sábado, 7 de maio de 2011
De cara com a morte
O leitor Antônio Alves dos Santos o "Toinzinho" mandou o presente artigo, com a solicitação de que eu publicasse no jornal HOJE e no blog. Aí está:
Eu, Antônio Alves dos Santos, o “Toinzinho” 61 anos, fiz um cara a cara com a morte. Na segunda-feira, 21 de março, por volta das 17 horas, sai de casa enfartado para o Hospital Municipal de Parauapebas.
Chegando lá fui atendido por um clínico geral, mas o meu caso não dependia só do clínico e sim de um cardiologista. Fui aguardar o médico sentado por que não tinha leito e fiquei até às 3 horas da manhã do dia seguinte. Não agüentando mais a cadeira, pedi para ir para casa. O enfermeiro falou o senhor está internado e não pode sair e eu prometi voltar no dia seguinte cedo, ele me pediu para assinar um termo e eu assinei e fui para casa.
No dia seguinte eu estava lá e ele me pediu para aguardar novamente o médico. Tornei a sentar numa cadeira e fiquei esperando, mas o hospital não tem cardiologista de plantão e não suportando mais as dores deitei no chão, no pé de uma parede. Às 11 horas recebi a visita da minha nora, que viu minha situação me pegou pelo braço e me levou a direção do hospital para fazer reclamação. Chegando lá, sentamos com uma jovem e falamos do meu caso, no momento em que sofri um novo enfarte. Fui colocado numa cadeira de rodas e fui para Emergência, no momento em que chegou a Dra. Larissa e salvou minha vida e arrumou um leito para mim e fui medicado.
Entre a vida e morte me pus a perguntar: que que tipo de saúde que temos? Um município que tem uma receita milionária, como Parauapebas arrecadando por dia R$ 1,5 milhão e não temos educação, não temos água potável, não temos saneamento básico, não temos segurança, não temos uma obra por mês que valha R$ 2 milhões. O que é feito desse recurso?
Elegemos vereadores e dentro de pouco tempo estão milionários; secretários municipais entram no serviço público pobre e logo, logo estão milionários também. Será que foram premiados na mega Senna?
Para os comerciantes, aqui vai um lembrete: Vocês devem unir-se com a comunidade e exigir prestação de contas pois o sucesso de vocês dependem do povo de baixa renda, pois os recursos públicos devem ser gastos com responsabilidade e não de forma irresponsável, como estamos vendo.
Parauapebas é um município muito bom de se viver, mas viver não é só estar vivo; viver é muito mais do que isso. Vamos fazer uma vigilância, já que o Poder Legislativo não vigia. Não precisamos mudar de Parauapebas, precisamos mudar Parauapebas.
Sem corrupção podemos fazer um município decente. O nosso município é pequeno e 80% são reservas ambientais.
Nesse processo, a imprensa tem um papel fundamental e ele precisa vigiar também. Não pode se vender. Só assim podemos combater esse mal chamado corrupção.
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