“A melhor educação do Estado, e
não tem pra ninguém.” Pode parecer pedante, mas é essa a afirmação de que
compartilham professores e técnicos da Secretaria Municipal de Educação
(Semed), que encerra 2012 comemorando excelentes resultados. A pasta tem cerca
de 3.500 servidores. Mas não é apenas falácia, não: órgãos oficiais reconhecem
o esforço e o talento do município, que nos últimos oito anos deu condições,
por meio de projetos e programas, para que 15 mil pessoas pudessem aprender a
ler e a escrever, saindo para sempre da condição pejorativa de analfabetas.
Há três semanas, a Federação das Indústrias do Rio
de Janeiro (Firjan) divulgou o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal
(IFDM), uma espécie de termômetro da qualidade de vida nos municípios
brasileiros, e nele Parauapebas aparece na primeiríssima colocação, como o
melhor lugar do Pará onde viver. O indicador de desenvolvimento local é 0,7974,
o que o coloca entre os 350 melhores do Brasil, num universo de 5.568
municípios. O IFDM vai de 0 a 1; quanto mais próximo de 1, mais desenvolvimento
é o lugar.
A título de comparação, Belém é o segundo melhor município
do Pará, com indicador de 0,7855, mas ocupa a 443ª colocação nacional. Se
Parauapebas fosse um país, teria qualidade de vida superior à da vizinha
Argentina, da petrolífera Arábia Saudita ou da gigante Rússia.
Para conquistar esse pódio, a educação da rede
pública municipal teve papel fundamental. Isso porque, no período entre censos,
2000 e 2010, a taxa de analfabetismo foi reduzida à metade, passando de 16,3%
para 8,1%. “Atribuímos esses resultados aos investimentos que fizemos em nossos
oito anos de trabalho”, destaca o titular da Semed, Raimundo Oliveira Neto, de
acordo com quem a educação municipal está entre as melhores da Região Norte,
deixando para trás municípios antigos e com tradição na área.
“Reduzimos o analfabetismo à metade como nenhum dos
608 municípios com mais de 100 mil habitantes fez. Demos um salto no Ideb
[Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] tanto no ensino fundamental
menor [de 3,5 pontos em 2005 para 4,9 em 2011] quanto no fundamental maior [de
3,4 para 4,4 pontos], e a expectativa é atingir as metas do Ministério da
Educação (MEC) em 2015, ou seja, antes do estabelecido para 2021”, pontua.
Entre 2000 e 2010, conforme a apuração do IFDM, a
qualidade da educação evoluiu da lanterna vermelha (0,3679 ponto) para um farol
azul (0,6943 ponto), um salto de qualidade da ordem de 47% em apenas uma
década. Nem mesmo o Egito, conhecido como um dos berços culturais da
humanidade, ou a Índia, que atualmente se destaca por sua competência no ensino
de base e na formação de engenheiros de ponta, têm índice de educação similar.
“Os investimentos feitos em formação continuada
para os professores da nossa rede; em construção das mais modernas escolas do
Pará; na humanização do ensino; e no potencial de nossos alunos nos
possibilitam celebrar cada divulgação de estatística, em que Parauapebas sempre
aparece e vai aparecer em posição de destaque”, afirma Neto.
MAIS NÚMEROS
Além da pesquisa do Firjan, na semana passada a
Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou estudo segundo o qual Parauapebas está
também entre os três melhores do Estado no Índice Social de Desenvolvimento
Municipal (ISDM). O peso “Educação” foi preponderante na análise de dados e o
maior responsável para que, considerando-se apenas esse critério, o município se
posicionasse no topo entre 775 cidades da Amazônia.
“Essas pesquisas não foram encomendadas por nós.
São dados públicos, de órgãos oficiais, disponíveis nos sites de quem os organizou
[no caso, a Firjan (www.firjan.org.br) e a FGV (portal.fgv.br)]. Além disso,
são estudos recentes e que abrangem o período de nossa gestão, o que mostra o
quanto evoluímos em oito anos”, ressalta o secretário de Educação.
Em razão de todo o trabalho entre 2005 e 2012, a
Semed e o seu titular foram agraciados uma dezena de vezes com comendas das
mais variadas espécies: “Ouro” (2006), “Palma de Ouro” (2007, 2009 e 2010),
“Top Brasil Marketing” (2010, 2011 e 2012), “Integración Latino America” (2011)
e “Gestor Nota 10” (2010 e 2011).
Não à toa, entre 2006 e 2012, a marca Semed foi a
mais veiculada nos impressos do município, aparecendo em ao menos 650 textos de
jornais, com 95% de menções positivas – 70% desses textos destacando o
desempenho de alunos e professores. Em consulta rápida à expressão “Semed” no
buscador do Google, a Secretaria aparece em 29 mil menções. Por meio de busca
filtrada, é lembrada em ao menos 1.000 reportagens, outro recorde. Além disso,
a educação de Parauapebas ganhou o mundo em texto publicado na Enciclopédia
Barsa, de 2008. Nenhuma outra do Norte e Nordeste teve tantos méritos.
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