"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


quarta-feira, 20 de junho de 2012

EDITORIAL DO HOJE 502



Convenção - festa da democracia

Quando a edição 502 chegar às ruas, faltarão 11 dias para a data-limite das convenções partidárias municipais.

Como procedimento obrigatório para homologação de candidaturas de vereador, prefeito e vice-prefeito, as convenções desse ano chegam num momento em que pode dar um colorido a mais numa campanha que tem tudo para ser uma das mais caras da história, bem mais opulenta que a de 2008, que a bem da verdade já foi um acinte ao bom senso e ao cidadão comum, que rala muito para colocar comida em casa e vê com desgosto o dinheiro público servir para cooptar antigos adversários e a compra descarada de votos, com o aconteceu em 2008, em plena luz do dia. É bom que a Justiça Eleitoral permaneça atenta.

Mas voltando ao tema Convenção, esse tipo de reunião partidária é uma verdadeira festa da democracia. Pela capacidade de mobilização se vê quando o partido tem bala na agulha, quando ele vem para ser ator principal ou apenas para ser um mero coadjuvante. Convenção é isso, uma clara demonstração de força, uma espécie de aviso aos adversários, do tipo “não vem, não, que o buraco é mais embaixo”.

Apesar da importância de uma convenção, nem sempre ela diz muito. Tomemos por base a convenção de 2004, quando o PSDB colocou milhares de pessoas no CDC, enquanto a convenção do PT foi uma reuniãozinha acanhada na escola Eduardo Angelin. Depois de três meses foi aquela enxurrada de votos.

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