Marcos Coimbra
Enquanto uma parte do PSDB vai se afastando cada vez mais do sentimento nacional, outra dá mostras de estar em sintonia com ele. Entre ambas, a distância, inevitavelmente, aumenta.
Por atavismo e espírito de corpo, a parte moderna hesita em romper com a antiga. Talvez não sinta pressa, raciocinando que tem tempo até o momento quando o desfecho do embate interno se tornar inexorável.
É fato que ele não é urgente no horizonte dos dois próximos anos. Para a vida parlamentar de 2011, a convivência entre os grupos já foi acertada, ficando os dois adequadamente representados nos postos relevantes do partido na Câmara e no Senado. Predominou a avaliação de que era inoportuno precipitar o conflito, pois isso tenderia a enfraquecer ainda mais as oposições, já debilitadas pelos golpes recebidos nas urnas.
Para as eleições municipais do ano que vem, a questão de qual segmento tucano conseguirá liderar o partido é secundária. Eleições locais são locais, pouco (ou nada) interessando ao eleitor a filiação de um candidato a determinada corrente partidária. Pensando no conjunto do país, para o PSDB tanto fará se os prefeitos que elegerá virão de seu lado antigo ou moderno. O importante é que sejam muitos, venham de onde vierem.
É para as eleições de 2014 que o partido tem que resolver o que quer ser. As alternativas são claras hoje e dificilmente mudarão até lá. Ou se reapresenta ao eleitorado com as feições que assumiu nas últimas eleições ou se renova. Ou insiste nos nomes que o simbolizam ou mostra ter opções.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário