Segundo comentários ouvidos nos canteiros de obras localizados na mina de Carajás, haverá um “paradão” na portaria da Flona de Carajás na manhã desta segunda-feira. Funcionários das empresas Odebrecht, WO, Maquipesa e Santa Bárbara, entre outras, prometem impedir que veículos e ônibus tenham acesso a Carajás. A atitude é em retaliação às inúmeras quebras de contrato entre a mineradora Vale e as empresas prestadoras de serviço em Carajás. Segundo a “rádio peão” a Vale estaria “quebrando” as empresas e, em consequência, afetando os trabalhadores que estariam com salários atrasados e receosos quanto ao recebimento das rescisões contratuais.
Na última terça-feira o MM. juiz federal do trabalho, Dr. Jônatas Andrade, através de despacho nos autos de nº 0000286-94.2011.5.08.0114, que o Sindicato dos Trabalhadores nas empresas prestadoras de serviços metalúrgicos, mecânica e material elétrico, de informática, do município de Parauapebas moveu contra a empresa Maquipesa Serviços Ltda, cobrando os salários atrasados do mês de janeiro de 2011, determinou que a mineradora Vale efetuasse, em 48 horas, o bloqueio e consequentemente o depósito em juízo de R$1,75 milhão que a empresa teria em créditos com a Vale. Concomitantemente o magistrado determinou que a empresa Maquipesa depositasse, também em juízo, o valor dos salários atrasados, bem como fornecesse a lista com os nomes do empregados.
Segundo manifestação da diretoria da Maquipesa nos autos, há divergências em relação aos contratos celebrados com a Vale e que a mesma tem retido parte de suas faturas> A representante da empresa afirmou ainda que essas retenções motivaram o atraso do pagamento dos salários de janeiro, o que motivou uma greve por parte dos funcionários desde o dia 10 de fevereiro e que a Vale a notificou para o retorno das atividades,sob pena de aplicação de multas contratuais. Disse ainda que apesar das diversas tentativas e dos esforços para uma solução conciliada com a Companhia, a Maquipesa não tem obtido sucesso, mas ressalta estar disposta a uma solução conciliada com a tomadora dos serviços e com os seus empregados, declarando expressamente ser favorável ao bloqueio dos valores requerido pelo sindicato autor.
Os representantes da Vale disseram apenas que os contratos com a Maquipesa seriam discutidos em Fórum apropriado e questionaram o valor e o prazo para do bloqueio dos créditos havidos pela Maquipesa.
Não foi confirmado ainda se a mineradora cumprira a determinação do depósito. Caso não tenha efetuado, por determinação do juiz, há uma multa de R$15 mil diários a serem aplicados à mineradora até que o depósito seja efetuado.
Tais fatos são recorrentes em Parauapebas. Algumas empresas reclamam do modo duro da Vale no trato dos contratos, que, volta e meia, vem levando à falência empresas que tratam com a mineradora. Se há razão ou não nas súplicas dessas empresas à Vale, somente o tempo, e a justiça dirá. O Blogger é de opinião que o que está escrito e contratado não pode ser mudado sem que se entre em acordo as partes.
Clique no MAIS, logo abaixo e leia a íntegra da audiência acima citada assim como a decisão do magistrado nos autos.
Atualização às 15:30 horas: Agora a pouco foi informado pela Justiça do Trabalho que a Vale efetuou o depósito em juízo dentro do prazo determinado.
(Blog Zedudu)
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Um comentário:
Seria bom uma greve geral dos trabalhadoresem Carajás. A vale precisa entender que não pode tratar as empresas e os trablahadores como mercadoria.
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