"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sábado, 18 de fevereiro de 2012

As pesquisas

Uma pesquisa de intenção de voto, feita para consumo interno e encomendada pelo PT acabou vazando. Evidentemente, que pesquisas não registradas na Justiça Eleitoral não podem ser divulgadas, mas, com sempre acontece no mundo da política, essas coisas acabam vazando, entretanto, devem ser vistas com uma certa reserva, já que nessa altura do campeonato, na porta de entrada de uma campanha eleitoral, a primeira coisa que desaparece é a verdade. Ninguém vai querer entregar a rapadura para o adversário.

Isso quer dizer que boa parte dessas pesquisas é feita pra vazar, e, não só vazar, como também para espalhar informações que sejam convenientes para quem de direito.
É conveniente acreditar nos números expostos? A vantagem que a pesquisa dá a Valmir da Integral seria assim tão expressiva, ou na verdade esconderia números ainda maiores? Chico das Cortinas teria aquele percentual? Bel Mesquita teria ainda o capital eleitoral constante no levantamento? Não se pode esquecer que há menos de dois anos, nas eleições proporcionais, ela não passou de nove mil votos. Coutinho teria um leque de votos superior a Milton Zimmer? Essas informações estão lá.

Partindo desse importante pressuposto, uma certeza: apesar dos números, a eleição para prefeito está em aberto, primeiro porque ainda falta muito tempo e em política o que é hoje pode não ser amanhã, segundo porque o que existe hoje em dia é uma simples intenção de votos, que pode migrar para outro lado com facilidade, caso o eleitor (cada vez mais ressabiado) perceba que o candidato não reúne condições de receber seu voto, ou por outros motivos, como sentimento de gratidão por algum favor, pedido de amigo ou até mesmo a compra de votos pura e simples.

Ainda que não sejam determinantes para se ganhar uma eleição, as pesquisas são importantes porque revelam sinalizações quase imperceptíveis, que os mais espertos tratam de processar. O momento é de corrigir eventuais equívocos e fortalecer as tacadas certas. Quando se tem pesquisas qualitativas é possível detectar as localidades onde há um potencial de crescimento, as carências e demandas e até o discurso a ser usado.

A história da politica de Parauapebas revela algumas eleições muito parelhas, como as duas primeiras, nas quais ninguém se arriscava a apontar um vencedor e também eleições consideradas barbadas, pule de dez ou favas contadas. As últimas, por exemplo, os favoritos confirmaram a vantagem nas pesquisas e nadaram de braçada.

Mas, entre tantas particularidades há um dado estatístico: nunca na história do município, quem esteve na frente em fevereiro perdeu as eleições, mas, sempre há uma primeira vez.


(artigo publicvado no jornal HOJE - Colna do Marcel)

Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que a cada ano a politica mude, nem que seja os candidatos, rrsrs neste ano o eleitor vai avaliar melhor os candidatos, pleo motivo de terem se dado mal na ultima, vai ganhar tem tiver em seu curriculum honestidade e bom administrador, tem dois candidatos assim um é valmir o outro é o chico se eles podessem andar juntos seriam imbativeis. se não creio que eles disputaram o mesmo voto.