Depois da divulgação da carta aberta, assinada pelos presidentes do PPS e do PV, apontando distorções da administração publica, sugerindo mudança e colocando os cargos à disposição, foi a vez do PDT, que também criticou o governo e foi mais além, se declarou oposição.
Menos da metade do segundo mandato e o que tem de gente querendo ver o prefeito pelas costas é uma grandeza. A rigor não existe ninguém satisfeito. Mesmo os secretários, que convivem próximo possível com o prefeito o discurso é um só: está difícil de agüentar. Imagine esses, que até pouco tempo estavam numa draga desgraçada já acham que ficando no governo fazem um tremendo favor. Até assessor que chegou puxando a cachorra já se comporta como se estivessem prestando um dever cívico. Num reino onde empreiteiro nadou de braçada, meteu a mão até extrair tutano e hoje quer distância da viúva soa como alguma coisa próxima do trágico, se a grana que escapuliu e irrigou algibeiras espertas não fosse nossa.
No meio das suas intermináveis para o Rio Grande (dizem que vai ver o Internacional) o cidadão foge das responsabilidades e dos pedidos cada vez mais agressivos de pseudos companheiros do passado que hoje surgem como figuras molestas. De viagens regadas a diárias, pagas com o nosso dim-dim, o nosso caldo de peteca desaparece para só aparecer de quando em vez. Antes de terminar o 17º mês do segundo e derradeiro mandato, o camarada que injetava esperança nos moços e nos velhos vive a solidão daqueles que confiaram nos novos amigos em detrimento das velhas amizades do passado.
Se termina os quatro anos nem ele mesmo sabe, afinal, o fio tênue que atende pelo nome de Poder Legislativo, que ainda lhe dá sustentação, com má vontade cada vez mais visível tem razões que a própria razão desconhece. A partir do momento que perceber que não passa de uma bucha de laranja o cadafalso é levantado. Pensando bem, seria perda de tempo. Seria gastar vela com defunto vencido. Por enquanto o cadáver insepulto que ninguém se apresenta como dono (nem mesmo os parentes e aderentes), vagueia pelos corredores do mausoléu, que ele, nos seus momentos de megalomania trata como centro administrativo. Os amigos rarearam e só ficaram os puxas, mantidos a peso de ouro.
Esse é o ocaso de um homem que teve o poder de fazer sonhar uma cidade de 150 mil habitantes.
(artigo publicado no jornal HOJE, edição 412 - Coluna do Marcel)
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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2 comentários:
Parabéns Marcel pelo artigo. depois de fazer muitas trapalhadas, Darci é feito aquela piada de que mulher feia e jumento só qume procura é o dono. A diferença que com Darci nem os donos, ou melhor os parentes querem alguma coisa com ele. Só acho que não compensa dar espaço para ele, ele já era.
"Perai" meu caro anônimo, por enquanto o nosso caldo de peteca ainda é o prefeito e dessa maneira deve ser tratado. Nem mais e nem menos.
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