"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Quem quer ser o candidato do prefeito, ou do governador?

Nos últimos tempos, muito tem se falado numa provável polarização entre o candidato do prefeito e o candidato do governador numa disputa em 2012.

Evidentemente que nessa altura do campeonato só por exercício de quiromancia se saberia quais seriam os candidatos das duas vertentes, entretanto, as sinalizações começam a se desenhar.

No último encontro do PT, muita gente ficou de orelha em pé. Falaram abertamente da possibilidade de que o prefeito estivesse urdindo uma candidatura envolvendo o PMDB e o PP, deixando o PT chupando o dedo. Os petistas queriam a definição do nome do partido o mais rápido possível, ou seja, no front governista, uma indefinição só.

Se a coisa anda meio embaçada pelos lados do PT e companhia, o mesmo acontece na oposição, que até hoje não se sabe que estará empunhando a bandeira e quem será cooptado para engrossar o caldo do Darci.

Primeiramente aventou-se a ideia do grupão, que a bem da verdade cumpriu muito bem o seu papel. Graças a essas reuniões floresceram algumas pré-candidaturas, como Magliano Baese, Antônio Massud e Zé Rinaldo. Foi no debate do início do ano, que nomes que já estavam postos se solidificaram, como, por exemplo, Valmir da Integral. Daniel da Paulistinha, Agnaldo Ávila vieram no esteira da onda oposicionista de 2011.

A despeito de todas estas iniciativas, quem seria o candidato do governador? Pela lógica, Zé Rinaldo, mas é preciso que ele mostre que tem condições de ganhar, caso contrário, os sinos dobrarão para Valmir e ele será o dono da bola.

Valmir reluta em sair do PDT (que tem problemas para formar um grupo forte de pré-candidatos a vereador), mas, ainda assim, muita gente boa do PDT acha que sair seria um tremendo tiro no pé sair agora.

Eles acham e com razão que as eleições de 2012 passarão invariavelmente pelo plebiscito do estado de Carajás. Se o “Sim” ganhar, a influência do governador (que já não é lá essas coisas, salvo se ele aparecer com uma mala preta com R$ 10 milhões) será próxima de zero. Carajás estará emancipado e a capital Belém passa a ser uma vaga lembrança. Na hipótese de o “Não” levar a melhor no plebiscito, as coisas não melhorariam para os lados do governador. Ele será satanizado e visto como o mentor da frustação que se seguirá, será o algoz da morte dos sonhos de liberdade. Nesse caso o apoio do governador seria comparado a uma sentença de morte.

Como se vê, há uma grande chance de ninguém querer Darci e muito menos Jatene no palanque.
(artigo publicado no jornal HOJE - Coluna do Marcel)

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