"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Reinvindicações do MST

Ontem, 17, trabalhadores rurais, ligados ao MST ocuparam e interditaram a ferrovia da CVRD. Depois de muita negociação, que acabou por liberar a ferrovia no dia seguinte, a imprensa tomou conhecimento das reinvindicações do MST. Dentre elas, destacam-se a eestatização da Vale do Rio Doce. segundo eles, a empresa tem um caráter estratégico para soberania e economia nacional; que o governo do Pará assumisse uma outra postura com relação a Companhia Vale do Rio Doce; que a companhia não forneçesse matéria prima a empresas guseiras que não tivessem responsabilidade ambiental; que a Vale trabalhasse mais a responsabilidade social com municípios da área de influência, promovendo programas de moradias populares, postos de saúde, hospital regional, implementação de programa de erradicação do analfabetismo, segurança social etc; reflorestamento e implantação do distrito agroflorestal de Carajás; ### resolução do problema de Serra Pelada, que há anos vem se arrastando, impedindo que a produção do garimpo recomece; que os governos federal e estadual construam a curto prazo a escola agrotécnica Federal, em Marabá e o campus avançado da UFPA e da UEPA, em Parauapebas; que os processos trabalhistas nos quais a CVRD fosse citada fossem julgados imediatamente, bem como a revisão dos salários praticados pela companhia; implantação de um pólo industrial na região de Carajás para verticalização da produção (que agreguasse valores industriais aos recursos naturais extraídos na região); que seja realizado amplo programa de reforma agrária na região. Assentamentos de forma imediata em todas as fazendas ocupadas pelos sem terra; repasse sistemático dos recursos acordados entre a CVRD e as comunidades indígenas impactadas pelo Projeto Carajás; que o governo federal, através da Eletronorte estabeleça tarifa social de energia para a região, assim como a ampliação do projeto do governo federal “Luz para todos”; que os governos federal, estadual e dos municípios redirecionem a atuação da Embrapa, de modo que ela atue no fortalecimento da produção das comunidades rurais e assentamentos da reforma agrária. Essa foi a pauta de reinvindicação do Movimento dos Sem Terra na ocupação da estrada de ferro da Companhia Vale do Rio Doce, na quarta-feira, 17.

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