"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Câmara instala CPI para investigar prefeito

Um recurso muito utilizado em outros parlamentos, o de esvaziar o plenário para obstruir uma pauta indesejada foi utilizado nesta terça-feira. (17).

O plenário lotado de populares, que acompanha semanalmente o trabalho do Legislativo viu apenas os quatro vereadores de Oposição, Antônio Massud (PTB), Francis Resende (PMDB), Adelson Fernandes (PDT) e Faisal Salmen (PSDB), além do presidente da Casa, Eusébio Rodrigues ocuparem os assentos no plenário, enquanto os vereadores da base governista, Odilon Roca de Sanção (PMDB), Raimundo Vasconcelos (PT), Israel Barros, o “Miquinha” (PT), Zé Alves (PT), Wolner Wagner (PSDC) e Percília Martins (PRTB) não compareciam ao plenário.
Apesar da tentativa de obstrução, a CPI foi instalada e a gora só falta a escolha dos membros.

Estratégia –O objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é a investigação das denúncias presidente demissionário da Vale, Roger Agnelli, que numa revista de circulação nacional e para reportagem da Folha Online ele afirmou que a Vale repassara para a prefeitura de Parauapebas R$ 700 milhões nos últimos cinco anos e que os recursos tinham sido usados indevidamente. Agnelli também se referiu a quantias milionárias pagas a um escritório de advocacia de Santa Catarina.

Apesar de ser minoria na Câmara, os vereadores da oposição tinham como certa a instalação da CPI. O Regimento Interno da Casa determina que 30% dos votos dos vereadores são suficientes para a instalação de uma CPI, ou seja, quatro assinaturas eram suficientes para deflagrar a investigação.

Com a pauta obstruída, os vereadores presentes apenas usaram a tribuna, o que acabou frustrando a assistência. Massud explicou porque assinara a CPI. “Essas informações nós tínhamos conhecimento porque ela é de conhecimento geral, tanto que o presidente da Vale denunciou”, disse, o vereador do PTB, que listou um lista de empresas que teriam faturado perto de R$ 50 milhões de 2010 para cá, “nos processos constam que esses serviços são de pavimentação e abertura de estradas, mas ninguém vê obras de pavimentação, salvo as operações tapa-buracos”.

Faisal também usou a palavra e disse que a instalação da CPI era uma necessidade porque as denúncias eram muito graves.

Francis Resende estranhou a ausência dos vereadores da base e enumerou as razões porque assinara a CPI, “minha filha que estuda fora, sempre vem aqui ele pergunta porque a classe política não gosta de Parauapebas. A minha assinatura deixa claro que eu gosto de Parauapebas”.

O vereador Adelson chegou a dizer que os vereadores tinham responsabilidade e que fugir do plenário não adiantaria muito, “faltar as sessão é passível de punição”.
No final a CPI foi instalada e deve começar os trabalhos nos próximos dias.

Um comentário:

O matuto disse...

Ai CPI, estou tentando entender porque tantas alegrias em seus rostos, como expressa felicidade, o que pensa estes brilhantes parlamentares? Após matutar bastante chequei a seguinte conclusão: E que em Parauapebas agora tem pizza de metro.