"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Postagem do Barata, comentário de Marcel Nogueira

Postagem do blog do Barata

[Image]O embuste condimentado com a mediocridade. Assim pode ser resumido o que de mais visível emergiu do discurso separatista, no debate promovido pela TV RBA na noite desta última quinta-feira, 1º de dezembro, reunindo lideranças das frentes contra e a favor da divisão do Pará, para a criação dos Estados do Tapajós e de Carajás. Do debate participaram o deputado federal Zenaldo Coutinho (foto) (PSDB) e o deputado estadual João Salame (PPS), contra e a favor da criação de Carajás, respectivamente. A eles se somaram o deputado estadual Celso Sabino (PR) e o deputado federal Lira Maia (DEM), respectivamente, contra e a favor da criação do Tapajós.

Dos debatedores destacou-se, positivamente, Zenaldo Coutinho, que revelou-se mais convincente, inclusive driblando, com sagacidade, seus vínculos com os sucessivos governos do PSDB no Pará, de 1995 a 2006, cujo mais visível legado, além de obras faraônicas, foram índices sociais pífios. Índices que a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, cuja gestão se estendeu de 2007 a 2010, repassou de volta a quem sucedera e pelo qual foi sucedida, o governador tucano Simão Jatene, o Simão Preguiça, eleito em 2010 para um segundo mandato, depois de ter governado o Pará de 2003 a 2006.

Zenaldo, é verdade, acabou favorecido pelo desempenho inocultavelmente medíocre de João Salame, pouco convincente na tentativa de apresentar-se como um político aguerrido e identificado com as causas populares, além dos estreitos limites de suas conveniências. Pretender ostentar esse tipo de perfil soou como o erro crasso do líder do PPS na Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, a despeito do seu colossal coeficiente de desfaçatez, capaz de fazê-lo trombetear austeridade, mesmo quando convive, silente, com a corrupção. Tal qual ocorreu, por exemplo, quando foi 1º vice-presidente da Alepa, na mesa diretora presidida pelo então deputado Domingos Juvenil (PMDB), protagonista de uma das mais corruptas administrações do Palácio Cabanagem, como evidenciam as investigações do Ministério Público Estadual.Salame acabou por tropeçar nas próprias pernas. Vociferou contra a Lei Kandir, que isenta de ICMS, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, os produtos e serviços destinados à exportação. A lei, que penaliza o Pará, foi criada em 1996, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de cuja base de sustentação parlamentar figurava o PPS do ilustre deputado. A emenda foi pior do que o soneto, quando o parlamentar jactou-se de se opor a Lei Kandir, como se Salame, na época, tivesse alguma relevância política. De resto, ele não explicou como um Estado que nasceria deficitário, como seria o caso de Carajás, conseguiria driblar a Lei Kandir, na contramão das conveniências do governo federal.


Nota do blogger - A postagem acima, confirma a tese de que têm pessoas que só vêem o que querem ver. Sobre a postagem, mandei um pequeno comentário, mas, sem a certeza que seria publicado resolvi transcrevê-lo no blog, assim como a postagem do blogueiro Augusto Barata.


"Meu querido blogueiro, eu acho que você viu outro filme, outro jogo de futebol, pois na verdade, o Zenaldo Coutinho não consegue convencer ninguém, aliás, nem ele e nem ninguém do Não, porque na verdade, não há argumentos plausíveis capazes de convencer quem tem um mínimo de senso crítico e não se deixa levar pela emoção. A camanha do Não se resume a explorar o pseudo sentimento de perda dos paraenses e espalhar inverdades, como a divisão vai sair das costas do "Parazinho", quando todo mundo sabe (pelo menos os inteligentes) que haverá uma nova redivisão do FPE - Fundo de Participação dos Estados.

A propósito, sobre o chamado Parazinho, não se tem notícia de que os goianos chamavam a parte remanecente que se separou do Tocantins de "Goiaizinho". Talvez por ter essa percepção mais avançada, Goiás é hoje o nono estado da federação em tudo (antes era o 17º), enquanto o Pará é o penultino estado da Federação em qualidade de vida, ganhando apenas de Alagoas.


Finalizando, não se mede grandeza de estado por território (Rio de Janeiro é imensamente menor do que o Pará e mesmo assim é o segundo estado mais importante da Federação política e economicamente), se mensura um estado, uma região por qualidade de vida, economia, educação, saúde, segurança ..."


Abraço,

Marcel Nogueira
Jornalista

Um comentário:

Anônimo disse...

Marcel, já era de de se esperar esta tomada de atitude por este tal de Barata. Nunca tinha acessado o blog deste senhor, mas quando acessei ontem, percebi que nele não há discussão democrática acerca do ato plebiscitário que se aproxima,a exemplo dos blogs que aqui existem. Daí ser esperado o que você confirmou.Foi uma ação desrespeitosa para com o sudeste paraense e, consequentemente, pela classe jornalística da cidade, já que, mesmo você se identificando como um profissional da imprensa, não teve a opinião respeitada. Acessei o blog deste Barata pela primeira vez e acredito que será a última, pois lá foi realmente comprovada a tese de que "as pessoas só veem o que querem ver", atitude essa tomada por parte - ou toda - da imprensa belenense que é contra a divisão do Estado do Pará. Espero que o final de domingo,11 de dezembro, traga a vitória do SIM!!!

Abçs.