"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Alcãntara quer crônica para o PFC

Na semana passada, Pedro Alcântara estava nas arquibancadas do “Rosenão”. Satisfeito com a vitória de 2 a 0 sobre o Bragantino, triunfo que significou a passagem para a final da “Segundinha”, também chamada de seletiva do Parazão 2011, Alcântara me chamou num canto para pedir uma crônica especial em homenagem ao Parauapebas Futebol Clube, que na ótica do amigo estava jogando o fino da bola.
Não escrevi a tal crônica de imediato, até porque, com dizia o filósofo contemporâneo Nenem Prancha, futebol é uma caixinha de surpresas e o jogo só termina quando acaba; restavam ainda duas batalhas. Se fosse a velha gorda cansada de guerra ela diria que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Em futebol, elogiar antes de hora é uma «faca de dois legumes», é pegar em m...
De qualquer maneira, eu não perdi por esperar. O PFC fez valer o mando de campo na primeira partida da final, detonando o Abaeté, até ali considerado o bicho-papão da competição e foi tranqüilo para a partida em Abaeté, podendo perder até por dois gols para levantar o caneco. Nem é preciso dizer que não deu outra.
A valentia e a experiência do time, demonstradas na última quinta-feira em Abaetetuba foi impressionante. Mesmo enfrentando um time encardido e uma torcida vibrante e por vezes ameaçadora, o time em nenhum momento se apequenou e foi pra cima do adversário, dominando as ações do jogo desde o primeiro minuto de jogo, de modo que o gol do meia Patrick, ainda no primeiro tempo apenas fez justiça ao melhor futebol do PFC. No segundo tempo, com o placar favorável e com as expulsões de três adversários, o time teve a inteligência de “cozinhar” o jogo, ao invés de tentar golear. Sábia escolha.
Com os ânimos acirrados da torcida, o clima poderia ficar insuportável e descambar para uma violência desnecessária. O título da segundinha já estava assegurado e isso era o que importava. Evidentemente que a guerra ainda não acabou. Até chegar a fase final do campeonato paraense de 2011, ainda faltam sete batalhas, entretanto, pelo o que demonstrou, o PFC deve continuar fazendo história. O Importante agora é não ser rebaixado.
Para um time que foi fundado há menos de dois anos, ter a possibilidade de enfrentar os grandes do Estado é algo muito além do esperado, que lava e enxágua a alma dos apaixonados da terra de muros baixos, principalmente o amigo Pedrinho Alcântara.
(artigo publicado no jornal HOJE, 437 - Coluna do Marcel)

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