Mesa que dirigiu os trabalhos
A terça-feira (26) foi marcada pela realização da audiência pública do projeto de cobre do Alemão. Por conta do evento, realizado no ginásio poliesportivo, a sessão legislativa se encerrou mais cedo, para que os vereadores pudessem participar do evento. O prefeito, Darci Lermen, com o sempre não apareceu, mas sua ausência não foi comentada.
Mina – Prevista para entrar em operação em 2016, a Mina do Alemão é um empreendimento da Vale que durante a implantação deverá gerar três mil empregos e na operação mil empregos. O projeto prevê a extração e beneficiamento de cobre. Seu depósito mineral encontra-se abaixo da antiga mina de ouro do Igarapé Bahia, que já está desativada. Ao contrário de outras minas, como por exemplo a do Sossego, que é a céu aberto, a mina do Alemão será a primeira mina subterrânea da Vale no Pará. O cobre será extraído por meio de túneis e galerias.
A mina do projeto Alemão produzirá aproximadamente 220 mil toneladas de o concentrado de cobre por ano. A reserva total é de 110 milhões de toneladas de concentrado do minério.
Audiência – Após a explanação dos representantes da Vale, veio a etapa da participação popular. Conforme as inscrições, populares tiravam suas dúvidas. Indagações sobre o ônus social, questão de geração de empregos diretos e indiretos eram respondidos por funcionários da Vale.
O ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Parauapebas (Acip), José Rinaldo apresentou um conjunto de reivindicações e alertou a companhia para os constantes calotes que as prestadoras de serviços da Vale aplicavam no comercio local.
O ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Parauapebas (Acip), José Rinaldo apresentou um conjunto de reivindicações e alertou a companhia para os constantes calotes que as prestadoras de serviços da Vale aplicavam no comercio local.
O advogado Pedro Geraldo argumentou que o projeto geraria inúmeros problemas sociais no município e que a Vale não olhava para o município como um parceiro, já que no rastro dos grandes projetos ficam situação de insegurança. O advogado citou o caso da Vila Sanção, com índices alarmantes de criminalidade.
O vereador Faisal Salmen disse que o custo-benefício do projeto era extremamente desfavorável ao município, que teria cerca de R$ 700 mil por mês de arrecadação e herdaria as conseqüências de um novo fluxo migratório, “a verdade é que a Vale beneficiou Marabá, com a siderúrgica, um projeto que vai gerar 15 mil empregos e não trouxe nada para Parauapebas”.
O vereador lembrou do tempo de vida do Projeto Carajás, que segundo ele, não passa de 28 anos. “Eu conversei com o ex-ministro Paulo Hadadd e ele confirmou que Carajás deve se exaurir juntamente com o projeto do Alemão, o que nós temos em troca? A Vale teria que dar um contrapartida de uma universidade para 5 mil alunos, mas infelimente a cidade não foi mobilizada para exigir isso”, disse o vereador.
Depois de outras manifestações e já bastante esvaziada pelo adiantado da hora, a audiência pública foi encerrada, deixando a nítida sensação de que o município perdeu mais uma excelente oportunedade de exigir da Vale uma contrapartida condizente com a sua participação e com os lucros futuros que a mineradora vai auferir com a exploração das jazidas dentro do território de Parauapebas.
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