Ao que parece, a discussão sobre a OSCIP Bem Viver está longe de terminar. Depois de uma discussão tensa na secretaria de Saúde no dia 07, os vereadores receberam conselheiros de saúde e o secretário de Saúde, Alex Ohana, ontem, 11.
Durante mais de três horas, os vereadores ouviram os pontos de vista dos conselheiros e do secretário, tomaram pé do que representava uma OSCIP no sistema de saúde e os muitos pontos de discórdia entre os conselheiros e a secretaria.
Os conselheiros confirmaram que tinham aprovado o modelo de gestão, mas, que havia um acordo com o secretário para que se analisassem juntos a OSCIP que iria ser contratada.
Alex Ohana confirmou a informação e disse que havia falhado em não dar conversar com o Conselho, sobre o fato de a Bem Viver já está atuando no município desde o dia 1º.
Para os vereadores muitas dúvidas pairam sobre a OSCIP Bem Viver, principalmente informações de que a instituição é investigada pela Polícia Federal. Segundo informações, o valor do contrato gira em torno de R$ 3,3 milhões por mês. O vereador Antônio Massud chegou a dizer que era necessário investigar a procedência da OSCIP, "não vamos aceitar que o governo nos empurre de goela abaixo, vamos investigar". Já Faisal Salmen refutou o argumento de que a OSCIP Bem Viver era uma ONG sem fins lucrativos. "Não adianta imaginar que a Bem Viver viria aqui para não ganhar nada, ele tem fins lucrativos sim". Faisal se disse a favor de que a prefeitura fizesse uma licitação
Por outro lado, o vereador Raimundo Vasconcelos afirmou que era normal esse tipo de parceria, que é uma gestão compartilhada. "O problema é que a situação da saúde do município está caótica e era necessário fazer algo. Vamos esperar para que os resultados apareçam", disse.
Depois que os conselheiros falaram, todos afirmando que foram ludibriados, já que foram surpreendidos com o início das operações da OSCIP, o secretário Ohana argumentou que a parceria com a OSCIP era legal e obedecia a legislação. Alex afirmou ainda que o Conselho havia aprovado a mudança do modelo de gestão e que a escolha da OSCIP era do prefeito. Sobre a dispensa da licitação, Alex disse que a opção pela gestão compartilhada era em razão do estado caótico da saúde do município. "O erro e eu assumo foi a de falta de comunicação com o conselho e com a Câmara.
No final ficou definido que na quarta-feira, 13, o Conselho de Saúde receberia todas as informações e que na sexta, todos se reuniriam com a Câmara para continuar o debate.
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