Iníco das chuvas destrói frágil estrutura de ruas da periferia

Bastaram alguns dias de chuva para que desmoronasse a pouca estrutura urbanística de alguns bairros da cidade.

O que se vê hoje em dia são localidades com o tráfego completamente impraticável, ruas cheias de buracos e lama, interditadas por moradores.

O programa anunciado pela prefeitura de que teria quase R$ 100 milhões de reais para dotar o chamado Complexo Altamira de asfalto e drenagem pluvial, bem como para o Complexo Caetanópolis se arrasta lentamente e as primeiras chuvas de um inverno, que se anuncia rigoroso surpreenderam, uma vez que chegaram com pelo menos um mês de antecedência. A equação que se tem é: serviços atrasados, mais chuvas antecipadas é igual a população em polvorosa e em alguns casos, ilhada.

Nos bairros Novo Horizonte e Betânia, onde os serviços se arrastam há quase dois meses, as vias públicas estão em estado caótico. Montanhas de barro, lama por todo lado e o tráfego de veículos paralisado.

Em outras localidades como o Liberdade II, a chuva fez muito um estrago e trechos problemáticos como as ruas Rogério Cardoso, Pedro Miranda, Macapá, Lima Sobrinho e Antônio Bandeiras voltaram a receber muita água e pequenos córregos passam pelo o que restou da pavimentação. Na Macapá e na Lima Sobrinho, uma vala de mais de dois metros de profundidade corta os logradouros. Além da água da chuva, esgoto e detritos contribuem para um ambiente altamente insalubre. Morador da Lima Sobrinho há cinco anos, Carlos Alberto Moreira, classificou de vergonhosa a situação. “Sabe quantos anos esse esgoto corre a céu aberto? Cinco anos e o prefeito não faz nada. Prometeram fazer esse ano, mas o inverno já chegou e nada. isso tudo é uma vergonha”, lamenta.

O rol do descaso não pára por aí. Nos bairros do chamado Complexo Caetanópolis, moradores se manifestam interditando as ruas, evitando assim que o tráfego de veículos piore o estado das ruas, que estão com péssimas condições. Esse expediente foi utilizado nas ruas São Francisco e na Rui Barbosa. Nesses logradouros, galhadas e troncos de madeira foram colocadas em vários pontos, o que ocasionou a interdição do tráfego.

Semob fala – No início do ano, o jornal HOJE fez uma reportagem abordando o estado de abandono da Liberdade II. Na época o secretário adjunto, Orlando Meneses afirmou que em maio, os serviços seriam iniciados. Como o inverno costuma ir até o início de junho, já se sabia que o prazo dado por Meneses não seria cumprido. Há cerca de 20 dias, o mesmo Meneses voltou a falar ao jornal e disse que as obras seriam levadas a cabo de imediato, mas, o inverno está sendo mais rápido do que as ações da prefeitura.