Na sessão da última terça-feira (29), o vereador Faisal Salmen (PSDB) voltou a se manifestar sobre a situação preocupante do sistema educacional do Estado. O Ensino Médio, que no entender do parlamentar é uma das principais etapas do aluno para o ingresso na universidade foi alvo de suas críticas.
O Ensino médio, de responsabilidade do governo do Estado sempre teve muitas dificuldades em Parauapebas. Ao longo dos anos não foram feitos investimentos em construção de instalações e são poucas escolas de propriedade do governo do Estado. A maioria funciona em prédios cedidos pela prefeitura e o pessoal de limpeza também faz parte do quadro de servidores da prefeitura.
“Até o governo Ana Júlia as escolas de Ensino Médio recebiam esse apoio, mas depois que Jatene assumiu os funcionários da prefeitura foram retirados e a situações ficou caótica”, disse o vereador, no uso da tribuna.
De acordo com Salmen, a situação mais preocupante diz respeito a falta de professores, “é inacreditável, mas desde o início do ano não foram contratados professores para as disciplinas de Química e Física e em muitas escolas o terceiro ano do Ensino Médio ainda não começou”. O vereador acreditar que os alunos que pretendem prestar vestibular terão muitas dificuldades. “Eles precisam do diploma do Ensino Médio para iniciar a faculdade, mas existe também a questão do baixo aprendizado, que pode inviabilizar todo um projeto de vida”.
Investimentos - Para o vereador além do Ensino Médio, o município deve aumentar os esforços para viabilizar o projeto de ser um centro de referência educacional, criando condições para a vinda de universidades, “a gente vê exemplo de outros municípios, como Salinópolis, onde a Petrobrás vai explorar petróleo e ainda não tirou uma gota de petróleo de lá e já doou R$ 70 milhões para a implantação da UFPA, aqui, muito se falou sobre a questão da compensação da Vale por causa do ramal ferroviário que passaria pelo perímetro urbano do município, mas até o momento, além da mídia, nada foi feito”, disse.
A Escola Tecnológica Federal, do bairro Cidade Jardim, cujos serviços estão paralisados também foi lembrada por Faisal Salmen. Para ele, a obra, que tem 90% dos recursos do Governo Federal e 10 do governo estadual está deixando de atender uma parcela considerável da população de Parauapebas, composta por jovens, que precisa se preparar para o mercado de trabalho. “É hora de o município buscar alternativas econômicas para o futuro, quando as jazidas de minério de f erro se exaurir. Mais do que nunca acredito que ser um centro de referência educacional é o melhor caminho”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário