"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dificuldade em conviver com o contraditório

A eleição de outubro se aproximam e com ela uma certeza e um monte de indagações.

A certeza é que Lula é mesmo o cara e deve eleger a sucessora. Salvo algum imprevisto, erro na condução da campanha ou um fato novo e preponderante, devemos ter uma vitória folgada do PT, ainda no primeiro turno.

As interrogações começam a partir dessa  vitória, tida como certa. A partir do dia 1º de janeiro o PT de Dilma, escorado pelo PMDB  deve dar as cartas no país.

Ao contrário de Lula, que é pragmático e negociante, Dilma é da esquerda ideológica, de uma vertente que traz no DNA o ranço autoritário de não saber conviver com as diferenças e de tentar se impor a qualquer custo.
O exemplo mais bem acabado dessa intolerância é o episódio da violação do sigilo bancário de pessoas ligadas ao candidato José Serra do PSDB, dentre as quais, Verônica Serra, filha do candidato tucano. Os defensores da candidata petista poderão até dizer que nada disso faz sentido, já que Dilma está na bica de ser eleita, ainda no primeiro turno e não iria correr esse risco, entretanto, nunca é demais lembrar que a violação do sigilo fiscal foi feita no final de 2009, época que Serra tinha quase 50% das intenções de voto.

Aliás, sobre isso deve dizer que não é um fato isolado. Em 2006, a cúpula do PT já havia mandado devassar o sigilo fiscal e bancário do caseiro Francenildo Costa, que acusava o ministro Antônio Palocci de freqüentar casas de lobistas  em Brasília. O episódio custou a cabeça de Palocci, ministro todo poderoso de Lula e seu possível sucessor.

As incursões do governo na Receita Federal não param por aí. A secretária da Receita Federal, Lina Vieira se envolveu com gente graúda ao afirmar que a então ministra da casa Civil, Dilma Rousseff havia determinado que a investigação da família Sarney fosse feita “por cima”. Dilma, é claro, negou e a Casa Civil não apresentou as fitas do circuito interno, que poderiam incriminar a ministra. No final, sobrou para Lina Vieira, que foi exonerada, porque teve a (in)feliz idéia de não se dobrar a pressão externa.

Nos três episódios se percebe claramente a dificuldade do  partido de conviver com o contraditório e isso cheira mal. Inocentemente, ou convenientemente alguns tentam colocar essas situações na conta dos chamados “aloprados”, arraia miúda do PT, mas não se pode esquecer que o “mensalão” foi urdido no Palácio do Planalto pela  alta cúpula do partido.

Esses crimes são gravíssimos e atentam contra as liberdades e contra a democracia. Se não se detém diante dos rigores da lei e investem contra um candidato a previdência de república, imaginem o que poderão fazer contra  um cidadão comum, de posse do  poder supremo.

Artigo publicado no jornal HOJE, 428 – Coluna do Marcel

5 comentários:

Anônimo disse...

Vc parte de premissas do PIG (Imprensa golpista e porca). Raciocínio pífio que beira a mediocridade. Observe os fatos.

Vc deve ser bem mais informado do que aparenta em seu artigo, que volto a repeti, não merece nem ser cotejado, dada a MEDIOCRIDADE do raciocínio.

Quero acreditar que vc não residia neste país a uns 8 anos atrás, não sabe o que é utilizar o Estado para abafar ou implementar investigações.

Vc não conhece o mínimo da família de José Serra.

Perdão, mas hoje, com esse artigo MEDÍOCRE, vc marca sua vida de jornalista.

No governo LULA o Estado funciona, a PF funciona, oxalá um dia ela venha a nossa cidade.

Esse tipo de artigo no PIG, a gente entende, afinal, como disse a Judith, o PIG é a oposição, quero acreditar que vc tá fazendo política partidária, defendendo sua "ideologia", do contrário, questionável sua inteligência.

Medíocre, a não ser, que tu estejas fazendo as vezes do Intituto Milennium em Parauapebas (rsrsr).

Anônimo disse...

Outra coisa que o grande "jornalista" de Parauapebas deve saber é que candidato não tem sigilo fiscal, vc deve saber disso. Infelizmente nossa legislação não estende tal previsão aos seus familiares, que é um grande engano.

Outra coisa, na época da violação dos dados, nem Dilma era candidata, nem Serra, o PSDB ainda tinha a possibilidade do Aécio.

Mas se vc quer saber mesmo sobre quebra de sigilo, espere o Livro do Amaury!


Beba noutra fonte, o PIG já era.

Anônimo disse...

Mensalão no palácio do planalto, vc e o PIG diz isso, mas vc já ouviu falar de Azeredo, né?

Daniel Dantas e Marcos Valério começaram sua vida de financiamento de campanhas e mensaçlões com o PT?

Vc tava no Brasil quando FHC aprovou a reeleição?

Vc deve achar que sanguessuga é coisa do Humberto Costa!

Beba noutra fonte!
Parece um Chico Brito, viu!

Anônimo disse...

Marcel,
PIG não seria o Partido da Imprensa Golpista?

Marcel Nogueira disse...

Nessa altura do campeonato, o que menos interessa são as nomenclaturas típicas de gente que quer parecer o que não é.
A gente vai vivendo e aprendendo que não há nada mais babaca do que dogmas partidários, sejam de direita ou esquerda. O verdadeiros socialismo é aquele que existe dentor de cada um de nós (se é que existe). O resto é conversa fiada.