Imaginem o "Caldo de Peteca", juntamente com dois babas a folhear o HOJE, num dia qualquer de verão (ou será que é do inverno?). Antes que alguns imaginem que os três estão tentando se informar, verificar o que acontece no município, é preciso dizer que os ditos tentam encontrar o calcanhar de Aquiles do periódico.
Intriga-os a longevidade do jornal, que mesmo despojado de publicidade da prefeitura, continua na trincheira. Intriga-os mais ainda que até a presente data, ninguém do jornal deu com os costados na prefeitura para pedir arreglo, ao contrário, com o passar do tempo, o raio do jornal se tornou mais atrevido, ousado mesmo. É muito para eles perceberem que o jornal tem o maior índice de credibilidade da cidade, o que acaba formando opinião. Os questionamentos, impensáveis para os padrões local têm contribuído para a derrocada de todos; as denúncias do sumiço de R$ mais de R$ 400 milhões em 2009, sem algo que justifique a evaporação da grana.
– E se a gente ameaçasse o pessoal do jornal – disse Baba 1, como se tivesse descoberto a pólvora.
- Larga a mão de ser besta, todo mundo sabe que o HOJE tem o pescoço duro – corta baba 2.
- Então vamos processar o jornal, quero ver como eles vão se arrumar quando as sentenças começarem a pipocar na mãos do diretor.
- Eu acho que vocês não perceberam que não temos elementos para processar pela simples razão de que o que sai no jornal é a mais pura verdade. Não esqueçam que na campanha de
Em comum acordo chegaram a conclusão de que só havia um jeito de silenciar o jornal: pressionar empresários a retirar patrocínios das páginas do jornal.
Por conta disso, Caldo de Peteca e os puxas Baba 1 e baba 2 se esmerilhavam na triagem.
- Chefe esse da capa é dos nossos, vamos pedir para retirar o anúncio do jornal.
- Ô idiota, ele era dos nossos, não é mais desde que a gente deixou de pagar a empresa dele.
- E esse grandão da contracapa? – também não dá ele é amigo do pessoal do jornal e não vai deixar de anunciar.
Depois que foram em cima e foram embaixo os três chegaram a brilhante conclusão que estava difícil silenciar o HOJE. Apenas cinco patrocinadores forneciam bens ou serviços à prefeitura.
Apesar de o jornal ter perdido cinco patrocinadores que se borraram de medo quando receberam telefonemas com a sugestão macabra, a linha editorial acabou sendo responsável por novas aquisições de parceirosos.
Ao que parece, muito gente de bem da cidade percebeu que o rei está doente e não mete medo em mais ninguém.
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