O Globo
RIO - Morreu neste sábado, em Londres, aos 27 anos, a cantora inglesa Amy Winehouse. Segundo o canal de TV "Sky News", Amy foi encontrada morta pela polícia em seu flat em Camden Town, na capital inglesa. Ainda não se sabe a causa. Winehouse, que vinha lutando contra o vício em álcool e drogas ao longo de sua carreira, alcançou a fama em 2006 com o single de sucesso "Rehab" e venceu quatro Grammys em 2008, incluindo artista revelação e álbum do ano.
Em janeiro deste ano, Amy Winehouse fez uma série de cinco shows no Brasil. Ela fez duas apresentações no Rio, e outras em São Paulo, Florianópolis e Recife. Sua performance cambaleante, mas carismática, nos palcos brasileiros dividiu opiniões.
Há um mês, ela anunciou o cancelamento de toda a sua turnê europeia, após uma apresentação desastrosa na Sérvia. "Amy Winehouse está se retirando de todas as apresentações programadas", disse um porta-voz da cantora em junho. Em maio, os executivos da gravadora da diva anunciaram o adiamento do lançamento do terceiro disco da cantora devido a mais uma internação em uma clínica de reabilitação.
A turnê iniciada em 2011 no Brasil era a primeira da cantora desde 2008, quando seus problemas com as drogas ficaram mais frequentes. Segundo tabloides ingleses, nesse tempo Amy teria torrado quase toda a sua fortuna, avaliada em 10 milhões de euros, com festas, drogas, processos judiciais e uma longa temporada em hoteis de luxo no Caribe, em 2009.
Amy Winehouse nasceu em Londres a 14 de setembro de 1983, filha da farmacêutica Janis e do motorista de táxi Mitch. O casal já tinha um filho, Alex. Quando o casal se separou, os dois foram morar com a mãe no bairro de Southgate, conhecido por ser sede da clínica Priory, a favorita das celebridades que desejam se livrar de vícios indesejáveis. O pai a definiu como "muito cheia de vontades sem ser mal comportada". Aos 12 anos, ela conseguiu ingressar na Escola de teatro Sylvia Young, mas foi expulsa por mau comportamento, incluindo por colocar piercing no nariz.
Seu próximo caminho foi a música, que lhe abriu as portas aos 16 anos através de um contrato de empresariamento com Simon Fuller, criador do programa "American Idol", que desembocou num contrato de gravação com a Island Records.
Em outubro de 2003 saiu seu disco de estréia, "Frank", com forte influência de jazz, que chegou a platina no Reino Unido e lhe valeu o prêmio Ivor Novello de melhor canção contemporânea pelo single "Stronger than me".
Amy conheceu seu agora ex-marido, Blake Fielder-Civil, um assistente na produção de videoclipes e os dois se entregaram a um romance tempestuoso, com muitas interrupções provocadas pela mútua natureza beligerante. Num desses períodos ela compôs as músicas de "Back to black", o álbum que a tornaria uma estrela em todo o mundo ocidental.
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