"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


terça-feira, 5 de abril de 2011

Murilo Ferreira é o novo presidente da Vale

(Fonte: O Globo-Blog do Décio)
Os acionistas controladores da Valepar enviaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira comunicado que confirma a escolha do administrador Murilo Pinto Ferreira, 58 anos, para o cargo de diretor presidente da multinacional brasileira. Representantes da Litel, Bradespar, BNDESpar, Mitsui e Elétron estiveram reunidos ao longo de todo o dia para selar a destituição de Roger Agnelli do posto, o que vai ocorrer no próximo dia 22, e escolher seu substituto.


A decisão, segundo a Valepar, ainda precisa ser aprovada pelo conselho de administração da companhia. Murilo Ferreira tinha deixado a empresa em 2010 após desentendimento com diretor ligado a Roger Agnelli Murilo Ferreira foi indicado, segundo o documento, pelos acionistas controladores a partir de uma lista tríplice preparada por empresa internacional de seleção de executivos, em conformidade com as normas e o Estatuto da Valepar.


Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), o executivo é pós-graduado em Administração e Finanças pela FGV do Rio, e fez especialização em M&A pela IMD Business School, em Lausanne, na Suíça. Ferreira já foi importante dirigente da Vale, onde trabalhou por 30 anos. De 2005 a 2008, foi diretor-executivo da empresa, tendo passado por divisões de alumínio, carvão, energia, siderurgia, entre outros. Também liderou investimentos na China. À semelhança de Tito Martins, que era o mais cotado para o cargo, presidiu a Vale Inco – mineradora de níquel canadense comprada pela Vale – em 2007 e 2008.


O escolhido para dirigir a operação global da Vale deixou a empresa no ano passado. Um dos motivos que teriam levado à sua saída seria um desentendimento com um diretor ligado a Agnelli. Outra explicação é que Ferreira opôs-se à aquisição da mineradora anglo-suíça Xstrata, a sexta maior do mundo. O negócio não se concretizou, mas teria custado ao executivo certo desconforto dentro da empresa. Estratégia desastrada Roger Agnelli contratou Nizan Guanaes e um “cientista político” de Brasília para criar a estratégia política de continuar na Vale. Foi sua ruína: agravou a briga com Lula, iniciada com as demissões de 2008, perdeu apoio de acionistas e por fim do Bradesco, empregador original.

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