"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oposição de Parauapebas mostra sua cara


O anúncio do surgimento de uma nova oposição, composta pelos vereadores Faisal Salmen (PSDB), Antônio Massud (PTB), Francis Resende (PMDB) e Adelson Fernandes (PDT), além de marcar um posicionamento antagônico ao atual projeto do Partido dos Trabalhadores (PT), acionou o start de um processo que deve exercer o papel de protagonista nas próximas eleições.

A formação do bloco de partidos da oposição, composto pelo PSDB, PTB, PDT, DEM, PSC, PR, PRP e setores do PMDB mostra claramente que o processo foi deflagrado bem antes do previsto, talvez pela própria iniciativa da administração petista, que sinalizou com tentativas de cooptação de lideranças do PTB e o flerte escancarado com o PMDB, inclusive com a oferta de duas secretarias. Diante da recusa, o PT tenta agora trazer para a base um vereador do partido, Odilon Rocha de Sanção e já colocou à sua disposição a Secretaria de Assistência Social (Semas).

Colcha de retalhos


Alertados, os partidos reagiram e ainda no recesso parlamentar os quatro vereadores alinhavaram o embrião do que hoje está sendo chamado de ‘‘blocão’’, ‘‘grupão’’ e outras nomenclaturas.

Com era de se esperar, o grupo cresceu e hoje agrega muitas lideranças políticas e presidentes de legenda, devendo receber outros apoios nos próximos dias. Nomes tidos como pretensos candidatos a prefeitos, como Valmir Mariano, o “Valmir da Integral” (PDT), José Rinaldo (PSDB), Magliano Baese, Alex do Novo Óleo (PP) e Antônio Massud (PTB) participam do grupo desde as primeiras reuniões.

Não restam dúvidas que o grupo já nasce com muita capilaridade eleitoral. Colocados na ponta da caneta, os votos conquistados pelos quatro vereadores que compõem a recém-criada coalisão, nas eleições de 2008 se aproximam dos 10 mil - para não falar das votações para deputados nas eleições de 2010, de Valmir, Massusd e outros.

Se existem muitos prós, os recém-coligados vão ter que exibir muita sabedoria nos próximos meses. Em função da diversidade de partidos, pode-se dizer que o projeto se assemelha a uma grande colcha de retalhos, abrigando ideologias e interesses políticos variados. Derrapar na vaidade e em projetos pessoais é algo tão comum no mundo da política que há quem aposte que o projeto morrerá antes mesmo de dar os primeiros passos.

Para os líderes do movimento, antes mesmo de se falar publicamente em eleições, ou em nomes que devem encabeçar o projeto, é necessário a elaboração de um grande projeto de desenvolvimento, um proposta comum para apresentar à sociedade, em contraponto ao projeto da atual administração. Outra providência que foi discutida e aprovada na última reunião, ocorrida no dia 17 é que o grupo deveria ser ampliado, “nós estamos vivendo um momento histórico, momento em que os verdadeiros parauapebenses têm o dever de se unir para salvar a nossa cidade, essas pessoas podem nos dar um norte e contribuir com propostas”, disse o empresário José Rinaldo, participante da proposta. A elaboração de um projeto de desenvolvimento, defendido pelo empresário também encontra eco na classe política participante, “nós precisamos entender que as nossas reservas não são eternas, ao contrário elas estão se exaurindo. Hoje, com uma produção de 130 milhões de toneladas por ano, não temos nem mais 30 anos de exploração e a gente vê que o governo municipal arrecada cerca de R$ 50 milhões por mês e o dinheiro desaparece e não há obras ou serviços compatíveis com esse montante, é preciso encontrar uma nova matriz econômica e isso tem que ser feito já, por isso precisamos mudar o modelo de administração”, diz Faisal.

Para a maioria dos pré-candidatos a prefeito, a união do grupo é perfeitamente possível, “é lógico que a situação vai trabalhar para minar o que está sendo criado, faz parte da política, mas estamos preparados e o trabalho começa na Câmara, com uma fiscalização maior da nossa parte. Vamos fazer um amplo levantamento da aplicação dos recursos de 2009 e 2010”, disse Massud.

Estão na pauta os processos do hospital, da ponte do Rio Verde que desabou, as poucas realizações da administração municipal, mesmo com uma arrecadação que beira a R$ 50 milhões por mês (Reportagem do Jornal HOJE - 447)

Um comentário:

Anônimo disse...

Sonho para que um dia, o voto no BRASIL, seja facultativo. Assim, espero ver esses políticos mendigar de porta em porta, o nosso voto...Parece utopia, mas sonhar nunca é demais!!!!