"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sábado, 20 de agosto de 2011

Um banquinho, um violão: Parauapebas ao som dos barzinhos



Alheia a movimentação característica da cidade, de muito trabalho e produção mineral, a noite de Parauapebas se parece cada vez mais com a das médias e grandes cidades. Um papo, um chopp e principalmente, o som de barzinhos estão cada vez mais na ordem do dia.

Dentro dessa realidade, o que diversão para uns acaba sendo uma atividade para outros. Se os proprietários desses estabelecimentos não têm do que reclamar, os músicos que “fazem” a noite de Parauapebas também estão rindo a toa. Beto de Mayo, Claudinha, Arnaldo e Cristiano, Willian Barros, Idelfonso, Pedro e Paulo Vitor, Samurai, Civaldo Rodrigues, são alguns dos artistas que trabalham na noite.
Barzinhos como Sport TV, Opção, Eva Lanches, Kamikaze, Espeto de Ouro, Ponto 7 já se tornaram tradicionais em oferecer esse tipo de diversão para a clientela.

Boas alternativas – Em Parauapebas há oito anos, Beto de Mayo faz parte da geração dos novos parauapebenses que se inseriram rapidamente no cotidiano da cidade. Participante de vários movimentos sociais ligados a cultura, ele pode ser visto no Kamikase e no Eva Lanches, na Cidade Nova. Ele acredita que a cidade já dispõe de boas opções, “hoje já há um mercado para músicos como nós e os barzinhos são uma alternativa muito interessante”, diz.

Nas sextas-feiras no kamikaze, Samurai desfia seu repertório de pop rock e MPB. Em companhia da noiva, conhecida como DJ Ninja, Samurai vai mostrando sua arte.
Com ocupação paralela o artista plástico Civaldo Rodrigues canta em vários ambientes. Como já dizia o poeta, todos artista tem que ir aonde o povo está. Entre um vernissage e uma exposição do movimento eternista, do qual faz arte, Civaldo manda sua viola, com muita MPB.

Se apresentando no Eva Lanche e no Sport TV, a dupla Arnaldo e Cristiano oferece uma boa alternativa par a o público que curte um sertanejo. De Vitor e Leo, Fernando e Sorocaba, expoentes do chamado sertanejo universitário, até a música de raiz, tipo Sérgio Reis, Chico Rei e Paraná, entre outros, a dupla que é bastante conhecida manda e manda bem. Outra dupla que também faz sucesso é Pedro e Paulo Vitor. O som da dupla pode ser apreciado nas quarta e sextas no Ponto 7 e na quinta-feira no Eva lanches, ambos na Cidade Nova. Adeptos do sertanejo universitário, Paulo Vitor ressalta que a característica principal ‘‘é a levada bem moderna’’.

A novidade também agrada os clientes, que têm agora mais alternativas para curtir a noite parauapebense, “apesar de morar no Rio Verde, gosto muito de frequentar os barzinhos da Cidade Nova por causa da música ao vivo”, diz Fabrício Borges, em entrevista ao jornal.

Com a reabertura do CDC, onde uma programação variada de música ao vivo, nas quintas e sextas-feiras tem lugar, é certo que esse movimento veio para ficar. Quem ganhará com isso é o cidadão, que terá uma programação de bom gosto e com segurança.

Por outros lado, artistas locais, como Claudinha, Hidelfonso, Samurai, que estão há muito tempo na estrada, ou artistas chegantes, com o Willian Barros e Pedro e Paulo Vitor terão um mercado de trabalho interessante.

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