Apesar da posição oficial do presidente do partido, setores que estão encaixados na prefeitura discordam e sinalisam que não saírão do governo
Caiu como uma bomba o comunicado assinado pela diretoria do PDT fazendo duras críticas a Administração Municipal e informando a saída do partido do governo.
O rompimento do PDT já era esperado. Na verdade, o distancimento começou a se desenhar com a filiação do empresário Valmir Mariano, o “Valmir da Integral” nos últimos dias de setembro de 2009, o que o habilitaria a concorrer as eleições de 2010 pela legenda. Valmir teria ido para o PDT com o apoio total do presidente estadual da legenda, Giovanni Queiroz que o recomendara a fazer uma base não só para as eleições proporcionais desse ano, como também para as eleições municipais de 2012. Com um quadro com boa capilaridade eleitoral, o partido passou a se reunir com mais freqüência. Sob a liderança do presidente, José Maria Benevides, o “JB”, o partido passou a orientar a militância e os filiados a terem uma postura mais crítica com relação ao governo municipal, que naquela altura já dava demonstrações de que caíra em descrédito junto a população.
Cargos - A orientação bateu de frente com alguns filiados que hoje são base de apoio do prefeito Darci Lermen e ocupam cargos importantes na prefeitura de Parauapebas. Além do secretário de Saúde, Evaldo Benevides, o PDT tem ainda o chefe do Departamento Municipal de Trânsito e Transportes (DMTT), Francisco Xavier Falcão e vários cargos de confiança. O PDT tem ainda o presidente da Câmara de vereadores, José Adelson Fernandes, que também apóia o prefeito.
Em entrevista ao blog, JB disse que o partido estava sendo prejudicado com os rumos do governo e a população cobrava uma posição mais incisiva do partido. “O PDT contribuiu decisivamente para a s duas eleições do atual prefeito, mas depois das promessas que o segundo mandato seria melhor do que o primeiro a gente percebe uma administração descredibilizada porque não cumpriu as promessas de campanha”. JB diz que a maioria do diretório, assim como a maioria da Executiva do partido apóia o manifesto e quer que o partido passe a fazer oposição a administração Darci Lermen.
Para JB, a proximidade com o governo está prejudicando o partido e impedindo que os futuros candidatos às eleições proporcionais cresçam na avaliação popular.
O presidente não soube dizer se os detentores de cargos comissionados na administração entregariam as pastas, mas, em conversa com o vereador Adelson a reportagem teve uma prévia. Se depender da vontade dos ocupantes de cargos, ninguém vai sair do governo. Adelson inclusive afirmou que o documento divulgado era fruto do sentimento do presidente e que o diretório não fora convocado para decidir sobre o assunto. “Acredito que a decisão é imatura e não se deve tratar o tema dessa maneira. Quando nós fechamos a aliança, o diretório foi ouvido e decidiu, de modo que o processo é o mesmo e tem que ser discutido por todos”, disse o vereador.
Além do jornal impresso, o documento do PDT foi parar nos blogs e sites de notícias da cidade.
3 comentários:
já era esperada a reação de alguns filiados do PDT. Eles estão no governo, se beneficiando e não estão nem aí para os interesses do partido.
Cícero
Depois de ficar mais de cinco ano no governo o PDT quando percebe que o barc está afundando quer sair do governo. É assim mesmo, os ratos são os primeiros a abandonar o navio.
JB fala da saúde que vai mal e que ao hospital não foi construído, mas e squece que o secretári de Saúde é do PDT e por a c aso é seu irmão.
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