Nesse momento que escrevo a sessão que dará posse a Tião
Miranda o prefeito eleito de Marabá, juntamente com seu vice, Toni Cunha está
em curso. Em outras palavras, apaga tudo o que foi veiculado nos jornais, blogs
e sites de Marabá e região. Tião que tinha desistido de ser prefeito de Marabá,
chegando a entregar a carta de renúncia, desistiu de desistir.
O tema teve grande repercussão na região porque mexeu diretamente
com a vida política de Parauapebas, uma vez que Gesmar Rosa da Costa, como
primeiro-suplente da coligação de Tião Miranda seria o grande beneficiado,
assumindo a cadeira na Assembleia Legislativa.
De repente, não mais que de repente, eis que surge o
problema, mas... ‘pera’ lá cara-pálida , de repente? Como de repente, se há
cerca de um mês já corria nos bastidores da política que Tião Miranda poderia
dar um cavalo de pau e continuar arranchado na Assembleia, liberando a
prefeitura de Marabá para o vice, Toni Cunha.
Ele alegava
depressão pós 2012, entretanto, tudo era tão sem sentido que
todo mundo se recusava a considerar essa possibilidade.
Considerando que ele continue depressivo, até porque ninguém
se cura de uma depressão de uma hora pra outra, principalmente quando a dita
cuja persiste desde o final da eleição de 2012, deve se analisar outras
possibilidades.
A primeira é que a sua ausência na posse poderia ensejar uma
série de ações na Justiça Eleitoral, e não seria garantido o mandato definitivo
do vice, Toni Cunha. Há vários entendimentos de juristas, uns a favor da
legalidade do ato, afirmando de que ele estaria renunciaria a posse e que o
vice poderia ser empossado sem problemas, no entanto há os que julguem que ele
não poderia renunciar o que ainda não
tinha, já que o mandato só passaria existir após a posse.
Outra vertente que não pode ser desconsiderada acha que o
deputado renitente tentou fazer uma grande jogada, ganhando a eleição de
Marabá, sem abrir mão das prerrogativas de deputado. Para isso se utilizou do
vice. Na prática ele seria o prefeito de fato, enquanto exercia o mandato de
deputado de direito. Talvez Tião tivesse
voltado atrás ao perceber que quando as coisas ficam grandes demais não há controle
sobre nada. Ele assumiria um desgaste político enorme, e talvez o vice, que
fora escalado para ser marionete, não fosse tão marionete assim.
Por último e eu sou um dos que vai nessa vibe, o que fez Tião Miranda mudar de ideia e tomar posse foi uma
pressão, mas uma senhora pressão de Belém. Explico: Tião é base do governo e um
dos homens de confiança de Jatene. A sua renuncia poderia até beneficiar Toni
Cunha, o vice, mas politicamente seria um desastre para a base de apoio de
Jatene no chamado corredor de Carajás. Hoje em dia o PMDB comanda as
prefeituras dessa microrregião. Curionópolis, com Adonei Aguiar; Canaã, com
Jeová Andrade e Parauapebas com Darci Lermen. Ora, a única possibilidade de o
governo estadual ter a chamada presença do PSDB/PSD na região seria com a
subida de Gesmar para a Assembleia. Ele seria o elo que estava faltando e a
possibilidade de vitórias eleitorais no futuro.
Falando em Gesmar, depois de algumas intempéries, vai assumir
o cargo, que a bem da verdade já deveria ter assumido há muito tempo.
Parauapebas perdeu horrores com sua ausência na Assembleia, a começar pela perda
do ICMS.
Finalmente o pão do pobre caiu com a manteiga virada pra
cima.
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