Uma nova missão
Na semana passada tirei boa parte do meu tempo para
explicar aos leitores mais pertinentes a razão do meu afastamento do jornal
HOJE, do qual fui diretor durante sete anos.
Primeiramente tive que dizer que o jornal estaria em
muito boas mãos, uma vez que Vinicios Nogueira não é nenhum neófito na função;
na sua trajetória ele reúne experiências em outros jornais locais como o
Carajás, o Correio do Pará, além do próprio HOJE, sem falar em seu trabalho
como free lancer nos jornais Diário do Pará e O Liberal, de modo que não haverá
nenhuma ruptura ou motivos para maiores preocupações, o leitor com certeza será
contemplado com um jornal bacana e fiel à realidade de Parauapebas.
Em segundo lugar começa agora uma nova fase na minha
vida, na qual conciliar a prática do jornalismo na sua plenitude com a nova
função seria quase impossível; faltaria isenção, artigo de luxo no jornalismo
como um todo, mas, sem essa tal isenção é impraticável emitir opiniões. Durante
anos cobri a política da cidade e por dever de ofício elogiei, critiquei,
enfim, fiz o que deveria fazer; deve-se dizer, entretanto, que do outro lado da
trincheira, era por assim dizer, pedra de atiradeira, hoje a gente passa a ser
vidraça e sujeito a crítica.
À frente da pasta do Esporte do novo governo teremos
oportunidade de contribuir com o município, dando condições para que esportes
de ponta continuem se sobressaindo no cenário esportivo paraense e nacional e
que outras modalidades também possam continuar crescendo e mostrando que
Parauapebas não é apenas a capital do minério de ferro; há muita vida
borbulhando em esportes como o futebol, vôlei, handebol, futsal, bicicross,
xadrez, karatê, judô e outros. Essa é a função da secretaria: dar essas
condições para que do esporte possam surgir grandes campeões, seja no esporte
ou na vida. Mesmo que não surjam talentos para brilhar em olimpíadas ou
competições internacionais, se a juventude conseguir alcançar novos horizontes,
evitar o caminho da marginalidade ou ser resgatada dela, creio que a secretaria
terá cumprido a sua missão. Sabemos que a política é algo muito transitório e o
que é hoje pode não ser amanhã, entretanto, essa é a atribuição desse
jornalista que está do outro lado agora.
Caso os governos tivessem investido mais na educação
e nos esportes, deixariam de investir na construção de presídios e na
implantação de centro de recuperação química ou de delinquência.
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