Faixa aberta no auditório
Ovos espalhados pelo chão da Câmara
Soldados da PM para o retorno da normalidade
A manifestação dos estudantes, realizada na Câmara dos vereadores não só interrompeu a sessão por cerca de duas horas, como também brindou os vereadores com uma chuva de ovos. Depois da sessão, o local mais parecia uma praça de guerra, com cascas de ovos espalhadas pelo chão e muita sujeira no auditório.
O Legislativo, que já foi palco de inúmeras manifestações, algumas inusitadas, como há cerca de 40 dias, quando o morador do Rio Verde José de Ribamar Feitosa tocou fogo em pneus em plena rua E, em frente à Câmara em protesto contra as constantes enchentes das ruas próximas ao Mercado Municipal, no Rio Verde, dessa vez apresentou uma movimentação popular que quase beirou a baderna.
Segundo informações colhidas pela reportagem, os estudantes tomaram conhecimento que a emenda ao orçamento de 2012, de autoria do vereador Faisal Salmen (PSDB) e assinada ainda pelos vereadores Antônio Massud (PTB), Adelson Fernandes (PDT) e Francis Resende (PMDB), que reservava R$ 30 milhões para a implantação do campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) seria rejeitada pelos vereadores da base do governo municipal que são maioria.
Por volta das 17 horas, dois ônibus lotados de estudantes chegaram na Cidade Nova. Munidos com bumbos e faixas, exigindo o campus da UFPA e da Unifesspa, os estudantes paralisaram os trabalhos legislativos. Quando alguns vereadores usaram a palavra para pedir calma, do auditório, uma chuva de ovos atingiu os parlamentares, que tiveram que se refugiar na sala de reuniões.
Em entrevista, o vereador Eusébio Rodrigues, presidente da Casa estranhou a manifestação. Segundo Rodrigues, o orçamento não seria votado hoje, “não sei de onde partiu essa informação, que nós iriamos vetar a emenda, na verdade, o orçamento ainda está nas comissões para receber parecer”, disse.
Em entrevista, o vereador Faisal Salmen, autor da emenda que destina recursos para a instalação do campus disse ser a favor da manifestação, “mas não se pode exagerar, ou depredar o patrimônio público, acho que tem que escandalizar, protestar, porque existem coisas que são sagradas, que não se negocia e para os estudantes, a universidade é sagrada”, disse.
Em contato com um líder estudantil, a reportagem ouviu que as manifestações vão continuar. Eles exigem a aprovação da emenda, “ficamos sabendo que os vereadores da base iriam rejeitar a emenda, se isso acontecer não deixaremos ter sessão até que seja aprovada a emenda”, ameaçou.
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