skip to main |
skip to sidebar
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".
(Rui Barbosa)
Coutinho passa o rodo e se cerca de muitos partidos
Poder de fogo é do candidato do PT, mas Valmir mantém a vantagem na preferência popular
Dia 30 de julho é a data-limite para as realizações das convenções que homologarão os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores.
Além dos dois candidatos que monopolizam as atenções, nos últimos dias outras candidaturas ganharam fôlego e já aparecem com destaque no cenário politico, dando uma nova roupagem ao processo eleitoral. É o caso de Adelson Fernandes (PDT), Chico das Cortinas (PRP), além da conhecida pré-candidatura de Rui Hidelbrando, o “Rui Vassoutinha” (PRB).
Como já era previsto, o Partido dos Trabalhadores (PT), que tem à sua mão máquina administrativa e financeira do município não ficou parado e aproveitou o período da pré-campanha para se cercar de aliados. O que no início parecia apenas uma dobradinha do PT e PP se expandiu pouco a pouco e novos partidos foram se agregando, como foi o caso do PMDB que dependeu de uma longa negociação que envolveu inclusive caciques estaduais, como Jáder Barbalho e Paulo Rocha. No final, o martelo foi batido e paradoxalmente, Bel Mesquita (PMDB), que tinha quase 20% das intenções de votos aceitou ser vice do ex-secretário de Obras, José das Dores Couto, o “Coutinho”, que exibia percentuais bem mais modestos de intenção de votos. Parte da negociação é conhecida e envolveu cinco secretarias de um eventual futuro governo, entretanto, os valores não foram revelados, mas segundo informações de fontes privilegiadas, podem chegar a R$ 10 milhões. O compromisso vai além de 2012. O PMDB estadual costura um grande arco de alianças capaz de guindar Helder Barbalho, filho de Jáder ao governo do Estado em 2014, de modo que o acordo em Parauapebas é fundamental.
Além do PMDB, o PT trouxe a reboque uma grande variedade de partidos pequenos. Alguns, como o PSB são aliados tradicionais do partido, outros vieram por força de manobras de bastidores e intervenções do diretório estadual. PSC e PSDC foram arrancados literalmente das fileiras do PSD nos últimos dias.
Apesar de dizer reiteradas vezes que preferia acompanhar Valmir da Integral, o pastor Geraldo Viana, presidente do PSC foi obrigado a retroceder. Em razão do comprometimento do pastor Fenelon Sobrinho com a administração Darci Lermen, na cessão do canal pertencente a prefeitura para funcionar a TV Missão, vagas de assessorias e a legalização do terreno da sede do bairro Altamira da Igreja Assembleia de Deus era mesmo improvável que o PSC estivesse com Valmir. O PV pode vir a reboque, ainda que alguns membros do partido digam o contrário. Segundo informações a última reunião ficou decido por 10 votos a 2 que o partido estará com Valmir, mas ninguém deve acreditar muito.
O caso mais emblemático da força e da pressão do PT aconteceu com o PSDC. Mesmo com ampla maioria dos pré-candidatos a vereador querendo apoiar Valmir e mesmo depois de oficializado o apoio, o prefeito Darci Lermen foi até Belém e conseguiu que a executiva estadual do PSDC modificasse a posição do partido em Parauapebas. O que se negociou, todo mundo sabe, o valor negociado, porém, é algo que já faz parte das resenhas políticas. Fala-se em 500 mil.
Poucas alternativas para oposição
Com poucas alternativas, a oposição vem fazendo o que pode. Sem a grana ou o poder de fogo da situação, ela usa outras armas. A principal delas é a perspectiva da vitória. A dianteira em todas as pesquisas de opinião dá uma certa comodidade ao PSD de Valmir da Integral.
Na projeção inicial o partido contaria com nove ou mais partidos numa coligação que daria um bom tempo de televisão, além de agregar valores. Com a investida do PT sobre partidos vulneráveis, o grupo de partidos que apoiam Valmir diminuiu sensivelmente. Hoje o grupo se resume ao PSD, PSDB, DEM e PR. Ainda há partidos conversando com o PSD de Valmir, como o PTB de Antônio Massud, mas o acordo já esteve mais próximo. Em conversa com o jornal, Gesmar Rosa, um dos coordenadores do PSD afirmou que Massud estaria exigindo a vice. Por seu turno, Massud afirma que o partido reúne as condições estruturais e eleitorais para reivindicar a vice. Como se vê, o dilema ainda segue por alguns dias.
Adelson desponta
Comendo pelas beiradas, Adelson Fernandes, do PDT, fez o lançamento da sua pré-candidatura a cerca de um mês e de lá para cá não pára de crescer e já ameaça a casa dos dois dígitos. Adelson não aceita conversar sobre uma eventual coligação, seja com quem for. Segundo ele, a candidatura a prefeito é um projeto partidário, de modo que ele vai até o fim, principalmente agora que as pesquisas lhe dão uma boa perspectiva. O negócio é aguardar, já que em política tudo é possível.
Chico rejeita oferta de vice
Sondado para ser vice de Valmir, o ex-prefeito Chico das Cortinas não levou a prosa adiante. O fervor messiânico de que será o próximo prefeito de Parauapebas é tamanho que ele anunciou aos quatro ventos que não será vice de ninguém, “não quero aliança nem com Valmir, nem com o governo, vou ser prefeito de Parauapebas sem o apoio de ninguém”, diz. Na verdade, o único apoio que chico espera é do povo, que lhe poderá lhe dar uma estada de no mínimo quatro anos no palácio do Morro dos Ventos.
2 comentários:
A prova que o (PV) ainda não foi vendido é que o edital de sua convenção foi registrado para acontecer em campo neutro ou seja será realizada a convenção na casa do Presidente do Partido.
1 – Veja o paragrafo "Adelson desponta" do comentário postado pelo Marcel Nogueira "Coutinho passa o rodo e se cerca de muitos partidos". Meu caro Marcel, Adelson não chegará alugar nenhum com essa desastrosa candidatura a prefeito. O que realmente vai acontecer é que ele ficará um bom tempo fora dos holofotes da politica. Vejamos:
a- Adelson se lança candidato a prefeito, se fazendo de uma boa opção para o executivo de Parauapebas, mas, todos nos sabemos que o Vereador Adelson há poucos dias atrás comia no mesmo prato do prefeito Darci, porém, cospe no prato que tanto lhe rendeu alguns reais. E agora você (Marcel) vem com esse papo furado que "Adelson desponta", Cadê a pesquisa que prova que "Adelson desponta"? Porque você não publica tal pesquisa? Não se iluda não prestes esse papel ridículo de tentar promover um cara, como vereador, em nenhum momento representou o povo, senão seus próprios interesses. Adelson, oportunista de carteirinha, ao perceber que Darci jamais conseguirá eleger Coutinho, se afasta de Darci e tenta aproveitar o momento de desgraça do PT.
b- Adelson não será prefeito, e o pior, nem vice-prefeito, por que não aceita ser “vice” em nenhuma coligação. Perdendo as eleições, onde Adelson colocará os seus cabos eleitorais? Seus militantes? Sua base? Na câmara municipal não poderá coloca-los, porque também não será mais vereador (já que está concorrendo para prefeito). Trágico mesmo é gastar todo o dinheiro que ganhou, juntou, adquiriu... durante o período em que foi vereador e ainda perder as eleições. Votará a ser pobre, sem recursos até mesmo para se candidatar a vereador em 2016. Sorte, se não lhe restar dividas resultados de uma campanha mal sucedida. Ai a coisa pega! Como temos exemplos casos em nossa cidade.
c- Meu caro Marcel, de todos os nomes citados no seu comentário "Coutinho passa o rodo e se cerca de muitos partidos". Acredito que situação mais complicada é a do vereador Adelson (PDT). Observe que o Massud (PTB), já aceita ser vice de alguém, que tenha chances reais de ganhar as eleições. Já o Adelson, não. O Massud, já entende que sendo vice poderá manter seus militantes na sombra e agua fresca até as próximas eleições (para deputado em 2014). O Massud percebeu que não tem chances de ganhar as eleições para prefeito. Diante dessa situação, jamais cometerá o erro de manter a candidatura de prefeito.
d- Para o Adelson, só resta apenas, a candidatura de Vereador, já que não aceita ser vice de ninguém. Como vereador, terá poder de fogo para barganhar uma ou mais secretarias (veja o Odilon) e assim manter seus militantes seguros a até as próximas eleições. Se o Adelson não seguir meus conselhos, todo indica que ficará um bom tempo fora dos holofotes da politica. Como ele não fez nada como vereador (igual aos outros), ainda corre o risco de não ser eleito. Meus caros! Esse negócio de que "Adelson desponta", não passa de uma farsa!
Postar um comentário