uma empresa multinacional que explora minério em algum lugar do Parazão. Pois bem, ainda que tenha nome esquisito, Banach é um município, assim como o é Santa Maria das Barreiras, Uruará etc, etc.

Muito já se falou sobre a oportunidade perdida, mas ele não foi perdida apenas para os de Carajás ou Tapajós. também foi perdida para o Pará e o tempo há de revelar isso.

O Pará deixaria de arrecadar do FPE os habituais R$ 2,9 bi para arrecadar R$ 2,6 bi, uma perda de R$ 300 milhões, mas deixaria de gastar com as duas regiões algo em torno de R$ 1,5 bi por ano. Como se vê, a questão é aritimética, é o dinheiro que está faltando para educação, saúde, segurança e manutenção das estradas.

Por conta de interesses mesquinhos daqueles que condenaram o Pará ao atraso, as três regiões continuarão morrendo abraçadas, unidas por um ato jurídico e separadas por um abismo de identidade, de estilo de vida e até de cultura.

Ainda que o plebiscito tenha dito o contrário, é mais do que certo que Carajás e Tapajós estarão espiritualmente separados do Pará, agora bem mais do que antes e as próximas eleições vão confirmar isso. Aliás, a bem da verdade, as urnas do referendo também disseram isso e basta ver a média de 95% dos votos válidos a favor da divisão. A maioria esmagadora querendo a divisão fez ruir a teoria que era uma ‘‘meia dúzia de aventureiros’’ que queriam o desmembramento.
A propósito, não se sabe de ninguém do Goiás remanescente que tenha classificado o estado de “Goiazinho”, por ocasião do desmembramento com o Tocantins. Talvez por isso, por ter uma visão bem mais avançada, o Goiás, que era o 17º estado da Federação na época do desmembramento é hoje o nono estado da Federação, milhas e milhas adiante do Pará. O tocantins, tido como uma terra miserável também está bem a frente do Pará e apresenta índices aceitáveis de desenvolvimento humano.

O Pará precisa urgentemente saber o que quer da vida e parar de querer usurpar uma riqueza que não é sua. Não se deve esquecer que o subsolo é da União. Trocando em miúdos, Carajás, as minas de Porto Trombetas são da União. Taxar exploração do minério é jogar pra galera. Se fosse possível Minas Gerais não teriam feito isso antes? Tentaram, mas perderam na Justiça.

O resultado do plebiscito que trouxe a histeria coletiva, também vai apresentar a conta, que será salgada. Afinal, se querem o imenso território para chamar de seu, supõe-se que tenham condições de cuidar. É isso que Carajás e Tapajós vão exigir. Nada mais do que isso.

Opinão - Comemorando o que, cara pálida?

Marcel Nogueira

Não foi surpresa para ninguém a vitória do NÃO, aliás, mesmo sem argumentos plausíveis que pudessem impressionar o mais simplório dos inteligentes, a campanha, que utilizou argumentos paupérrimos, explorando apenas o sentimento de perda dos paraenses da zona metropolitana conseguiu o que queria, ou seja, não perder votos na capital e espalhar o medo e a confusão na cabeça do eleitor de pouca instrução das bandas do nordeste paraense.

Deve-se dizer que a luta desde o início já se sabia inglória. O veredito do Superior Tribunal Eleitoral e depois do Supremo, dando o entendimento final que a parte interessada na emancipação era todo estado, reduziu a zero os sonhos dos separatistas de hoje e dos de amanhã. Ora, se a parte contrária deveria ser ouvida, seria correto supor que todo o país deveria ser consultado, afinal, a nação inteira seria parte interessada, já que os recursos para bancar os dois novos estados seriam oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), ou seja, o projeto de emancipação afetaria todos os estados.

No final do domingo, milhares de pessoas, enroladas nas bandeiras do NÃO invadiram a Doca de Souza Franco, em Belém. Carreatas cortaram a capital numa comemoração sem hora para terminar, afinal, tinha visto fazer água a pretensão de “uma meia dúzia “ de aventureiros, que tiveram a infeliz ideia de tentar retalhar o Pará.

No auge da alegria quase alucinada nem perceberam que não tinham o que comemorar, ao contrário, assinaram um recibo de desinteligência e fizeram o jogo dos estados sul e sudeste, que se pelam de medo de vê a vantagem politica – que eles chamam de equilíbrio político – pender para outra lado, que não seja o deles.

Na verdade, chegou a ser patético a comemoração, afinal, o que comemoravam? Os índices lastimáveis de qualidade de vida, ganhando apenas de Alagoas? A falta de recursos para pagar o piso estabelecido por lei para os professores, que é R$ 1.187,00? As pessoas que morrem na porta do pronto socorro da 14 de março? Ou por saberem que nada vai mudar, que não haverá “Parazinho zitito”?

Estavam tão envolvidos no fervor cívico de defender a integridade que não perceberam que ser grande não é ter dimensões continentais, ao contrário, Rio de Janeiro é o segundo estado da Federação e tem um território dezenas de vezes menor que o Parazão; estavam tão encharcados de uma euforia sem sentido que não perceberam que a desgraça do Pará é exatamente essa: nada vai mudar. Continuará faltando dinheiro para o saneamento básico de Belém e os índices de violências continuarão subindo.

A d ec ad~encia verificada, seria incompetência dos últimos governadores? Claro que não. Por mais incompetente que eles fossem não haveria mágica capaz de fazer jorrar dinheiro por entre as barcaças do Ver-o-peso. O que falta ao Pará é dinheiro e aí entra o pecado maior da campanha. A mentira dos que defendiam o NÃO, afirmando que o Pará arcaria com a conta da divisão. Mas, assim como há histeria coletiva, há também os pecados coletivos. A maioria da população agradeceu aos céus que alguns idiotas, ávidos em ser candidatos a prefeito de Belém dissessem as invencionices que eles queriam ouvir, porque assim eles dormiriam tranquilos, sem crise de consciência por darem um tiro no pé. No futuro, quando a vaca caminhar literalmente para o brejo e a água chegr à cintura poderão culpar as lideranças “mentirosas e safadas”. nada mais cômodo.

A mentira era tão desprovida de fundamentos que o metropolitano só não viu porque não quis. Era tão obvio que os recursos dos novos estados, assim como os do Pará remanescente eram do Fundo de Participação dos Estados (FPE) que chegou a ulular. Ora, se o FPE, que advém do Imposto de Renda é dividido para 27 estados da Federação a conta seria refeita para 29 e nada mais.

O problema é que o Metropolitano de uma hora para outra descobriu que o “colosso do Norte”, que a cada dia perde em importância para o Amazônas, era bem mais do que Belém e Ananindeua, ou quando muito os balneários e Castanhal. Se perguntar a esses o que é Banach iriam julgar ser nome de remédio ou uma empresa multinacional que explora minério em algum lugar do Parazão. Pois bem, ainda que tenha nome esquisito, Banach é um município, assim como o é Santa Maria das Barreiras, Uruará. Possivelment enunca ouviram falar.

Muito já se falou sobre a oportunidade perdida, mas ele não foi perdida apenas para os de Carajás ou Tapajós. também foi perdida para o Pará e o tempo há de revelar isso.

O Pará deixaria de arrecadar do FPE os habituais R$ 2,9 bi para arrecadar R$ 2,6 bi, uma perda de R$ 300 milhões, mas deixaria de gastar com as duas regiões algo em torno de R$ 1,5 bi por ano. Como se vê, a questão é aritimética, é o dinheiro que está faltando para educação, saúde, segurança e manutenção das estradas.

Por conta de interesses mesquinhos daqueles que condenaram o Pará ao atraso, as três regiões continuarão morrendo abraçadas, unidas por um ato jurídico e separadas por um abismo de identidade, de estilo de vida e até de cultura.

Ainda que o plebiscito tenha dito o contrário, é mais do que certo que Carajás e Tapajós estarão espiritualmente separados do Pará, agora bem mais do que antes e as próximas eleições vão confirmar isso. Aliás, a bem da verdade, as urnas do referendo também disseram isso e basta ver a média de 95% dos votos válidos a favor da divisão. A maioria esmagadora querendo a divisão fez ruir a teoria que era uma ‘‘meia dúzia de aventureiros’’ que queriam o desmembramento.

A propósito, não se sabe de ninguém do Goiás remanescente que tenha classificado o estado de “Goiazinho”, por ocasião do desmembramento com o Tocantins. Talvez por isso, por ter uma visão bem mais avançada, o Goiás, que era o 17º estado da Federação na época do desmembramento é hoje o nono estado da Federação, milhas e milhas adiante do Pará. O tocantins, tido como uma terra miserável também está bem a frente do Pará e apresenta índices aceitáveis de desenvolvimento humano.

O Pará precisa urgentemente saber o que quer da vida e parar de querer usurpar uma riqueza que não é sua. Não se deve esquecer que o subsolo é da União. Trocando em miúdos, Carajás, as minas de Porto Trombetas são da União. Taxar exploração do minério é jogar pra galera. Se fosse possível Minas Gerais não teriam feito isso antes? Tentaram, mas perderam na Justiça.
O resultado do plebiscito que trouxe a histeria coletiva, também vai apresentar a conta, que por sinal será salgada. Afinal, se querem o imenso território para chamar de seu, supõe-se que tenham condições de cuidar. É isso que Carajás e Tapajós vão exigir. Nada mais do que isso.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Recesso

Em razão das festas de fim de ano e o recesso da equipe de trabalho, o jornal HOJE informa a seus assinantes e eleitores em geral que os trabalhos estarão suspensos até o dia 06 de janeiro, quando retorna a periodicidade normal.

A atuação de Faisal


O vereador Faisal mostra claramente como um vereador precisa agir. Além de interagir com o segmento estudantil, sendo um dos principais porta-vozes dos interesses dos estudantes, ele apresentou uma emnda de R$ 30 milhões no orçamento, o que ac abou gerando tumultos na Câmara, com os estudantes atirando ovos nos vereadores. Na sessão seguinte o vereador apresentou outra emenda ao orçamento, dessa vez de R$ 12 milhões para o ensino superior.

Para Faisal a luta por um ensino superior de qualidade no município é de todos e é importante que nenhum recurso seja vetado para educação. “O legislativo cumpre com seu dever. Cabe agora que todas as partes também firmem acordo”. A sessão extraordinária para votar a Lei Orçamentária e emendas, ocorreu na sexta (16) e na sessão de terça (20) o orçamento deve ser votado em segunda discussão.

Evento adiado

A confraternização da impresna anunciada para hoje (20) por uma questão de logistica foi adiado para fins de janeiro.

Segundo fontes da Aicop, nesse período muitos profissionais de comunicação, que hoje estão viajando participariam do evento.

Parecido?


Comenta-se à boca pequena que o governo Darci está cada vez mais parecido com a administração do Chico das Cortinas. Para não deixar dúvidas, Júnior Romão, que foi secretário do Chico acaba de assumir a pasta do comunicação do governo do governo Lermen.

A diferença vital é que Chico fez um bom governo, fez asfalto, distribuiu terrenos para a população carente e implantou o sistema de água. Como se vê, a comparação é pura maldade de quem não tem o que fazer.

Resenha política

O PT anda de olho na atuação dos quatro vereadores do partido. É que de uns tempos para cá, os parlamentares ouvem a recomendação do diretório, fingem que vão obedecer e na hora H fazem o contrário do recomendado. ### Além da nota de repúdio pela desobediência verificada no caso da votação da Mesa Diretora da Câmara, o partido pensa até em expulsar os ditos. Será que alguém acredita nessa possibilidade? ### Ao que parece os vereadores aprenderam com o prefeito Darci Lermen, também do PT. É do conhecimento de todo mundo que o prefeito “anda” para as recomendações do partido e não se dá ao trabalho nem de pagar as contribuições partidárias. ### Como até o momento ninguém falou em expulsão, é correto imaginar que nada vai acontecer com os vereadores. ### Com a eleição da nova Mesa Diretoria da Câmara, o vereador Wolner Wagner volta a vice-presidência do Legislativo. ### O vereador Odilon Rocha será primeiro-secretário e deve continuar na liderança do governo, atento feito um cão de guarda, cuidando dos interesses do governo e reagindo aos eventuais ataques da oposição contra o governo. ### Aliás, por falar em oposição, ela está cada vez calada, talvez cansada de tantas batalhas. Lutar contra prefeitura que tem o cofre abarrotado não é fácil. Todo mundo quer um envog. ### Ao seu estilo Faisal Salmen mostra o que é desempenhar a função de vereador. Tem que propor, tem que construir um debate inteligente e esquecer um pouco essa coisa de quebra-mola. O exemplo mais acabado é a luta pela Unifesspa e pela vinda da UFPA para Parauapebas. ### Faisal tentou emplacar R$ 30 milhões de emenda no orçamento do município de 2012 para o ensino superior. ### Não deu, diante da ameaça de ter a emenda rejeitada houve negociação e o vereador conseguiu aprovar R$ 12 milhões. ### Melhor R$ 12 milhões do que nada, agora tem que fiscalizar, se não o dinheiro desaparece e no final, nem dinheiro nem universidade. ### Deve-se dizer que esses avanços só foram possíveis pelo apoio dos outros vereadores da oposição. Massud Francis e Adelson tiveram importância fundamental. ### Entretanto, a atuação mais destacada foi mesmo dos estudantes que foram para a guerra e conseguiram paralizar uma sessão e dar um sinal claro aos vereadores que a paciência tinha acabado. ### Queridos leitores, a coluna teve muito prazer em compartilhar um ano com vocês. Vamos para um merecido descanso e voltaremos em 2012, mais exatamente a partir do dia 06 de Janeiro atentos e botando lenha na fogueira.

O sobrevivente de Carajás

Na semana passada encontrei quase que por acaso Jorginho Magalhães, Ainda que o tempo tivesse lhe dado uma boa machucada e colorido à cabeleira de branco, o camarada continua o mesmo: sorriso franco, um tanto discreto e uma simplicidade admirável.

Jorginho é um sobrevivente de Carajás. O conheci em 1982 e de lá pra cá já se vão quase 30 anos. Naqueles tempos iniciais, Parauapebas não passava de um amontoado de casebres à beira da Pa-275, uma espécie de entreposto da Transbrasiliana. Apesar da vida bucólica no sopé da serra, em Carajás já havia atividades culturais. Ficaram famosos os festivais de música, assim como algumas encenações de peças teatrais no Cine Carajás.

Jorginho entra aí. Nos primeiros ensaios dos candidatos com a banda, Jorginho chega como quem não quer nada. O violão que ele trazia orgulhosamente na capa era quase do seu tamanho. Naquele ambiente de bastidores de festival, de ensaios e conversas por detrás do palco, o baixinho vai se enturmando, mas só é reparado mesmo quando emite os primeiros acordes.

Depois de passar sua canção, nós, que respirávamos música já sabia que ali estava um forte candidato a levar o festival.

Na primeira eliminatória, a música do Jorginho “Acorda” ficou entre as classificadas, assim como uma canção de minha autoria e um samba-canção de Sidney, um músico de Brasília, que trabalhava em Carajás. Depois vieram “Feijão na Lenha”, de Carlinhos, uma música de Nazaré Feio, e uma música Trash, que de bom só tinha a proposta de falar do potencial de Carajás.

Na finalíssima o camarada berrava no palco: “Carajáaaas, é uma mina de ferro, Carajáaaas, vai melhorar o Brasil. No anúncio do resultado, o cinema veio a abaixo com a vitória de Carajás. Era um misto de vaias e aplausos. Os que gostavam da boa música torciam o nariz e se perguntavam como uma ‘‘trepeça’’ daquelas ganhara. Já os amigos e peões que se identificavam com o autor de Carajás tinham a alma lavada e enxaguada. Era verdade: a Música Carajás levara o festival, a despeito do Jorginho, do Sidney, do Carlinhos e até da minha canção, que também estava cotada.

Na gravação do bolachão, um disco de vinil com as melhores músicas do festival de 82, fomos todos para Belém (inclusive o autor da já famosa Carajás). No hotel, por falta do que fazer, promovíamos happy hour de fim de tarde. Era uma farra federal, repertórios eram mostrados sem constrangimento. Jorginho se despia da timidez e cantava composições de sua autoria.

Hoje o cidadão é evangélico, mora na Palmares, mas continua sendo um músico de mão cheia. Toca teclados, violão, baixo e canta maravilhosamente bem. Comportado, não participa mais da vida boemia, mas a nossa amizade dá saudade no verão.

A sua música agreste, tipicamente nordestina, sem, no entanto, cair na tentação dos ritmos marcados pela sanfona e zabumba faz falta, mas, devo frisar que até pouco tempo não tinha a menor ideia das suas andanças. Hoje constato que ele está mais perto que eu supunha, ainda que mais longe do que eu gostaria.


(artigo publicado no jornal HOJE - Coluna do Marcel)

HOJE - 483


O jornal HOJE está nas bancas e nas r esidêrncias dos assinantes. A edição de Natal, com 20 páginas está imperdível. Adquira o seu.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jader no Senado. Como ficará o PMDB do Peba?

Com a volta de Jáder ao Senado, substituindo Marinor Brito, que sofreu derrota no Supremo, como ficará o PMDB de Parauapebas? Cada vez mais Bel, ou Odilon continuará fazendo das suas?

Extraordinária

Se não houver revertério, amanhã deve acontrecer uma sessão extraordinária na Cãmara. A pauta é a que todo mundo já sabe (inclusive os estudantes). A discussão e votação do orçamento de 2012.

Se tudo correr conforme o script, amanhã o orçamento vai para plenário em primeira discussão e na terça-feira acontece a segunda discussão.

Assumiu

Conforme o blog anunciou, ontem 14, Francisco Romão Batista Júnior assumiu a Assessoria de Comunicação da prefeitura de Parauapebas, substituindo o demissionário Paulo Uchoa.

Hoje, Júnior Romão já fez as honras da casa e teve um papo descontraído com a imprensa local.

Comentário legal de Vanessa

Postagem "Todo mundo chiando".

Abaixo, comentário muita bacana de Vanessa Costa.

"O linguajá é Paraense,o problema é que vcs caem de pára-quedas aqui e querm impor a lingua de vcs, porém tenho certeza que se vcs voltarem pro lugar de onde vieram,os ssssssssssss de vcssss essstarão lá".
Abraçoxxx.Vanessa Costa

Nota - De uma hora para outra o paraense descobriu que o Pará é grande grande e forte, como se tamnaho fosse documento, mas até bem pouco tempo, o Pará era Belém e Ananindeus, quando muito Castanhal. O belenense que agora tem espasmos de alegria não sabia o que era Banach. Achavam que ra nome de remédio ou uma empresa estrangeira.

Até segunda ordem isso aqui é Carajás e todo mundo gosta de trabalhar, por isso há desenvolvimento AQUI.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Chuva de ovos na sessão desta terça-feira

Tumulto e manifestação na sessão legislativa de hoje (13)
Faixa aberta no auditório
Ovos espalhados pelo chão da Câmara

Soldados da PM para o retorno da normalidade


A manifestação dos estudantes, realizada na Câmara dos vereadores não só interrompeu a sessão por cerca de duas horas, como também brindou os vereadores com uma chuva de ovos. Depois da sessão, o local mais parecia uma praça de guerra, com cascas de ovos espalhadas pelo chão e muita sujeira no auditório.

O Legislativo, que já foi palco de inúmeras manifestações, algumas inusitadas, como há cerca de 40 dias, quando o morador do Rio Verde José de Ribamar Feitosa tocou fogo em pneus em plena rua E, em frente à Câmara em protesto contra as constantes enchentes das ruas próximas ao Mercado Municipal, no Rio Verde, dessa vez apresentou uma movimentação popular que quase beirou a baderna.

Segundo informações colhidas pela reportagem, os estudantes tomaram conhecimento que a emenda ao orçamento de 2012, de autoria do vereador Faisal Salmen (PSDB) e assinada ainda pelos vereadores Antônio Massud (PTB), Adelson Fernandes (PDT) e Francis Resende (PMDB), que reservava R$ 30 milhões para a implantação do campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) seria rejeitada pelos vereadores da base do governo municipal que são maioria.

Por volta das 17 horas, dois ônibus lotados de estudantes chegaram na Cidade Nova. Munidos com bumbos e faixas, exigindo o campus da UFPA e da Unifesspa, os estudantes paralisaram os trabalhos legislativos. Quando alguns vereadores usaram a palavra para pedir calma, do auditório, uma chuva de ovos atingiu os parlamentares, que tiveram que se refugiar na sala de reuniões.

Em entrevista, o vereador Eusébio Rodrigues, presidente da Casa estranhou a manifestação. Segundo Rodrigues, o orçamento não seria votado hoje, “não sei de onde partiu essa informação, que nós iriamos vetar a emenda, na verdade, o orçamento ainda está nas comissões para receber parecer”, disse.

Em entrevista, o vereador Faisal Salmen, autor da emenda que destina recursos para a instalação do campus disse ser a favor da manifestação, “mas não se pode exagerar, ou depredar o patrimônio público, acho que tem que escandalizar, protestar, porque existem coisas que são sagradas, que não se negocia e para os estudantes, a universidade é sagrada”, disse.

Em contato com um líder estudantil, a reportagem ouviu que as manifestações vão continuar. Eles exigem a aprovação da emenda, “ficamos sabendo que os vereadores da base iriam rejeitar a emenda, se isso acontecer não deixaremos ter sessão até que seja aprovada a emenda”, ameaçou.