Poderia começar falando que a carreata de sábado foi a maior concentração de veículos já vista na história de Parauapebas, mas aí seria chover no molhado, afinal, todo mundo viu, até mesmo aquele petista baderneiro, que ficou na rua Rio de Janeiro, provocando quem passava e acabou levando umas bordoadas.
Poderia dizer ainda que os quase três mil veículos que cobriram a cidade uma ponta a outra de branco, ostentando o trevo de trevo de quatro folhas foram pelo menos o triplo da carreata do PT, composta de funcionários públicos, empreiteiros e um monte de gente que mama feito bezerro faminto nas tetas da prefeitura. Ainda na noite de sábado, os eternos caras-de-pau tentava desdenhar da força da coligação da Bel. Não deveriam; favas contadas só no bizaco da vovó, respeito é bom e todo mundo gosta.
Agora falando sério, o que se viu na tarde-noite de sábado foi a afirmação (mais uma vez) de um fenômeno político e sociológico, que arrastou uma multidão de gente e veículos, numa fila interminável, que serpenteava pelas ruas do Liberdade, enquanto o final mal saía das Casas Populares.
Apesar da diferença acachapante em favor de Bel, o que chamou atenção não foram os veículos, afinal, carro não vota. O diferencial foi o que teria que ser: o povo. Enquanto na carreata de Darci eram apenas carros locados, com uma infinidade de bandeiras, tentando desesperadamente e em vão repetir a onde de 2004, a carreata da Bel apresentou o que realmente interessava: gente. Gente feliz, desperta e pronta para dar o troco na malta folgada que espalhara aos quatro ventos que a eleição estava definida antes da hora. No final da noite, nos principais points da cidade, se via a preocupação estampada na cara de cada petista. O cheiro que fica no ar é de uma preferência silenciosa, que não coloca bandeira no alto da casa (até para evitar o abraço dos longos tentáculos da administração pública, tida e havida como perseguidora) e que não dá bandeira (perdoe-me o trocadilho) nem nas pesquisas mandrakes.
A eleição ainda vai longe, mas a carreata colocou as coisas nos seus devidos lugares, mas duas coisas precisam ficar claras: se Darci tivesse sido um bom prefeito, não haveria ninguém em condições de lhe enfrentar e poderia haver, pela primeira vez na história de Parauapebas uma candidatura única. Por último, a campanha de Bel começa agora, justamente quando o barco petista começa a fazer água.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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