

Os manifestantes reivindicam energia para a região. Segundo as informações colhidas, oito projetos agrícolas, ainda não foram contemplados com o programa do governo federal, Luz para Todos.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".
(Rui Barbosa)
FOLHA ONLINE - Apesar de decisão judicial contrária, o governo espera realizar hoje o leilão da usina de Belo Monte. Ontem, minutos depois de ser informado de nova liminar suspendendo o leilão, o governo entrou com recurso para cassar a decisão.
A liminar de ontem foi concedida pelo juiz Antonio Carlos Almeida Campelo, de Altamira (PA), que atendeu um pedido do Ministério Público Federal. Essa é a segunda tentativa do MPF de brecar o leilão da usina, orçada em cerca de R$ 19 bilhões e um dos maiores projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Na semana passada, Campelo já havia aceitado o primeiro pedido dos procuradores da República no Pará e suspendido o leilão. Mas a liminar foi cassada na sexta pela AGU (Advocacia-Geral da União), que entrou com recurso no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª região, com sede em Brasília.
Novo recurso foi apresentado ontem ao TRF. "Se o presidente do tribunal conceder essa suspensão, o leilão acontece normalmente", disse o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams. Questionado sobre eventual adiamento do leilão, afirmou: "Não creio que isso vá acontecer". Segundo ele, o governo não foi pego de surpresa.
A decisão de ontem contesta o licenciamento ambiental. Na liminar da semana passada, era questionado o descumprimento do artigo 176 da Constituição, que obriga a criação de lei específica no caso de hidrelétricas em terras indígenas. O governo alegou que não haverá obras nesse tipo de território.
O Planalto trabalhava ainda com a informação de que há outras duas ações sendo analisadas pela Justiça Federal pedindo a suspensão do leilão. Pelas regras do leilão, ganhará a licitação a empresa que oferecer a menor tarifa, respeitado o teto de R$ 83 por MWh definido pelo governo. Concorrem dois consórcios. Se a diferença de preço for igual ou menor do que 5%, haverá uma segunda etapa de ofertas, na qual cada participante dá seu lance e o outro competidor decide se faz um lance menor ou não.
Inicialmente, o leilão seria disputado por dois grandes consórcios, mas a desistência de Camargo Corrêa e Odebrecht, que consideraram baixo o teto da tarifa de energia, levou o governo a negociar com várias empresas a formação de novos consórcios para disputar o leilão de Belo Monte.
Doze empresas se alistaram para serem parceiras da Eletrobras na disputa. O governo tentou, mas não conseguiu articular a formação de três grupos competidores. Após a divulgação de benefícios como o abatimento de 75% do Imposto de Renda e de aumento do valor do financiamento da obra pelo BNDES (para até 80% do total), dois grupos se formaram: o liderado pela Andrade Gutierrez em parceria com Furnas, e outro comandado por Queiroz Galvão e Chesf.
A Eletronorte entrará posteriormente no consórcio vencedor. Há ainda a possibilidade de que outras empresas também entrem como sócias.
Os repórteres instaram Tasso a comentar declaração atribuída ao presidente do PT, José Eduardo Dutra.
O mandachuva petista dissera que Serra faz elogios simulados a Lula para achegar-se ao eleitorado que venera o presidente. E Tasso, entre risos:
"O presidente do PT deveria se preocupar mais com a agressividade, com o aspecto rancoroso da sua candidata, do que com a paz e o amor do nosso Serrinha".
Famoso pelas divergências internas que lhe renderam a fama de inimigo cordial de Serra, Tasso se esforça agora para demonstrar unidade.
Expressa a suposta união de maneira peculiar: "Dizem que Serra não gosta do Nordeste. E dizem até que eu não me dou bem com ele...”
“...É verdade que eu não o acho bonito e nem cheiroso. Mas, na época em que ele foi ministro do Planejamento, ajudou a fazer o [açude] Castanhão".
O senador planeja levar Serra ao Ceará pelo menos cinco vezes durante a campanha.
Uma parte dos índios da tribo cobrou do cacique o lançamento de um candidato tucano ao governo cearense.
Tasso disse que, havendo consenso, não se opõe à ideia. Mas diz que as pesquisas desrecomendam esse caminho.
Costura sua reeleição ao Senado em “aliança branca” com o governador Cid Gomes (PSB), irmão do velho amigo Ciro Gomes.
A propósito, Tasso aproveitou os holofotes para sair em socorro de Ciro. Disse que Lula e o PT o tratam de forma indigna.
"O que se fez com um aliado da categoria de Ciro realmente mostra do que o PT é capaz de fazer com seus aliados quando quer uma coisa...”
“...Acho que ele foi usado e agora está sendo jogado fora porque não interessa. [...] É de uma perversidade que não tem tamanho".
Para Tasso, Ciro “foi tratado pelo governo e pelo PT de maneira cruel. Foi esvaziada e desidratada sua candidatura de maneira quase que perversa”
(blog do Josias)