"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


domingo, 22 de maio de 2011

Canção agreste

Marcel Nogueira

Corrente do ribeirão,
vida andante sem fim
já não tem andado tanto,
o tempo passa, no entanto,
ela continua aqui...

Força maior do que o tempo,
volta a acender os sentidos.
Uma canção sofrida demais,
que se espalha nos campos gerais
nada mais...

Que uma sinfonia
que renasce igual semente
tão agreste, tão purgente
ninguém vê
que as esperanças vão morrer
quando a canção de amor,
qual flor de girassol
na noite emudecer.

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