Informações não oficiais dão conta que a OSCIP Bem Viver
que há pouco mais de seis meses chegou à Parauapebas para gerenciar as ações da
Saúde se mandou do município e o prejuízo pode chegar a R$ 60 milhões. Paralelo
a essas informações, os agentes de saúde há mais de uma semana reivindicam
melhores condições de trabalho, vale-transporte etc e os médicos ameaçam cruzar
os braços porque não receberam os salários do mês de setembro.
Esse é o retrato da Saúde que em 2013 tem um orçamento de
R$ 130 milhões, aproximadamente.
Por que uma secretaria que é uma das mais abastadas
acumula tantos problemas, quando a lógica seria está voando em céu de brigadeiro?
Deve-se dizer em primeiro lugar que a saúde municipal sempre viveu próximo do
caos. Com Evaldo Benevides, as coisas, que já não eram tranquilas degringolaram
ainda mais. A ascensão de Alex Ohana, que a princípio pareceu uma boa
alternativa, se revelou desastrosa. Ao invés de enfrentar os problemas, Ohana,
com Afonso Vidinha a tiracolo preferiu entregar a saúde do município a uma
Oscip de procedência duvidosa.
No afã de fechar o acordo a toque de caixa, Ohana e
Vidinha ignoraram a posição do Conselho Municipal de Saúde que não recomendou a
contratação da Oscip e o projeto foi parar na Câmara, onde sofreu forte
oposição. Vereadores da oposição bateram duro, a imprensa livre, o PT local,
baseado na posição nacional do partido recomendou aos quatro vereadores que
votassem contra, entretanto, o projeto passou com folga na Câmara de vereadores,
tendo como principal avalista o vereador e líder de governo, Odilon Rocha.
Mesmo tendo contra si números, vida pregressa da Oscip e o bom senso, Odilon
jogou pesado e saiu-se vencedor.
Hoje, depois dessa enxurrada de lambanças sabe-se
claramente que o vereador pode até ter ganhado a parada, mas quem perdeu foi à
sociedade.
A constatação é a seguinte: do mesmo jeito que chegou a
Oscip se mandou e não deu a mínima satisfação pra ninguém. A aprovação da
Câmara foi uma espécie de cheque em branco. Diante do prejuízo e do abandono da
saúde, há uma pergunta no ar: quem vai ser responsabilizado, os vereadores que
apoiaram a implantação dessa aberração; o secretário de Saúde, que bancou a
pataquada, ou o prefeito, que para o bem ou para o mal, é o responsável pelo
governo municipal (ainda que Darci Lermen tenha passado o maior tempo batendo
pernas)?
Por enquanto, ninguém se apresentou ao delegado.
Um comentário:
"Hoje, depois dessa enxurrada de lambanças sabe-se claramente que o vereador pode até ter ganhado a parada, mas quem perdeu foi à sociedade".
Sabe Marcel, me admira essa sua ingenuidade. Todo mundo sabe que todo vereador eleito, na verdade, é um Justo Veríssimo ( personagem do Chico Anysio )corrupto declarado. Aliás, chega a ser engraçado que político no Brasil não é chamado de ladrão, mas sim de corrupto(??). Não passa de um ladrão, com o aval da sociedade que se cala, depois de elegê-lo. Desde quando algum vereador de Parauapebas, em qualquer dos governos, se preocupou com a sociedade? Esta OSCIP, TODO MUNDO SABIA que era uma merda, afinal pertence ao Sarney. Insistiram nela. Reclamar o quê?
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