"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ribeirão Preto ou o inferno

Conversando com o diretor de Ferrosos Norte da CVRD, José Carlos Gomes Soares, pude perceber o seu otimismo com o desenvolvimento da região, principalmente, a partir do Diagnóstico Integrado Socioeconômico do Sudeste do Pará, levado a cabo pela Diagonal Urbana Consultoria Ltda, empresa especializada em estudos sócio-econômicos. As notícias são realmente alvissareiras e José Carlos é um profundo conhecedor da região e atuou em vários projetos da Vale desde o processo inicial, que é o de pesquisas. Para quem não sabe, isso aqui é uma mina de ouro literalmente e metaforicamente. Ele chegou a dizer que a região (na qual pontifica Parauapebas, a segunda cidade em importância no sudeste do Pará) pode se tornar uma nova Ribeirão Preto ou um inferno, dependendo das ações tomadas agora.
Falando em Parauapebas, para melhorar é necessário planejar, desenvolver ações em infra-estrutura, saúde (uma vergonha, por enquanto) educação (cursos superiores e profissionalizantes são a pedida no momento), segurança. Agora para se tornar um inferno basta que a incompetência, a inoperância e a falta de compromisso continuem na ordem do dia, ou seja, que tudo continue como está.
Trocando em miúdos, planejar nunca foi o forte dessa turma que se assenhoreou do poder; saúde também não faz parte das prioridades de ninguém do governo; educação idem, já que em quase três anos apenas três cursos superiores foram viabilizados (contra 17 da administração anterior, que a bem da verdade, ainda deixou a desejar nesse aspecto) assim como nunca trabalharam numa política educacional verdadeira. Prova disso é que, a despeito da demanda apenas dois colégios foram construídos e nunca investiram para acabar com o turno intermediário. Está difícil.

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