Estamos vivenciando a segunda e maior crise na atual gestão municipal. Ao chegar aos cinco anos e meio de administração, enfrentamos problemas de gestão em seus aspectos políticos, administrativos e éticos. É preciso diligência e coragem para enfrentá-la, reconstruindo a principal aliança inaugurada em 2004: a aliança com a maioria da população.
Acreditamos que é possível corrigir os rumos, mas a margem de manobra vem se exaurindo rapidamente. Portanto, as medidas de ordem política e administrativa são para ontem! É bom lembrar: metade do ano de 2010 está perdido. Daí para frente, enfrentaremos dois invernos, sempre limitadores, e a sucessão, que comumente consome meses nos arranjos políticos. Fazendo-se a conta, sobram-nos pouco mais de um ano para as ações plenas.
Esta crise só poderá ser debelada seguindo o seguinte roteiro: é preciso construir uma agenda mínima de governo com os aliados, estabelecendo critérios políticos e administrativos, fugindo do fisiologismo e das meras ações de bastidores.
É preciso envolver variados setores da sociedade nesta construção. Tem-se dito que o problema é do prefeito! Achamos que não. Primeiro: a crise é um problema para mais de 160 mil pessoas. Segundo: o prefeito foi eleito por um conjunto de forcas, que são corresponsáveis pelos rumos da gestão. Terceiro: não há, em política, solução solitária.
O legislativo deverá ser o principal interlocutor na formulação da Agenda. A construção de maioria será fruto desse debate e não ao contrário. Toda base de sustentação construída apenas na lógica da ocupação de cargos e distribuição de favores será sempre fluída e inconstante.
O tempo está contra a solução dos problemas: a demora não gestará uma solução menos traumática, como pensam alguns. Ao contrário, ela ossificará o cerne da crise, calcificando os interesses escusos, não republicanos, no seio e fora do governo. Em outra palavra, e com uma pergunta: a quem interessa a crise?
Achamos que é hora de todos, sem exceção, colocarem seus cargos à disposição do prefeito. PPS e PV já estão fazendo isso.
Exortamos ao Partido dos Trabalhadores que comande (por se tratar do partido hegemônico) o debate público na construção da agenda mínima. Que estabeleça o diálogo com a sociedade. Que abandone a lógica simplista de localizar a crise principalmente em duas secretarias que não são geridas por filiados ao PT (a Saúde e a Obras).
Continuamos acreditando na liderança política do prefeito Darci Lermen. Por isso cobramos dele (e de seu partido) o start ao que chamamos de Agenda Positiva na Correção de Rumos.
Cláudio Feitosa
Presidente Municipal do Partido Popular Socialista - PPS
Raimundo Cabeludo
Presidente Municipal do Partido Verde - PV
Presidente Municipal do Partido Popular Socialista - PPS
Raimundo Cabeludo
Presidente Municipal do Partido Verde - PV
Nenhum comentário:
Postar um comentário