( O Globo G1) Chuva e
vento na manhã deste domingo (4) não intimidaram manifestantes que foram a
Copacabana, Zona Sul do Rio, participar de um protesto em defesa da Operação
Lava Jato, e contra as mudanças nas medidas propostas pelo Ministério Público
Federal para combater corrupção.
"As
principais [pautas] são: primeiro, defesa total à Lava Jato; as dez medidas
sorrateiramente empurradas e modificadas; contra esse jogo sujo e antigo de
fazer política, achando que é o quintal da casa deles e contra a corrupção em
geral", disse uma das coordenadoras do Vem Pra Rua, Adriana Balthazar.
Cores da
bandeira brasileira estavam nas roupas e acessórios do público (Foto: Alexandre
Durão) Cores da bandeira brasileira estavam nas roupas e acessórios do público
(Foto: Alexandre Durão)
A
concentração começou tímida por volta das 10h e, logo depois, se multiplicaram
as camisas amarelas, guarda-chuvas e capas com as cores da brandeira brasileira.
Muitos dos
que foram ao bairro da Zona Sul carioca exibiam cartazes com mensagens de apoio
ao juiz Sérgio Moro, encarregado por julgar processos ligados à Lava Jato.
Ambulantes
aproveitavam para vender "pixulecos", apelido dado a bonecos
infláveis caracterizados como políticos. Entre os personagens, a tradicional
representação dos ex-presidentes Lula e Dilma vestidos como presidiários. A
inovação era um bonequinho do juiz Sérgio Moro vestido de super-herói.
Manifestante
declara apoio ao juiz Sérgio Moro (Foto: Alexandre Durão) Manifestante declara
apoio ao juiz Sérgio Moro (Foto: Alexandre Durão)
No meio da
multidão que se formava, um homem e um cavalo surgem e atraem os olhares de curiosos.
O empresário Luiz Carlos Demoner, de 68 anos, e o cavalo Oásis já estiveram em
outras manifestações este ano. Mais uma vez, o dono do animal diz ter vindo de
Xerém, município da Baixada Fluminense, para fazer coro aos manifestantes que
pedem a saída de políticos.
"O povo
está muito humilhado, oprimido. Não tem emprego, não tem segurança, não tem
trabalho, não tem nada. Nesse Brasil não tem mais nada. Esses políticos não têm
vergonha na cara e infelizmente a gente está pagando o preço. Eu vou dizer uma
coisa para você que é jovem [se referindo ao repórter]: eu tenho direito de
fazer isso aqui, ó, montar nesse cavalo e vir aqui, em Copacabana. Eles [os
políticos] não podem sair, ir a lugar nenhum", disse.
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