"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


domingo, 20 de junho de 2010

Poema – O sonho acabou

 

Eduardo Baqueiro

Não sei se vou conseguir passar para o papel

O que estou sentindo neste momento.

Sinto raiva de mim mesmo!

Raiva por ter o atrevimento de sonhar

com você,

Por ter alimentado uma esperança

que sabia, no fundo, ser em vão...

Estranho é que nos achamos experientes,

Que somos donos da verdade,

Perfeitos...

E, que tudo corre como desejamos...

Não é assim, nunca foi...

Somos engrenagens de uma

máquina imperfeita,

Somos frutos de nossas ânsias e loucuras

E esquecemos que, aquilo que damos,

sempre será aquilo que receberemos...

Esquecemos que plantamos

E  a hora da colheita chega...

Mas eu vou chorar

Eu quero chorar...

É preciso...

Quem sabe amanhã estas lágrimas

me ensinem...

Me ensinem as lições que preciso aprender?

De qualquer forma saio perdendo...

O coração lamentando tua perda,

A vida me cobrando o retorno ao caminho

E esta vontade de não estar aqui...

Não estar em lugar nenhum!

Palavras não serão suficientes

para expressar meus sentimentos.

Hoje sou louça quebrada...

Meus cacos estão perdidos...

Muitos ficaram em você...

Não há como tê-los de volta.

Não partirei,

mas não estarei dentro de você...

Estarei perdido,

fingindo ser o que não sou,

me enganando mais uma vez...

Tentando achar um novo caminho..

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