"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Editorial do HOJE


Uma escolha que contempla o jornal

O jornal HOJE fecha a chamada edição do Mérito com os mesmos propósitos do ano passado: mostrar a festa e o glamour de um dos mais concorridos eventos da sociedade local e tentar vender publicidade, faturando um pouco mais, justamente num período em que as despesas batem à porte de qualquer empresa, por menor que seja.



Mesmo sem grandes expectativas sobre a premiação da categoria “melhor jornal”, uma vez que há muito tempo essa possibilidade não povoa os sonhos do jornal, aliás, não só os do jornal, mas de muita gente que faz coisas interessantes na cidade e não é lembrada (o que deveria servir de alerta para os promotores do evento, uma vez que o descrédito e o esvaziamento da festa saltam aos olhos), o jornal, por intermédio do seu diretor acabou sendo premiado. O prêmio de “Jornalista do ano” para Marcel Nogueira acabou por lavar a alma de um jornal que sempre foi conhecido por sua isenção.


Ainda que a imparcialidade não exista, uma vez que marcas são deixadas ao longo do caminho, ou melhor, ao longo de um texto, ao longo de uma reportagem de TV, não é exagero dizer que em matéria de isenção, o jornal está na vanguarda e cumpre seu papel de informar da melhor maneira possível. Por causa dessa proposta, o jornal é visto com satisfação por aqueles que sabem que podem contar com um veículo de comunicação sem ambigüidades ou meias verdades, sem atrelamentos ou puxa-saquismo barato, entretanto, por aqueles que estão do outro lado da fronteira, se esbaldando na bandalheira, principalmente no que diz respeito ao trato da coisa pública, o jornal é considerado uma incômoda pedra no sapato.

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