Caso a velha gorda resolvesse meter a colher de pau no assunto, diria simplesmente que o diabo era mesmo moleque e essas coisas que só ela saberia dizer, afinal, nesse mundão, quando menos se espera, acontecem coisas do arco da velha. Para ser mais exato, na terra do rio de águas rasas até boi é capaz de voar e mula sem cabeça passeia placidamente pelos verdes campos. Essa de se receptar tratores roubados de São Paulo é de lascar o cano, só jurando sobre a bíblia para se fazer acreditar. Falando o português claro, a moçada desse lado de cá se superou.
É, meus senhores, Parauapebas velha de guerra não é fraca, não. Demora estourar nos noticiários, mas quando entra, não\quer mais sair.
Quem não se lembra de 2002, quando a Polícia federal passou o rodo e levou para passar férias na cadeia um monte de marmanjo crescido. Foi uma festa para uns, que não agüentavam mais a ostentação de um monte de garotos recém-saídos dos cueiros; um espanto para os pais, que não acreditavam que filhos educados para ser advogados, médicos recebiam um par de algemas; uma tragédia para as mães, sempre tão dramáticas e um pandemônio para as namoradinhas e ficantes, que durante muito tempo, foram regadas a uísque com redbull, além de baladas que varavam as madrugadas.
Por mais de 80 dias, os hackers, também chamados de batatas, trocaram a arte de vasculhar contas alheias, via internet, por uma boa temporada no presídio Mariano Antunes, em Marabá. Com diria a velha gorda, quando Dona Justa aparecia, ia todo mundo pro xilindró, de mamando a caducando.
Ainda que a repressão não tenha colocado ponto final da atividade, muita coisa mudou de 2002 para cá. Muitos dos que estavam encaminhados na pirataria cibernética se tornaram pais de famílias e esqueceram aquela vida que apresentava “cana braba” no final, outros ainda estão na batalha e já foram presos várias vezes. Paciência, o pau que nasce torto, até as cinzas são tortas. Hoje, porém, são tempos de vacas magras e a coisa já não dá como antigamente.
Por isso, a notícia que na cidade funcionaria um centro de receptação de tratores, era de certa maneira esperada, ou seja, pau que nasce torto...
O negócio era tão profissional que a ramificação principal do negócio era em São Paulo, onde os equipamentos eram roubados e chegavam com documentos “esquentados”.
A polícia conseguiu colocar as mãos em oito tratores (alguns em poder de gente importante), existem na região mais de 60 tratores roubados.
Definitivamente, até na bandalheira, a nossa cidade se mostra meio que avançadinha.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
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