"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sábado, 23 de outubro de 2010

Nova Vida falta tudo, não tem nada



O bairro Nova Vida está encravado entre os bairros Rio Verde e da Paz. Dos três ele é o mais recente e por conseqüência é o que conta com menos serviços públicos. Escolas, água encanada, urbanização, coleta de esgoto e pavimentação são artigos de luxo. A rigor, apenas as ruas Daniela Perez e Rui Barbosa, que são rotas das vans receberam alguns serviços recentemente.

Uma das ruas mais castigadas pelo abandono é a Lauro Corona, que começa no bairro da paz e atravessa todo o Nova Vida. Com uma urbanização razoável no bairro da Paz, a situação muda completamente no Nova Vida. Sem asfalto e cheia de buracos a via pública ainda tem a situação agravada com o esgoto que corre a céu aberto pelas suas extremidades. A lama suja e mau cheirosa que incomoda os moradores segue ao longo da via pública até ser despejada num pequeno igarapé, que corta o bairro. Por se localizar na parte baixa, o pequeno riacho, completamente poluído recebe coliformes fecais de boa parte do bairro e deságua no Igarapé Ilha do Coco.

Além da canalização do esgoto, a população também se ressente dos outros benefícios como iluminação pública, água encanada e pavimentação. Evanilson Silva, por exemplo, trabalha em Carajás e necessita pegar a condução cedo. Segundo ele, a falta de iluminação pública é um dos fators de risco para os trablahadores que precisam pegar a condução para Carajás e outras localidades, “muitos colegas já foram assaltados porque o bairro é muito perigoso e praticamente não tem iluminação”, diz.

A dona-de-casa Irami Rodrigues dos Santosa mora na rua vizinha, mas sofre com os mesmos problemas, com o agravante de não ter energia elétrica suficiente para atender a demanda. “na minha rua só tem dois postes e um pouco adiante existe uma invasão que conta com umas 40 famílias. O resultado é com o número de ligações clandestinas, durante a noite, não há energia suficiente para fazer funcionar geladeira, TV, eletrodomésticos”, conta a moradora, que é testemunha de muitos blecautes causados pelos curto-circuito. Além disso, Irami reivindica a abertura da sua ruas e a colocação de asfalto e do esgoto, “coloca na matéria que a maior parte do bairro não tem água”, finaliza. Como se vê o bairro é carente de tudo.

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