"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sábado, 7 de maio de 2011

Ponto e contraponto

Nosso amigo Guto mandou esse malcriado comentário sobre a postagem "Ramal Ferroviário". Vale a pena ler, mas, como fui atingido, vou ter que revidar.

"Voce está enganado. Desde a entrada de Roque na Semurb e a negativa de assinar a autorizaçao o governo vem negociando e apresentando alternativas para viabilizar a passagem do ramal em solo Parauapebense, inclusive, uma comissão criada para trabalhar esse assunto formado por Leonidas Mendes, Roque, Euzébio e Claudio Feitosa ja se deslocou até o Rio de Janeiro para negociar a liberação. Avanços significativos ja aconteceram para o bem de Parauapebas. Procure se informar e ouvir a outra parte antes de liberar seu veneno contra o PT e a favor da Vale."

Nota do blogger - Guto, meu filho, você pensa que eu estou aonde, em marte, para não saber que Leo, Cláudio e Roque têm realizado bons esforços por compensações, na questão do ramal ferroviário? Pergunte ao Leo, ao Roque, ou ao Cláudio se não conversei com eles sobre isso?

Os "avanços significativos, para o bem de Parauapebas" que você se refere dependem muito de quem avalia. Eu, por exemplo, acredito que um polo de uma futura universidade é uma MERRECA, vou parafrasear Dilma e repetir: é uma M E R R E C A. Nesse ponto, a contrapartida ideal seria uma universidade (não um polo, ou campus avançado) para 4, 5 mil alunos, com cursos de ponta, laboratório etc.

Dessa forma encaminharíamos a nossa nova matriz econômica e a Vale se redimiria (pelo menos em parte) pelos anos de exploração, pelos descasos e pela indiferença que t em tratado o município e o caso da siderúrgica de Marabá retrata bem o que estou falando.

Você vai ver quando dezenas de composições ferroviárias cortarem diariamente o perímetro urbano, com o barulho característico e ensurdecedor. Não se engane, o máximo que a Vale arcar nesse caso será irrisório pela intromissão vitalícia (eu disse vitalícia) na vida da cidade. Não é brincadeira, nove mil metros de perímetro urbano sendo cortados por trens carregados de minério. Daqui a cinco anos, essa linha de ferro vai separar a cidade em dois blocos, o que poderá gerar preconceito, divisão social. Por que teremos que permitir uma intrusa no nosso território a preço de banana? Nós não precisamos dessa linha de ferro, quem precisa é a Vale. Se ela precisa, que pague por isso, ou faça um desvio pelo município de Curionópolis.

Os e esforços dos representantes do município foram muito bons, nunca neguei isso, entretanto, tem coisas que é preciso ser homem e ter coragem de ir à luta e se preciso chutar o balde. Não dá pra delegar uma coisa dessas. Pela im portância do caso e pelas derrotas anteriores, o prefeito teria que ter tomado a frente das negociações, mas como sempre ele foge da raia e deixa o município sem força para bater na mesa.

Com você pode vê, bem informado eu estou, mas, por dever de ofício o ceticismo me acompanha. A favor da Vale, nunca estive e você sabe disso.

Sobre a presumida perseguição ao PT, isso é bobagem. O PT é o partido do Lula, mas infelizmente também é o partido do Darci e do Mensalão e aí, meu filho, ninguém pode mudar essa realidade.

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