(Blog do Noblat)
Condenações do mensalão, avanço de Eduardo Campos e
escândalos como a Operação Porto Seguro são outros obstáculos a vencer em 2013
Preocupada com o pífio desempenho da economia nos últimos
dois anos, a presidente Dilma Rousseff inicia a segunda metade de seu mandato,
a partir de 1º de janeiro, com a difícil tarefa de fazer o governo andar,
recuperar a confiança dos investidores e soldar a base aliada, hoje com
fraturas expostas.
No ano em que o PT completa uma década no comando do país, a
cúpula do partido avalia que a reeleição de Dilma, em 2014, depende de um
crescimento econômico de, no mínimo, 4% já no ano que vem.
"Nós não podemos perder 2013", disse o senador
Jorge Viana (PT-AC), ex-governador do Acre. "(O ano de) 2012 foi muito
ruim e precisamos dar uma dinâmica ao governo agora, para criar o ambiente que
vai deslanchar o processo (da reeleição). Todos nós sabemos que é necessário
acelerar o Programa de Aceleração do Crescimento", emendou ele, usando um
trocadilho para se referir ao PAC.
Dilma afirma que fará "o possível e o impossível"
para o país crescer 4% ao ano. Estimativas do Banco Central, porém, indicam
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1%, em 2012. A previsão
acendeu a luz amarela no Palácio do Planalto.
Na seara política, as angústias do PT se concentram no
impacto do julgamento do mensalão e nos desdobramentos da Operação Porto
Seguro, que chegou ao gabinete da Presidência em São Paulo e à Advocacia-Geral
da União.
No Planalto e no partido, petistas preveem mais ataques na
direção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no rastro das denúncias do
empresário Marcos Valério, que o acusou de receber dinheiro do mensalão.
Com esse péssimo diagnóstico, o PT prepara um ato de
desagravo a Lula para fevereiro, quando o partido fará 33 anos, para tentar
preservar a imagem do ex-presidente e mantê-lo na posição de
"garoto-propaganda" da presidente Dilma.
O partido fará de tudo para tentar desviar a atenção da
agenda negativa do julgamento do mensalão e de outros escândalos.
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