Depois de um ano turbulento na questão da viabilidade econômica, 2009 está indo embora. Se não há motivos para grandes comemorações, uma vez que foi, sem dúvida nenhuma, o ano mais difícil da história do HOJE, não há razões para transformarmos a nossa vida num muro das lamentações. Se fosse chamada a responder a velha gorda talvez dissesse: “entre mortos e feridos se salvaram todos e pronto”.
Há cinco anos no mercado, o jornal HOJE está prestes a colocar nas ruas a 400ª edição e isso é motivo para comemorar. Com uma linha editorial independente e porque não dizer, completamente de vanguarda, sem medo de errar, sem vergonha de ousar, no HOJE se costuma dizer que tudo é permitido, desde que seja ético, desde que seja republicano.
Alguns podem até não gostar, não concordar, mas no jornalismo de Parauapebas o HOJE foi e continua sendo um divisor de água. Apesar de não ser o primeiro e pelo andar da carruagem não ser o último, o HOJE, do qual me orgulho de ser diretor conseguiu caminhar por caminho nunca antes percorrido e inaugurou uma nova era no jornalismo de Parauapebas. A era do jornalismo independente e sem amarras.
Foi difícil chegar até aqui? Foi dificílimo e o ano de 2009 foi excepcionalmente trabalhoso. Ao lançar a última edição do ano e ao fazer uma rápida retrospectiva nos lembramos das medidas amargas que tivemos que tomar para sobreviver no mercado. Sem patrocínio da prefeitura, em razão da postura assumida, sem o principal cliente privado, a Vale que praticamente deixou de anunciar nos jornais do interior (essa edição é uma das poucas exceções), fomos obrigados a demitir bons funcionários que estavam há anos conosco, tivemos ainda que entregar a sede, que era locada, mas estava conosco a há quatro anos e por fim, mudamos a periodicidade do jornal, que passou a circular uma vez por semana.
Da crise emergiu um jornal mais enxuto, com matérias mais densas em informação. Por ser semanal o factual deixou de ser o ponto alto do jornal, dando lugar a matérias de análise, de comportamento e textos assinados. O que não mudou foi a linha editorial, que continua sendo bastante crítica. Essas ainda é a melhor forma de fazer jornal, menos lucrativa, é verdade, mas é a melhor forma.
Até nisso o HOJE faz escola. Ensina com continuar independente, mesmo que tenha que se reinventar todas as manhãs. Quem já fez isso em Parauapebas?
(artigo publicado no jornal H OJE, edição 396)
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
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