segunda-feira, 4 de junho de 2012
Jornal HOJE comemora 500 edições em oito anos de atividades
Após sete anos de atividades o jornal HOJE totaliza 500 edições publicadas. Numa atividade extremamente deficitária não é fácil atingir essa marca.
Ao longo do tempo o jornal vivenciou várias fases. Fundado em 06 de fevereiro de 2005, tendo a frente o jornalista Marcel Nogueira como diretor; Luís Bezerra como chefe de redação e Roselucia Batista diretora administrativa, o HOJE, a exemplo de a quase totalidade da população, apostou todas as fichas no sucesso da administração do recém-empossado prefeito Darci Lermen, que prometia ser diferente. O alinhamento foi tão evidente que a capa da primeira e dição do HOJE ostentava o gestor municipal e sua atividade nº 1, de limpar a cidade, que na época mais parecia um enorme lixão.
Com um projeto gráfico moderno de 16 páginas, sendo quatro em policromia, com tiragem de 2.000 exemplares e circulação de duas vezes por semana, o HOJE se notabilizou pela cobertura de matérias políticas, ainda que o cotidiano da cidade e o material de polícia não fossem ignorados. Nas páginas do HOJE, o leitor podia acompanhar tudo o que acontecia na cidade com isenção e independência. Era (e é)um jornal que fazia a diferença e o resultado foi que o periódico caiu no gosto popular, chegando a ter mais de 1.300 assinaturas.
Com o fracasso da administração Darci Lermen era necessário tomar uma atitude. Entre um polpudo contrato junto à prefeitura e o difícil caminho da denúncia de corrupção e irregularidades no trato de verbas públicas, o HOJE preferiu a segunda alternativa.
Evidentemente que as retaliações não tardaram e o jornal começou a perder contratos de publicidade. Empresas que prestavam serviço para a prefeitura foram pressionadas a deixar o jornal, mas em nenhum momento o jornal deixou de cumprir o seu papel.
Enquanto intensificava as matérias contra a administração Darci Lermen, o jornal enfrentava dificuldades financeiras. Sem um dos principais anunciantes, que era a prefeitura, o jornal dependia cada vez mais da publicação de peças publicitárias da Vale e do contrato de cobertura das sessões da Câmara.
Em 2009, depois de uma crise internacional, a Vale deixou de anunciar nos jornais da cidade. Sem a Câmara, que passava por uma transição política, por muito pouco o HOJE não fechou as portas.
Era momento de adequação à nova realidade. Para cortar custos o jornal teve que reduzir o quadro de funcionários, cortar despesas com aluguel e material de consumo etc. O último ato foi transformar o jornal que circulava duas vezes por semana em semanal. Apesar de perder importância, a velha credibilidade não foi perdida. Mesmo com todos os percalços, o HOJE continua sendo o jornal de maior credibilidade na cidade.
Mesmo sabendo que o jornal é uma empresa como outra qualquer, que tem obrigações trabalhistas, tributos etc, em nenhum momento o objetivo inicial foi desvirtuado. Atualmente o jornal vive de publicidades diversas, venda de matérias publicitárias e alguns contratos.
Em 2008, por exemplo, foi processado cinco vezes pela coligação liderada por Darci Lermen, sob acusação de publicar fatos sabidamente inverídicos, apenas porque o periódico denunciava a má administração petista e alertava para perigo de dar uma novo mandato para Lermen. Depois de quase quatro anos desastrosos, nos quais mais de R$ 2 bilhões desapareceram dos cofres públicos sem a apresentação de obras e serviços que justificassem o dinheiro arrecadado, o tempo cuidou de provar que o jornal sempre estivera com a razão e denunciou sozinho os desmandos administrativos.
O jornal foi processado e condenado a pagar R$ 10 mil em um dos processos, mas continua firme. Envergou, quase quebrou, mas como uma Fênix renasce das cinzas e lança bases para novos desafios. Quem venha a edição de nº 1.000
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