Noutros tempos, a análise política era algo trivial. Havia oposição e governo. A falência das ideologias tornou a coisa ainda mais simples.
Súbito, o PR surge com uma pseudonovidade. Nesta semana, a legenda que dona Dilma “varre” dos Transportes planeja declarar-se “independente.”
Como assim? “Estamos revendo o nosso posicionamento, sem rancor nem revanchismo”, tenta explicar Lincoln Portela (MG), líder do PR na Câmara.
“Caso o partido vá para a independência, haverá um apoio crítico, ele não vai para oposição. O PR não pretende fazer oposição a um governo em que acredita."
Quer dizer: o PR não estará tão distante que amanhã não possa se aproximar das verbas, nem tão próximo que amanhã não possa se distanciar nas votações.
Bons tempos aqueles em que o Congresso era apenas o tempo da política. Hoje, exige-se do analista que entenda também de negócios.
Convertido numa espécie de congregação de homens de bens, o Legislativo subordina tudo à lógica negocial, inclusive os escrúpulos.
(Blog do Josias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário